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Original para a Internet

O tanque está meio cheio ou meio vazio?

Da edição de junho de 2023 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 13 de abril de 2023.


Certo domingo, eu estava a caminho da igreja e, como ainda era cedo, resolvi parar em um posto de gasolina para abastecer o carro. Enchi o tanque, paguei e, ao ligar o carro, fiquei surpreso ao ver que o marcador de combustível mostrava como se estivesse vazio! Como isso seria possível? Era evidente que o painel de meu carro não estava correto. Eu acabara de encher o tanque e, não obstante, o marcador mostrava exatamente o contrário. Por ter a certeza da realidade dos fatos, não tive dúvidas em continuar o percurso até a igreja.

Fazendo um paralelo a essa experiência, poderíamos nos perguntar: será que podemos sempre confiar em tudo o que vemos? Qual é a realidade subjacente aos fatos observáveis? Um marcador de combustível é uma invenção humana que às vezes pode falhar, enquanto o conhecimento e a sabedoria que Deus outorga é invariável, plena, sempre correta — porque Deus é o Espírito e é eterno. Então, em que confiar? Nos sentidos físicos ou em nosso inato senso espiritual — a inspiração divina?

Mary Baker Eddy, Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, escreveu os fundamentos dessa Ciência no livro de sua autoria, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras. O primeiro desses fundamentos fala da Bíblia: “Como adeptos da Verdade, tomamos a Palavra inspi­rada da Bíblia como nosso guia suficiente para a Vida eterna” (p. 497). Mas, o que seria essa palavra inspirada? É o senso espiritual da Palavra, a mensagem divina das Escrituras, a qual transmite a inspiração que cura. É a compreensão espiritual do que nos foi ensinado por Jesus e seus discípulos, pelos profetas — por todos os que entenderam as verdades a respeito de Deus e Sua criação e puderam comprovar a realidade divina em determinado momento.

Um desses ensinamentos de Jesus é a analogia da candeia, a qual ele proferiu no Sermão do Monte: “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa” (Mateus 5:14–15). Para compreender essa passagem, imaginemos inicialmente um quarto vazio e fechado, todo escuro. Se colocássemos uma vela acesa dentro dele, perceberíamos que mesmo um pouco de luz consegue encher todo o ambiente, no qual não há espaço para escuridão. Podemos dizer que o mesmo ocorre com nossa compreensão de Deus. Mesmo que seja pouca de início, esta lança fora a escuridão do medo, as trevas da dúvida ou a sombra do desânimo. Assim como uma vela transforma nossa visão do ambiente, similarmente, compreender a Deus transforma nossa experiência e nos ajuda a ver o bem espiritual — que reina supremo.

Outra ideia que me ocorreu, ao pensar no marcador de combustível cheio ou vazio, foi a questão de um copo “meio cheio” ou “meio vazio”. Isso é geralmente interpretado como o ponto de vista do otimista ou do pessimista. Mas, além de tal questão, podemos reconhecer que na realidade espiritual nunca há dualismo — algo um pouco cheio e, ao mesmo tempo, um pouco vazio. Nunca há ambos: a fartura e a carência, a saúde e a doença, o bem e o mal. Em Deus, tudo é luz e não existe espaço para nada mais. As trevas são apenas ausência de luz, e desaparecem com a claridade.

Como a Bíblia revela: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro ou se devotará a um e desprezará ao outro” (Lucas 16:13). Quão importante é escolher a Deus como guia, ao invés de continuamente oscilar entre o cheio e o vazio! Precisamos ser contundentes na aceitação da verdade e colocar a candeia acesa no velador, para que ilumine completamente todo o nosso ambiente mental. De igual modo, devemos aceitar que o Cristo, a verdadeira ideia de Deus, clareie nosso pensamento e seja nosso guia, para que entendamos a Palavra inspirada e enxerguemos a plena realidade de Deus e Sua expressão — todos nós.

Ciência e Saúde também declara: “Não é sensato assumir uma atitude vacilante e ficar no meio-termo, na expectativa de agir ao mesmo tempo por meio do Espírito e da matéria, por meio da Verdade e do erro. Há um só caminho — a saber, Deus e Sua ideia que conduz ao existir espiritual” (p. 167). Por isso, não devemos assumir essa atitude vacilante, mas escolher a Palavra inspirada ao invés de uma leitura totalmente literal da Palavra como nosso guia. Isso significa deixar que o Cristo seja a candeia a inspirar continuamente nosso pensamento e a mostrar que nossa casa, nossa consciência, em realidade, já está cheia de luz, neste exato momento.

Por fim, como afirma Ciência e Saúde: “Da mesma maneira como a luz destrói as trevas e em lugar das trevas tudo é luz, assim (na Ciência absoluta) é unicamente a Alma, Deus, que transmite a verdade ao homem” (p. 72). Aprendamos esta lição: a luz de Deus já está — aliás, sempre esteve — iluminando todos nós, não restando mais lugar algum para as trevas. Então, da próxima vez em que você vir algo que não provenha da luz divina, questione. Busque a inspiração para ouvir o que Deus tem a lhe dizer e aceite que o Espírito seja seu guia, eternamente.

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