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Original para a Internet

EDITORIAL

Nós, também, podemos ressuscitar

Da edição de abril de 2023 dO Arauto da Ciência Cristã


“Ele ressuscitou!”

Essa foi uma saudação vital para os primeiros cristãos. Vital significando “essencial”, mas também cheia de vida, energia e inspiração. A esperada resposta à saudação era: “Ele realmente ressuscitou!” Isso celebrava o fato, que mudou a história, de que o inspirado Mestre e sanador Jesus Cristo, que fora tão injustamente crucificado, havia ressuscitado e estava vivo, exatamente como prometera.

À sua própria maneira, seus primeiros seguidores também haviam ressuscitado. A compreensão deles do que Jesus lhes havia ensinado foi elevada pelo resultado do supremo sacrifício do ego feito por seu Mestre, o que comprovou para eles — e pelo subsequente testemunho deles a respeito, tudo, ou seja, — a plenitude da Filiação divina que ele fora designado para exemplificar. Por meio de seu ilimitado amor pelo Pai, Deus, ele voluntariamente se submeteu à morte e a venceu. Ele demonstrou que a vida não é a existência mortal que parece ser, mas sim a experiência infinita e a expressão da Vida imortal, que é Deus.

A ressurreição de Jesus despertou seus discípulos para a continuidade ininterrupta dessa Vida divina, e o esforço para compreender o que ele fez e comprovou pode nos levar a esse despertar para essa Vida divina ainda hoje. Mas ele não estava simplesmente exemplificando uma eternidade e uma imortalidade que nos esperam após a morte. Vencer a morte foi sua maior prova do Cristo, a ideia espiritual da perfeição de Deus e da criação de Deus, a qual ele provou ao longo do seu ministério de cura. Toda vez que ele curava uma doença física ou mental, ou levantava, ou seja, tirava do pecado alguém que estava mergulhado no pecado, Jesus mostrava que a imortalidade estava bem ali, onde a doença e o pecado parecem estar.

Podemos seguir seus passos e nos elevarmos até esse reconhecimento. Quando buscamos compreender melhor a Deus, o Cristo eleva nosso senso a respeito de como Deus verdadeiramente nos cria. Embora essa verdade a respeito de quem somos com razão nos dê muita alegria, ela também nos traz uma conscientização de onde nos distanciamos dessa verdadeira individualidade. Quando somos honestos com nós mesmos a respeito da necessidade de mudança, e ansiamos por essa mudança, o desejo de crescer na compreensão e expressão da identidade que nos é dada por Deus nos capacita a abandonar essas falsas características. Ao fazermos isso, a prova de que somos filhos de Deus, harmoniosos e sem pecado, emerge de maneiras práticas.

Após sua vitória sobre a morte, Jesus foi ainda mais longe em sua demonstração da libertação dos limites do materialismo. Essa experiência está descrita na Bíblia, onde lemos que Jesus foi “elevado para o céu” (Lucas 24:51). Essa não foi uma mudança de localização, mas de pensamento. Foi sua ascensão final acima de qualquer conscientização que ele ainda pudesse ter, de estar preso à matéria. Como resultado desse pensamento de elevação, aqueles que estavam com ele, ainda presos até certo ponto à concepção corpórea a respeito da existência, não podiam mais vê-lo ou ouvi-lo. Isso mostrou a eles o quão “elevados” podemos ficar, isto é, até que ponto cada um de nós finalmente se elevará acima da percepção errônea de que somos mortais e materiais, até que reconheçamos que somos imortais e espirituais.

Foi dessa forma que um dos primeiros seguidores de Jesus expressou o que aconteceu: “Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro” (Efésios 4:8). Essas palavras apontam para a contínua aplicabilidade da demonstração final de Jesus de se elevar totalmente acima da falsa crença de que somos materiais. Embora esse passo final da salvação individual não seja replicado de uma só vez, ele exemplifica nossa capacidade diária de dar passos nessa direção. Ao cedermos ao Cristo, nós conseguimos realizar aquilo que humanamente parece fora do nosso alcance. A contemplação da verdadeira ideia espiritual daquilo que nós realmente somos, faz com que nos elevemos espiritualmente e corrijamos assim os pensamentos que aparentemente estão cativos do espectro de nós mesmos ou do espectro de outros, como se moralmente comprometidos com a matéria.

Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras e em seus outros escritos, a Descobridora da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy, mostra-nos como essa elevação do pensamento traz libertação. Ela cita esta frase: “Ele ressuscitou”, e também a expande para além do evento crucial da crucificação para se referir à ascensão do pensamento que todos nós podemos replicar. Referindo-se àquilo que Jesus realizou, conforme explicado na Ciência Cristã, ela disse: “Na nova religião o ensino é: ‘Ele não está aqui; a Verdade não está na matéria; ele ressuscitou; a Verdade, para nós, se tornou muito mais — mais real, mais espiritual’ ”. A autora então pergunta: “Deixamos a consciência da doença e do pecado, e passamos a ter consciência da saúde e da santidade?” (Escritos Diversos 1883–1896, p. 179).

É uma promessa jubilosa saber que podemos emergir da consciência da doença e do pecado, quando descobrimos nosso verdadeiro pensamento espiritual, nosso inerente caráter cristão. Ao ansiarmos por compreender e incorporar o Cristo, a consciência de que a saúde e a harmonia são a realidade de todos nós, vemos que, como filhos de Deus, nunca somos cativos de nenhuma crença de que a existência seja baseada na matéria. Por mais arraigada que pareça ser a convicção do existir material em nós mesmos ou nos outros, o Cristo nos capacita a nos elevarmos acima desse senso errôneo de identidade, permitindo-nos discernir a plenitude do Espírito e demonstrar nossa identidade como filhos harmoniosos e saudáveis ​​do Espírito.

Quando nos elevamos para aceitar e abraçar essa verdadeira visão de Deus e do que Deus cria, isso traz resolução e cura a todos os aspectos da nossa vida. Como Ciência e Saúde garante: “Podemos nos elevar, e finalmente nos elevaremos, a ponto de valer-nos em tudo da supremacia da Verdade sobre o erro, da Vida sobre a morte e do bem sobre o mal, e esse crescimento continuará até chegarmos à plenitude da ideia de Deus e não mais temermos adoecer e morrer” (p. 406).

A cada passo de progresso espiritual e cura, nosso pensamento se eleva acima do nível mental em que uma força contrária tenta nos fazer exaltar erroneamente a matéria como realidade. Quando, em vez disso, exaltamos o Espírito, Deus, que é Tudo, podemos então dizer: “Ele realmente ressuscitou!” Isso não é simplesmente devido à prova maravilhosa e relevante de maneira duradoura desse fato, apresentada por aquele que mostrou o Caminho, Cristo Jesus. É também devido a nós mesmos seguirmos no Caminho. A cada passo fiel, o Cristo ressurge à visão humana por meio de nossa compreensão e prova da Verdade que o ministério de cura de Jesus, sua ressurreição e sua ascensão nos mostraram.

Tony Lobl
Redator-Adjunto

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