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Original para a Internet

Habitar no Amor

Da edição de dezembro de 2024 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 11 de julho de 2024.


Pouco tempo atrás, senti muita necessidade de uma compreensão mais clara a respeito da presença e do cuidado amoroso de Deus. Ao orar, recebi uma resposta por meio da primeira estrofe deste hino, de que gosto muito:

Comigo habita; aurora ao despertar,
Estrela d’alva as trevas a abolir.
És nosso Deus, que vens nos redimir;
Em Ti, Senhor, queremos habitar.
(Bertha H. Woods, Hinário da Ciência Cristã, 7)

Ao pensar nas palavras iniciais: “comigo habita”, entendi-as de um modo que nunca me ocorrera antes. Normalmente, esse hino evoca um senso de que eu estou falando com Deus, implorando-Lhe que venha habitar comigo. Mas já que Deus está presente em todo lugar, o tempo todo, compreendi que eu podia interpretar essas palavras de outro modo. Percebi que eu não necessitava implorar a Deus que habitasse comigo, pois Deus está sempre presente, já está aqui mesmo, junto a mim.

Logo a seguir, ocorreu-me este outro pensamento: e se “comigo habita”, em vez de ser eu falando com Deus, seja Deus falando comigo, lembrando-me que eu moro com Ele? A paz me envolveu quando acolhi esse convite para reconhecer que Deus e o homem, Seu filho amado, são inseparáveis.

O hino indica ainda os muitos matizes das bênçãos que se seguem, quando aceitamos esta verdade: “Estrela d’alva as trevas a abolir” — abolindo a angústia, o medo e a dúvida. A luz do Amor divino dissolve todo medo.

Senti-me tão confortada por esse pensamento que, nas semanas seguintes, continuei a habitar nessa paz e na certeza do bem. Era claro para mim que o bem no qual eu habito estava presente, não apenas para mim, mas também para meus entes queridos — e para todas as criaturas de Deus.

Certo dia, ao final da tarde, recebi uma ligação de minha filha. Ela estava preocupada porque um cachorro, pelo qual era responsável, havia disparado a correr de repente, arrancando a correia da mão dela e desaparecendo em meio a uma plantação de soja. Pouco antes, o animal havia sido tirado de um abrigo temporário, para ser levado a uma família adotiva e, portanto, ele estava em um território desconhecido, com pessoas que ele não conhecia. Para tornar a situação aparentemente mais complicada, uma tempestade estava se aproximando, e logo iria anoitecer.

Baseando-nos na inspiração com que eu vinha trabalhando havia algumas semanas, minha filha e eu declaramos o que era real a respeito daquela ocorrência — que o medo não tinha voz, nem para nós nem para o cachorro. Em vez disso, todos nós estávamos habitando em Deus, o Amor divino, que tinha o controle da situação, falando e confortando a todos nós. Nós duas compreendemos que, por ser uma criatura de Deus, aquele animal era por natureza atraído para o Amor e não podia deixar de atender a esse convite para habitar no Amor. Reconhecemos que aquele amado cãozinho não iria querer estar em nenhum outro lugar a não ser o lugar certo, para onde Deus o estava conduzindo. 

Voltando-nos para Deus, começamos a cantar o hino “Apascenta as minhas ovelhas”, escrito por Mary Baker Eddy, o qual inicia assim: “Mostra, Pastor, como andar…” (Hinário da Ciência Cristã, 304). Chegamos só até essas quatro primeiras palavras, quando minha filha parou de repente e suspirou aliviada: “Mãe, estou vendo onde ele está!” Ficamos alegres, e logo o cachorro foi persuadido a entrar no carro, e puderam rumar para casa.

Recentemente, ao ouvir os testemunhos apresentados em uma reunião de testemunhos, na filial da Igreja de Cristo, Cientista, que frequento, ocorreu-me que cada um daqueles relatos mostrava que os testemunhantes haviam optado por habitar com Deus, o Amor, a realidade, em vez de ficarem focados na evidência apresentada pelos sentidos físicos. E, em todos os casos, a escuridão da cena humana fora destruída pela luz da harmonia divina.

Em seu livro A Unidade do Bem, a Sra. Eddy escreve: “A Ciência inverte a evidência dos sentidos na teologia, pelo mesmo princípio com que a inverte na astronomia. A teologia popular apresenta a Deus como um subordinado do homem, como alguém que acode ao chamado humano; enquanto que, na Ciência, o inverso é que é verdadeiro. Os homens têm de se aproximar de Deus reverentemente, fazendo seu próprio trabalho em obediência à lei divina, se quiserem cumprir a harmonia do existir conforme o plano divino” (p. 13).

É uma alegria aceitar esse convite para habitar no Amor e reconhecer essa harmonia aqui mesmo, e agora mesmo.

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