Nosso filho estava participando de um acampamento de verão para Cientistas Cristãos quando, certo dia, recebi um telefonema informando que, durante uma escalada, ele fora picado por uma cascavel. Eu estava na estrada, longe de casa, em outro estado, quando recebi essa chamada e de início senti um certo pânico. Tentei ligar para alguns praticistas da Ciência Cristã que estavam na lista do meu celular mas não consegui encontrar ninguém. Contudo, o pânico cedeu lugar a uma calma oração. Ao criar nossos três filhos, sempre achei natural orar para reconhecer o bem-estar fundamental dado por Deus, o qual eles possuem naturalmente.
O que me veio ao pensamento, quase que imediatamente, foi a primeira estrofe do Hino 53, do Christian Science Hymnal:
Braços do eterno Amor
Ao redor de tudo estão,
Deus a salvo me conduz,
Firme apoio Deus me dá. 
Tive a imensa certeza de que nosso filho estava rodeado pelo Amor divino. Também, senti a certeza de que essa experiência se tornaria um forte apoio espiritual, um “bordão” para nos apoiarmos, tal como a experiência de Moisés com a serpente venenosa, em Êxodo, havia sido um bordão para o grande líder hebreu. Mesmo em meio ao aparente perigo dessa emergência, me senti confortada pela certeza das bênçãos do presente e do futuro. De fato, essa experiência aprofundou a fé da nossa família na onipresença de Deus.
Logo me foi possível falar com nosso filho. Ele estava coerente e calmo e me assegurou que estava bem! Horas depois, quando cheguei, eu o encontrei no refeitório comendo com seus colegas de chalé. Ele me disse que os colegas de acampamento e os monitores que estavam presentes na ocasião do incidente haviam ficado ao redor dele, todos calmos. Ele sentira suas confiantes orações. Um dos monitores em especial havia estado à testa desse empenho com autoridade, e nosso filho havia respondido bem às afirmações mentais da Verdade, feitas por esse jovem.
Fiquei impressionada pelo fato de que, como meu filho menciona em seu relato abaixo, parece que o veneno jamais circulou pelo seu organismo. Foi como se a proteção de Deus que o rodeou e Seu terno cuidado tivesse agido tal qual um torniquete. Eu vim embora na manhã seguinte e ele ficou com os amigos no acampamento pelo resto da temporada.
Há pouco tempo, conheci pessoalmente um determinado Praticista da Ciência Cristã. Quando, por coincidência, fiquei sabendo que ele estivera no acampamento durante essa experiência do meu filho, alguns anos antes, perguntei-lhe do que ele se lembrava. Ele me disse que, quando veio o chamado pelo rádio do acampamento, houve uma sensação de alarme. Ele começou a orar com muitos argumentos mentais sobre o que é verdadeiro ou não a respeito de Deus e de Sua criação. Compreendeu, porém, que só a argumentação não traz a cura e sabia que precisava acalmar o pensamento para realmente ver a verdade da criação de Deus. Ele foi até um banco de onde se descortinava um lindo panorama com o lago, e sentou-se ali. Como recordou, logo “foi como se explodisse uma ‘bomba de Amor’ ”. O diretor do acampamento veio até ele e disse que sentiu uma mudança na atmosfera mental — ele também sentira tangivelmente o amor de Deus. Depois de pouco tempo, veio a mensagem por rádio de que tudo estava bem.
Quando explode uma bomba, irradia-se uma força, limpando inteiramente o terreno em volta da detonação. A “explosão de Amor” sentida naquele dia no acampamento se expandiu com a poderosa energia da verdade de que a criação de Deus é íntegra, protegida e intocada pelo perigo ou pela ferocidade animal. O “terreno” mental ficou limpo das falsas crenças de medo, acidente e veneno.
Ficar sabendo dessa oração coletiva que manteve nosso filho a salvo do perigo despertou em mim profunda humildade. Eu sabia quais haviam sido minhas próprias orações durante aquela situação e sabia de outras que me foram relatadas imediatamente após, mas agora ouvira o relato da poderosa oração, isenta de ego, de uma pessoa que nós nem conhecíamos e cujo envolvimento eu desconhecia totalmente.
Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, ordena aos Cientistas Cristãos praticantes que orem diariamente pelo mundo. “Será dever de todo membro desta Igreja defender-se diariamente de sugestões mentais agressivas e estar vigilante para não esquecer nem negligenciar seu dever para com Deus, para com sua Líder e para com a humanidade” (Manual da Igreja, p. 42).
Também em seu livro The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Vários Escritos], a Sra. Eddy escreve: “Os bons pensamentos são uma armadura impenetrável; assim revestidos, estais completamente resguardados contra os ataques do erro de qualquer espécie. E não só vós estais protegidos, mas também todos aqueles sobre os quais repousam vossos pensamentos são dessa forma beneficiados” (p. 210).
Sempre gostei muito dessa ideia de que nossas orações abençoam o mundo, mas não compreendia plenamente o potencial dessa lei espiritual nem o efeito imediato da oração coletiva de “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:39). Esse é o Cristianismo vivido e praticado!
Não tenho palavras para agradecer por essa bênção que continua a se irradiar, e por muitos outros casos de proteção, orientação e cura vivenciados por nossa família.
Kristen Henley-Hills
Silver Spring, Maryland, EUA
Eu sou o filho mencionado acima. O único pânico de que me lembro daquela ocasião foi o meu. Um amigo estava comigo e ele parecia não estar bem certo se deveria ficar com medo, mas ao retornar ao grupo principal, eu me lembro de um senso de calma. Não me recordo de quaisquer olhares assustados, nem de cochichos ou pânico. Após ter lavado a área da ferida, o monitor enfaixou meu pulso com gaze. A única outra providência material foi periodicamente trocar a gaze e limpar a ferida. É digno de nota que, após ter sido mordido no pulso, eu pude sentir o veneno da cobra se movendo e percebi que ele nunca passou do antebraço.
Orei com minha mãe e um Praticista da Ciência Cristã e me lembro de pensar nas histórias da Bíblia sobre o Apóstolo Paulo sacudindo a víbora e de Moisés e a serpente que Deus transformou em cajado. Dentro de uma semana eu voltei a usar minha mão normalmente e continuo a fazer isso, inclusive em muitas tarefas que exigem bastante trabalho manual. Faz sete anos que ocorreu essa cura.
Sam Hills
Elsah, Illinois, EUA
    