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Original para a Internet

Superadas as limitações financeiras

Da edição de setembro de 2020 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 29 de junho de 2020.


No livro de Atos lemos que “um homem, coxo de nascença” era colocado todos os dias à porta do templo, para passar o dia pedindo esmolas aos fiéis que ali entravam (ver 3:1–11). Pedro e João, discípulos de Jesus, estavam chegando para a hora da oração, quando o coxo lhes pediu esmola. Pedro disse ao homem que olhasse para eles, e este o fez, na expectativa de receber algo. “Pedro, porém, lhe disse: Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!” Pedro levantou o homem aleijado, que imediatamente sentiu os pés e os tornozelos se firmarem, e conseguiu andar. Ele, então, entrou no templo com Pedro e João (o que anteriormente lhe era proibido, devido à sua deficiência) saltando e louvando a Deus. Dá até para imaginar sua alegria.

Houve uma época em que eu precisava encontrar um lugar para morar, mas estava enfrentando problemas financeiros. Ao estudar esse relato, perguntei a mim mesma: “Eu realmente acredito que me tornei ‘aleijada’, quer dizer, incapaz de ser adequadamente produtiva para poder cuidar de mim e de meus filhos? Estou assentada à porta do templo, sentindo-me impotente, e implorando caridade? Será que não me sinto digna de entrar no templo?” 

Eu sabia que a resposta para cada uma dessas perguntas deveria ser “Não”. Mas decidi refletir a respeito de cada uma delas para compreender melhor por que a resposta é “Não!”

Acredito eu, realmente, que me tornei “aleijada”, incapaz de ser produtiva? Antes eu havia sido livre e capaz de realizar tudo o que precisava, e agora não consigo? Na Ciência Cristã, olhamos para o verdadeiro relato da criação como espiritual. Este versículo foi um guia bem útil para mim: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gênesis 1:27). De acordo com esse relato, portanto, fui criada inteira, completa e espiritual, visto que Deus é inteiro, completo e espiritual. Essa verdade não pode mudar. Foi dada por Deus e é permanente.

Será que não sou capaz de cuidar adequadamente de meus filhos? Deus é meu Pai-Mãe e o Pai-Mãe de meus filhos. Minha capacidade de cuidar de meus filhos vem dEle. Embora isso inclua satisfazer às necessidades físicas, como abrigo, vi que todos estamos protegidos espiritualmente. Essa proteção é infinita e duradoura, porque o cuidado de Deus por nós é infinito e duradouro.

Será que estou sentada à porta do templo, sentindo- me impotente e implorando por caridade? De jeito nenhum! Como filha amada de Deus, não posso ser impotente. Este salmo o explica desta forma: “O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra” (Salmos 121:2). Como minha ajuda vem de Deus, ela deve ser abundante, farta. Portanto, como filha de Deus, sou capaz de ajudar a mim mesma e aos outros. Estou recebendo ajuda o tempo todo do meu Pai celeste.

Será que não me sinto digna de entrar no templo?” Às vezes, me sinto como se não fosse boa o bastante ou digna como as outras pessoas. Mas isso não pode ser verdade. Cada um de nós é filho ou filha de Deus, digno de Seu amor. O apóstolo Paulo diz: “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo…” (Romanos 8:16, 17). Essa herança é permanente. Não oscila. Não é um vaivém. Então, cada um de nós é digno de entrar no “templo”, a consciência sagrada na qual adoramos a Deus.

Pedro deixou claro que não era dele que vinha a cura do homem aleijado, não era um dom pessoal, mas vinha em nome de Cristo Jesus. Essa mensagem do Cristo ainda diz: “Não estou te dando nem prata nem ouro, mas estou te dando a cura”. Eu precisava “olhar para o alto” — para ser receptiva ao espírito sanador do Cristo. Pedro pegou o homem pela mão e o levantou, e imediatamente seus pés e tornozelos se firmaram. Não foi necessário um período de recuperação. O relato conta que ele “de um salto se pôs em pé, passou a andar e entrou com eles no templo, saltando e louvando a Deus”. Todos ao redor viram essa cura. Pedro deixa claro aos que ali estavam que foi Deus quem realizou a cura, como Cristo Jesus mostrou tantas vezes, quando ele curava. Essa cura tornou-se um momento de aprendizado para o aleijado e para o povo que ali estava.

Ao compreender melhor que o Cristo está sempre presente para me mostrar o caminho, tive a certeza de que poderia sinceramente me voltar a ele para a cura. Então, toda vez que uma crença de limitação se apresentava, ou surgia o pensamento de que eu era incapaz, eu podia dizer não, com plena confiança! Parei com o pensamento derrotista e tomei consciência do bem ilimitado que é Deus, nosso Pai, tendo o Cristo a me mostrar como seguir em frente.

Não foi fácil. Minhas circunstâncias financeiras indicavam que aquilo que eu esperava fazer seria impossível para mim. Mas, sempre que a situação parecia desesperadora, eu pensava naquele homem aleijado. O que ele precisava, realmente, não era prata nem ouro, era uma consciência confiante na cura pelo Cristo, que satisfaz a todas as nossas necessidades.

A afirmação que Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, apresenta em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de que “O Amor divino sempre satisfez e sempre satisfará a toda necessidade humana” (p. 494), não é restritiva. Não quer dizer a maioria das necessidades humanas, ou algumas necessidades humanas, ou as necessidades humanas das pessoas há dois mil anos. Está dizendo toda necessidade humana, e está dizendo que a necessidade sempre é satisfeita.

Minha filha, que tem três filhos adolescentes, e os está criando sozinha, estava orando comigo. À medida que nossa confiança na orientação de nosso Pai aumentava e à medida que, cada vez mais sentíamos o Cristo mostrando como eu deveria seguir, o caminho se abriu para que eu pudesse ajudar-me a mim mesma, ajudar minha preciosa família e outras pessoas. Consegui financiamento para uma casa pequena em uma área agradável, perto de uma escola de nível adequado para adolescentes, e minha filha e seus filhos puderam morar comigo. Aconteceu de maneira inesperada e não quando eu achava que deveria acontecer. Foi ainda melhor do que eu previra e me trouxe muito mais bênçãos do que imaginara. Eu já não me senti aleijada, incapaz nem indigna. Pude me levantar e seguir em frente.

Com essa experiência, aprendi a continuar a elevar meu olhar — continuo elevando meu pensamento para aceitar a cura pelo Cristo. Então, posso seguir em frente, saltando alegremente e louvando a Deus.

Celia Nygard
South Williamsport, Pensilvânia, EUA

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