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Original para a Internet

Livre do vício do álcool

Da edição de dezembro de 2021 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 27 de setembro de 2021.


Gostaria de acrescentar minha manifestação de gratidão às muitas outras que já foram publicadas nos periódicos da Ciência Cristã.

Mary Baker Eddy, a Descobridora da Ciência Cristã, escreveu que a intemperança “se esconde sob a falsa pretensão de ser uma necessidade humana, uma alegria inocente e uma prescrição médica” (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 18831896, p. 210). Foi precisamente desse modo que eu racionalizei meu consumo de álcool.

Embora eu nunca tenha abandonado completamente o estudo da Ciência Cristã, durante o mestrado perdi o rumo com relação ao álcool e comecei a beber em reuniões sociais, por diversão. A partir daí, o álcool tornou-se a “receita médica” para todo tipo de problema. Um copo, dois copos ou mais, era o remédio para o estresse no fim de um dia atarefado, para uma dor de cabeça, para um enjoo de estômago. Pouco a pouco, tornei-me dependente de “doses” cada vez maiores e não conseguia abandonar essa situação. Toda tentativa de parar de consumir álcool só aumentava o desejo que eu sentia e ao qual não conseguia resistir.

Procurei um programa de tratamento do vício do álcool com reputação de ser muito bem sucedido, mas a entrevista com eles me fez sentir desonrada e humilhada. Além disso, o representante do programa advertiu-me que, devido à quantidade de álcool que eu consumia diariamente, era de se esperar que a abstinência causasse prolongados períodos de muito sofrimento.

Então, me dirigi a uma praticista da Ciência Cristã, a qual afetuosamente, sem crítica nem condenação, concordou em me dar tratamento pela oração. Durante nossa primeira conversa, mencionei que embora eu conhecesse muitas passagens da Bíblia, nunca lera a Bíblia do começo ao fim e estava ansiosa por fazê-lo. A praticista me incentivou a começar esse estudo, e foi o que fiz, o livro sagrado em uma mão e um copo ou garrafa de alguma mistura de bebida alcoólica na outra.

Logo me deparei com o relato de Elias e a viúva de Sarepta (ver 1 Reis 17:10–16). Havia uma grande fome naquela terra. Elias pediu à viúva comida e água. A viúva respondeu que só tinha azeite e farinha suficientes para fazer a última refeição para si mesma e para seu filho. Depois que Elias assegurou-lhe que Deus não permitiria que faltasse suprimento, ela concordou com o que ele solicitara, trazendo-lhe água e “um bolo pequeno”. Depois disso, houve provisão suficiente para ela, para o filho e para Elias, durante todo o período de escassez.

Eu me dei conta de que estava mentalmente pedindo a Deus que aceitasse o consumo de álcool como o meu “bolo pequeno”. Essa ideia pareceu tola, até que comecei a pensar nela profundamente. De início, a viúva parece não estar disposta a compartilhar o pouco que ela e o filho tinham, mesmo que aquilo claramente não valesse muito para sustentá-los na vida. A analogia é que eu tivera medo de renunciar aos supostos, e falsos, benefícios de beber. Agora eu estava pronta, disposta e realmente ansiosa por abandonar o consumo de álcool, como se estivesse oferecendo um sacrifício a Deus.

Eu não tive nenhuma sensação de estar perdendo algo de bom ou que valesse a pena, ao contrário, tive uma sensação de ganho. Vi que a diversão, o bem-estar, a firmeza e a confiança que eu erroneamente buscara no álcool são na verdade atributos da Alma, ou Deus, e não podem ser dados por nenhuma ajuda material. Nem pode algo material causar sofrimento como consequência de ser abandonado como um falso benfeitor.

Tal como a viúva de Sarepta constatou que podia confiar em Deus para sustentar sua família, apesar das evidências de falta, eu comecei a confiar em que Deus era a fonte da minha felicidade, da minha autoestima e da minha saúde, apesar do argumento de que essas qualidades vinham do álcool.

A Sra. Eddy escreveu em seu livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “A Alma tem recursos infinitos para abençoar a humanidade, e seria mais fácil alcançar a felicidade e conservá-la em nosso poder, se a buscássemos na Alma. Só as alegrias mais elevadas podem satisfazer os anseios do homem imortal. Não podemos circunscrever a felicidade dentro dos limites do senso pessoal. Os sentidos não proporcionam alegria verdadeira” (pp. 60–61).

Essa passagem me satisfez quanto a uma necessidade específica. Até então, repetidas vezes eu tentara abandonar o álcool por pura força de vontade humana, aos trancos e barrancos, sem preparo. Invariavelmente, esses esforços só aumentavam meu desejo pelo álcool. A afirmação da Sra. Eddy me possibilitou perceber que, para ficar livre do desejo de consumir qualquer substância material, temos de nos apoiar única e permanentemente na Alma. A matéria não tem nenhuma identidade e nenhum poder, seja para induzir à felicidade ou nos oprimir com desejos irresistíveis.

Nessa mesma noite meu estoque de álcool acabou e nunca mais comprei bebida alcoólica. Esse foi o fim do meu consumo de álcool. Não houve um único sofrimento por não beber, não houve mais nenhum desejo. Essa cura ocorreu há quase uma década e foi permanente!

Mary Mudd
Somerset, Nova Jersey, EUA

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