Certa manhã, acordei com intensas e agudas dores em um dos seios, as quais se repetiram mais algumas vezes naquele dia. Eu as ignorei quase completamente até o dia seguinte, quando elas persistiram, ocorrendo com mais frequência. Então, me volvi a Deus em oração, reconhecendo que Sua presença amorosa e protetora era a única presença, ali mesmo. Eu sabia, como está na Bíblia, que Deus, o Espírito, é o único Criador e tudo o que Ele fez é “muito bom” (Gênesis 1:31). Portanto, toda a substância, inclusive a minha, tem de ser espiritual, imortal e indestrutível e, consequentemente, tem de ser incapaz de causar ou vivenciar algo danoso ou desconfortável.
Durante aquele dia, eu ponderei sobre essas e outras verdades. Uma das minhas citações favoritas do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, foi muito tranquilizadora: “O medo nunca fez parar o existir e sua ação. ... Toda função do homem real é governada pela Mente divina. A mente humana não tem poder para matar nem para curar e não exerce nenhum controle sobre o homem de Deus. A Mente divina, que fez o homem, mantém Sua própria imagem e semelhança” (p. 151). Essas ideias ajudaram a acalmar meu pensamento cheio de ansiedade.
Na manhã seguinte, acordei com dores cada vez mais frequentes, com calor e sensação de pressão no seio. Com preocupação liguei para uma Praticista da Ciência Cristã, pedindo tratamento pela oração, e me senti imediatamente aliviada com sua resposta amorosa, serena e tranquilizadora, dizendo que tudo estava bem, ali mesmo onde eu estava. Também disse que esse problema não me pertencia e que eu não podia ser enganada, acreditando que ele era meu. Era simplesmente um equívoco, ou seja, eu tinha de reconhecer a verdade do todo poder e toda presença de Deus e de vivenciar Seu cuidado bondoso, competente, capaz, completo e amoroso.
Durante aquele dia orei com persistência. Eu sabia que na verdade não poderia haver nada oposto a Deus, pois Deus, sendo onipotente e onipresente, não pode ter nada que se oponha a Ele. Como lemos em Jeremias: “...porventura, não encho eu os céus e a terra? — diz o Senhor” (Jeremias 23:24). Eu sabia que a Mente divina infinita não era intimidada por nenhuma mentira da mente carnal, que sugere outra presença e outro poder e, portanto, eu também não podia ser intimidada, porque eu sou, na verdade, a ideia da Mente.
Quando fui dormir no final do terceiro dia desse desafio, percebi que eu estava com a esperança de que as coisas iam estar melhores no dia seguinte. Então, constatei que não existe nenhum amanhã na eternidade, pois a eternidade é sempre agora. O tempo é apenas um conceito mortal que parece limitar ou retardar o bem. Raciocinei que visto que Deus, o bem, é Tudo e eu sou feita à Sua imagem e semelhança, sou agora e sempre a manifestação da perfeição divina. Minha oração não era para eu me tornar a semelhança de Deus, mas sim para compreender que eu já sou essa semelhança e reconhecer que esse fato do meu existir jamais pode mudar.
Na manhã seguinte, acordei com estas ideias: será que eu vou acreditar no senso mortal, que diz: “Tenha medo. Desta vez eu peguei você. Estou no controle da situação e não há nada que você possa fazer?” Ao invés disso, vou confiar na Mente divina, que diz: “Não tenha medo. Não há nenhuma Vida ou poder além de Mim. Eu estou no controle da sua vida e sempre estou aqui com você para garantir a vitória sobre toda a mentira e medo que se manifeste. Você pode confiar em Mim de todo o coração”. Eu sorri, lembrando destas palavras que tinham me vindo ao pensamento faz alguns anos: “O que nunca foi nunca pode ser. Isso não pode fazer parte de mim. Eu sou a filha de Deus pura e livre”.
A ansiedade desapareceu e meu pensamento se acalmou. Continuei a desempenhar algumas das minhas tarefas diárias e me enchi de regozijo ao perceber horas depois que toda a dor, a pressão e a inflamação haviam se desvanecido completamente. E nunca mais retornaram nos treze anos que se passaram desde essa ocasião.
Kathie Walter
Chico, Califórnia, EUA
    