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Original para a Internet

A oração cura o pesar

Da edição de fevereiro de 2023 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 31 de outubro de 2022.


É com muita gratidão que relato a cura de pesar que tive apenas cinco dias após meu marido falecer. No início, eu ficara imensamente chocada e confusa. Tudo parecia ter virado de cabeça para baixo e uma sombra que não existia antes surgiu em meu pensamento.

Com o apoio da família e dos amigos, e com as orações de meu dedicado professor da Ciência Cristã, consegui comer, caminhar e sobreviver a esse dia. Dois versículos bíblicos me deram apoio imediato, quando abri aleatoriamente esse livro sagrado em busca de conforto. O primeiro foi Lucas 10:42: “Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada”.

Qual é “a boa parte”? Percebi que era o Cristo, a Verdade (a Ciência Cristã), minha fé em Deus e meu existir que, assim como Deus, era espiritual e não podia ser afetado. Ao fazer essa escolha, a exemplo de Maria, tive a certeza de que teria tudo aquilo de que necessitava.

O segundo versículo foi Lucas 11:35: “Repara, pois, que a luz que há em ti não sejam trevas”. Isso me fez lembrar de que a luz da onipresença da Mente divina está sempre comigo, brilhando em meu coração e em minha consciência. Também me fez lembrar de que precisava cuidar de mim mesma — que sou suficientemente importante para ser protegida, que tenho um propósito espiritual para cumprir e que eu não deveria me deixar ser levada pelo pesar.

Meu marido amava a luz e explorou esse conceito em seus trabalhos artísticos. Alguns dias depois de ele falecer eu estava caminhando no centro da cidade com uma amiga e senti a luz do sol brilhando sobre mim, como se estivesse querendo me dizer algo. Ficou claro para mim que Deus — a verdadeira Vida de meu marido — nunca havia partido, portanto, não havia motivos para lamentar. Continuei minha caminhada com aquele sentimento de Vida e Amor divinos perfeitamente presentes.

Embora os pensamentos sombrios ainda clamassem por atenção, cada novo dia parecia ser um pouco mais brilhante e mais dentro da normalidade do que o anterior. Fiz questão de disciplinar meu pensamento. Mais especificamente, havia dois estados mentais que eu não me permitia adotar — o de desejar e o de sentir falta. É tentador pensar que sejam coisas naturais, mas percebi que nada mais são do que formas do vazio. Eu não conseguiria fazer nada acontecer simplesmente desejando que acontecesse, e desejar que as coisas fossem diferentes significa não ser grato pelo bem que está sempre presente.

Em vez de desejar, reconheci a Deus e Sua infinita e maravilhosa obra. Por exemplo, havia momentos em que ouvia uma música que desejava ouvir com meu marido, mas eu mudava o pensamento e reconhecia a verdade espiritual de que o Amor divino estava continuamente satisfazendo as necessidades de nós dois. A Alma infinita é nossa fonte ilimitada de inspiração e arte.

Refleti sobre uma pergunta que Mary Baker Eddy faz em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “…se um amigo está conosco, por que precisamos de celebrações em memória desse amigo?” (página 34). Compreendi que sentir falta da presença física de uma pessoa é não aceitar sua verdadeira identidade espiritual como expressão da Vida eterna. E eu sabia que meu marido não iria querer nem precisava que eu me agarrasse a um conceito inferior a respeito dele.

Outra tentação era pensar: “Supere tudo isso e pense no verão; tudo vai melhorar”. Mas me mantive no presente, vivenciando cada momento, e estava muito grata pela oportunidade de viver e amar. Acho que essa foi uma das razões pelas quais me curei tão rapidamente do pesar. Não havia acúmulo de medo nem ingratidão, pois não tentei deixar nada de lado para resolver depois. Tudo o que fiz foi motivado pela lealdade — a Deus e a meu marido.

Na proporção em que me mantive focada naquilo que era real, fui tendo revelações diárias da impotência do pensamento material. Li e escrevi diariamente páginas e mais páginas de verdades espirituais. Eu sabia que, como Deus é Tudo, a doença não é real; o homem não é pecador nem vítima, mas sim a semelhança perfeita de Deus; e eu sabia também que é a Mente divina, e não a mente mortal, que está em ação. Eu sempre sentira a verdade desses fatos, mas estes ficaram ainda mais claros para mim na proporção em que orei durante toda essa situação.

Agora, sete anos depois, a eficácia da cura pela Ciência Cristã ficou comprovada em minha vida. Não sinto mais pesar por nada. Amo, sinto afeto, meus sentimentos são profundos e não existe nenhum medo de perda. Em verdade, a paz que flui de minha compreensão de que Deus está sempre presente tocou todos os pontos de minha vida e me permitiu ser uma verdadeira ajuda e exemplo para os outros. Sem essa cura, eu não teria conseguido organizar as exposições das obras de meu marido e criado um site dedicado à sua vida e seu trabalho. Esses projetos honram sua verdadeira natureza espiritual e encorajam outros a se sentirem gratos pela contribuição de meu marido à vida deles.

Estou vivendo a promessa de Hebreus 4:9: “Portanto, resta um repouso para o povo de Deus”.

Tara Bhrushundi
Nova York, Nova York, EUA

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