Quando viajei dos Estados Unidos à África do Sul, com o objetivo de ir ao casamento de meu irmão, o trajeto não era direto. O itinerário agendado era voar de Knoxville, Tennessee, para Chicago O’Hare, depois para Londres Heathrow, seguido de mais um voo noturno para Joanesburgo, e finalmente para Durban, na África do Sul.
O voo para Chicago foi agradável e chegou no final da tarde. No entanto, o seguinte, para Londres, atrasou devido a problemas mecânicos. Nós esperamos, tensos, no portão de embarque, durante horas e horas, até que depois da meia-noite anunciaram que o voo fora cancelado. Os outros passageiros foram remarcados em outros voos. O sistema, no meu caso, não permitia a alteração do meu itinerário, porque eu já havia feito o check-in antecipadamente e, durante a noite, o escritório da companhia aérea estava fechado. Então me designaram um hotel aonde cheguei, finalmente, por volta das duas da manhã.
Como precisaria voltar ao aeroporto logo às seis da manhã, eu dormi apenas três horas. Quando o alarme do relógio tocou, acordei com uma forte dor de cabeça. As poucas horas de sono e as incertezas e tensões da noite anterior pareciam ser a causa de todo esse mal-estar.
Nesse momento de necessidade, voltei-me de todo coração a Deus, a Mente divina e perguntei o que precisava saber. Logo me veio o pensamento: “Um momento de consciência divina nos descansa mais do que horas de repouso na inconsciência”. Mais tarde, verifiquei que essa era a combinação de duas frases de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy. Uma está na página 218: “A consciência da Verdade nos descansa mais do que horas de repouso na inconsciência”. A outra está na página 598: “Um simples momento de consciência divina, de compreensão espiritual da Vida e do Amor, é um vislumbre antecipado da eternidade”.
Descansando na consciência divina, reconheci que Deus, governando todas as nossas experiências em completa harmonia, é a própria fonte de nosso íntegro e perfeito existir. Percebi que não precisava aceitar a situação negativa que me estava sendo apresentada, tratava-se de uma sugestão falsa, não era a realidade. Deixando de lado a crença no poder da matéria, optei por considerar essa experiência de viagem como uma aventura divina, em vez de vê-la como um pesadelo.
Logo a dor de cabeça desapareceu. Voltei com alegria ao aeroporto. Fui encaminhada a outro voo para não ter de passar por Londres, e aguardei no aeroporto tranquilamente. A viagem levou três dias, mas cheguei à África do Sul mais revigorada do que quando fiz esse mesmo itinerário em 18 horas de voo transatlântico. Eu cheguei a tempo para o casamento do meu irmão, e a paz daquele momento de consciência divina permaneceu comigo por muitas semanas depois da viagem.
Norma Presmeg
    