Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer
Original para a Internet

Harmonia restaurada na sala de aula

Da edição de março de 2023 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 7 de fevereiro de 2022.


Como professor, sempre fico entusiasmado e cheio de expectativa com a aproximação do primeiro dia do ano letivo. Este ano começou bem, mas tudo mudou durante uma das aulas. Os alunos estavam indisciplinados, barulhentos e desrespeitosos para comigo e entre si. Quando um deles gritava algo impróprio, os outros riam, apoiando-se mutuamente contra o alvo da chacota.

Eu não queria levantar a voz, nem acusar algum aluno especificamente, nem enviá-lo ao gabinete do diretor logo no primeiro dia de aula. Por isso, fiz o melhor que pude para seguir em frente, na esperança de que aquela aula de uma hora de duração passasse depressa. Mas parecia que eu não tinha nenhuma autoridade e que os alunos estavam fora de controle. Mal e mal consegui terminar aquela hora de aula, e me perguntei: “Como posso voltar à escola amanhã? Será que perdi meu dom de lecionar? Será que eu deveria fazer algo diferente na vida?”

Ainda angustiado, acordei no meio daquela noite, e veio-me à mente a ideia de orar. Lembrei-me de dois pensamentos da Bíblia: “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros…” (Tiago 4:8). E “…completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento ” (Filipenses 2:2). Eu sabia que podia me aproximar de Deus, o Amor, ao compreender que o Amor divino nos dava “o mesmo sentimento” e era a Mente única, e essa Mente estava em ação em minha sala de aula. Compreendi também que, como filhos de Deus, os alunos tinham de ser receptivos a esse Amor.

Também me lembrei de um recente podcast da Ciência Cristã, no qual o narrador mencionou que, ao orar, podemos começar por rejeitar aquilo que vemos materialmente, que não é de Deus, e substituir tudo isso por aquilo que é espiritualmente verdadeiro. Em meu caso, significava ver que sou plenamente capaz de fazer um bom trabalho, porque reflito e expresso qualidades de Deus; e que, como filhos de Deus, meus alunos são bons e gentis; que Deus está governando e orientando tudo, por conseguinte, nada está fora de controle.

Com base nesses parâmetros, pude rejeitar a crença de que eu não era bom professor e meus alunos eram indisciplinados. Mais tranquilo, consegui continuar a descansar naquela noite.

Quando tive de dar aula aos mesmos alunos no dia seguinte, eu estava em paz. Minha oração levou-me a tomar algumas medidas práticas: arranjei as carteiras em posição diferente; cumprimentei cada um e mostrei interesse genuíno por todos; escolhi alguns poucos e comentei que as coisas seriam diferentes do dia anterior, e que eu esperava que me ouvissem. Convidei também um de nossos especialistas em comportamento escolar para assistir à minha aula, ou parte dela, como observador, para depois me dar seus comentários.

Minha oração também me inspirou a contar o que havia acontecido durante a noite, de uma forma adequada para essa classe. Contei que eu não tinha me sentido bem com o ocorrido no dia anterior, e que, no meio da noite, a resposta que me viera ao pensamento fora amor — palavra muito poderosa. Eu leciono porque amo. Amo a matéria que ensino. Amo os alunos, a escola e a comunidade. Ensinar é a forma como eu expresso meu amor.

Continuando minha conversa, escrevi a palavra “Amor” no quadro negro e, em seguida, a partir dessa palavra, escrevi as diferentes maneiras como o amor se expressa na sala de aula em qualidades que entendo que têm origem em Deus, tais como: cuidado, atenção, bondade, paciência, humildade, respeito, prudência e perdão. A classe estava prestando atenção e ficou em silêncio durante todo o tempo. Eu sabia que estavam absorvendo tudo aquilo, estavam com o coração receptivo. Senti que a Mente una e única estava em ação. Deus estava no comando.

Em seguida, pedi aos alunos que trabalhassem juntos em equipes, e no final, chamei a atenção deles de novo para a lista de qualidades escrita no quadro negro. Pedi-lhes que identificassem as maneiras de expressá-las no trabalho em equipe. Algumas das respostas foram: “Na equipe trabalhamos juntos”; “nós nos comunicamos uns com os outros”; “respeitamos as ideias uns dos outros”; “perdoamos uns aos outros quando fazemos muita bagunça”.

Minha resposta foi: “Vejam quanto amor nós temos em nossa sala de aula! Incrível, não é? Assim será nossa classe este ano”. E assim tem sido.

Fomos testemunhas da influência de Deus em ação, comprovando o que Mary Baker Eddy, que descobriu a Ciência Cristã, escreve em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “A Mente é a Vida, a Verdade e o Amor, que governa tudo” (p. 508). À medida que tomamos consciência da presença dessa Mente perfeita, a harmonia reina.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / março de 2023

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.