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Original para a Internet

PARA JOVENS

Quem realmente sou eu?

Da edição de abril de 2023 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 6 de fevereiro de 2023.


Era meu primeiro ano de faculdade. Eu estava em casa, durante um período de recesso escolar, que estava quase acabando. Eu gostava muito da faculdade, mas, mesmo assim, uma noite antes da minha volta fui até o quarto da minha mãe, que estava lendo na cama. Deitei-me ao seu lado e chorei, porque eu não queria voltar para a escola. Simplesmente ainda não me sentia à vontade na faculdade.

Na época eu não entendia, mas aquela sensação era provocada por algo mais profundo do que a mera experiência de passar alguns meses ​​​​cercada por pessoas estranhas, em lugares que me eram desconhecidos. Eu também passara a frequentar novos ambientes sociais, e estava começando a questionar coisas em que eu acreditava como Cientista Cristã. Bebida? Encontros? Quem era eu e o que pensava de verdade? Em minha busca para descobrir as coisas em que eu acreditava e que eu valorizava ― em vez de simplesmente aceitar aquilo em que os outros me diziam que eu deveria acreditar ― eu havia começado a experimentar a fazer escolhas diferentes.

 A maioria das pessoas provavelmente observaria o que eu estava fazendo e pensaria que era algo bem inofensivo. Mesmo assim, eu não me sentia bem comigo mesma. Essa sensação atingiu o seu ponto máximo em uma noite de um fim de semana, algumas semanas após o recesso escolar, quando eu e um grupo de amigos pegamos o ônibus para participar de uma festa da fraternidade em uma universidade próxima. Parecia que era nossa primeira noite “de verdade” na faculdade, e todos estavam ansiosos para ir. Mas, assim que chegamos na festa, entrei em pânico. Eu não podia mais fingir; simplesmente, aquela não era a minha praia, por assim dizer. Fui embora, junto com vários colegas, e voltei para o nosso campus, sentindo-me uma tola e muito envergonhada. No dia seguinte, acordei com uma erupção cutânea no pescoço.

Por ter estudado a Ciência Cristã desde pequena, eu estava acostumada a me apoiar na oração para encontrar cura. Aliás, eu havia constatado, em muitas ocasiões, que o que parece ser um problema físico, muitas vezes está relacionado a um anseio espiritual mais profundo. Quando esse anseio é atendido, o desafio físico normalmente desaparece. Nesse caso, a questão parecia bastante óbvia: eu estava sentindo o desconforto em minha própria pele, literal e figurativamente.

Pela primeira vez desde que chegara à faculdade, comecei a considerar a pergunta “Quem sou eu?” a partir de uma perspectiva espiritual. Para mim, isso significava obter uma compreensão melhor de Deus e de tudo o que Ele criou, para descobrir quem eu realmente sou e qual é o meu lugar individual na criação de Deus.

Um momento decisivo em minhas orações foi quando compreendi que eu fui criada para expressar a Deus de uma maneira única. Não há mais ninguém que possa expressar as qualidades espirituais que eu expresso, exatamente da mesma maneira que eu as expresso.

Também percebi que ser Cientista Cristã ― viver de uma maneira que honrasse a bondade de Deus e valorizasse meu relacionamento com Deus, o bem, acima de tudo ― não era algo que eu fazia porque alguém me havia mandado fazer. Eu fazia isso porque eu amava a Deus, e sentir-me perto dEle me trazia alegria. Isso não significava que eu era mais “santa” ou melhor do que meus amigos; eles estavam em sua própria jornada de crescimento espiritual, quer percebessem isso quer não. Eu podia valorizar as qualidades espirituais que eles expressavam sem comparar ou questionar meu próprio valor.

Rememorando, percebo como foi crucial esse momento para mim. Não somente a erupção no meu pescoço desapareceu, mas também passei a sentir uma autoconfiança que nunca havia sentido antes. Depois disso, fiquei bem mais consciente de que o “cicio tranquilo e suave” de Deus (ver 1 Reis 19:12) direciona meus passos e me proporciona um senso de propósito no meu dia a dia. Além disso, eu me senti muito bem sendo fiel a mim mesma e aos valores que eu havia descoberto. Eles eram importantes para mim.

As pessoas até pararam de perguntar por que eu não estava tomando bebidas alcoólicas. Fiz amizades sólidas, que resultaram em apoio mútuo. Juntos, nós nos divertíamos muito, independentemente de meus amigos estarem bebendo ou não.

Não posso dizer que nunca mais me senti insegura. Todos nós, às vezes, enfrentamos pressão para nos adaptarmos, e às vezes pode parecer difícil resistir a essa pressão. Mas, à medida que desenvolvemos a prática de buscar a Deus para que Ele nos diga quem somos — de modo a nos certificarmos de que somos amados e insubstituíveis — passamos a sentir confiança para sermos fiéis a nós mesmos, e descobrimos a alegria duradoura de fazer isso.

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