Sempre me enche de alegria contar como conheci a Ciência Cristã.
Quando eu estava na oitava série do ciclo fundamental, minha classe recebeu novos alunos, e eu não podia imaginar que dentre eles havia uma pessoa que me apresentaria algo tão valioso como a Ciência Cristã.
Essa menina frequentava a Escola Dominical da Ciência Cristã. Comecei a apreciar sua maneira de se relacionar com os demais, com amor genuíno e alegria. Não demorou muito para nos tornarmos boas amigas. Hoje, entendo que ela estava expressando qualidades espirituais que transbordavam de amor a Deus e ao próximo.
Frequentemente estudávamos juntas em sua casa para as provas da escola, e comecei também a apreciar a família dela. Chamava-me a atenção o acolhimento amoroso, puro e incondicional que me era proporcionado. Certo dia, tive a oportunidade de folhear alguns livros que estavam sobre uma mesa, a Bíblia e Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy, e também o Livrete Trimestral da Ciência Cristã, do qual constam as Lições Bíblicas semanais.
Em poucos minutos, li algumas frases que me fizeram desejar possuir Ciência e Saúde. Eu não sabia onde adquiri-lo nem como descrevê-lo, para que minha mãe pudesse comprá-lo. Fiquei com esse desejo no coração, sem mencionar nada a ninguém.
Mas a mãe de minha amiga percebeu meu interesse por Ciência e Saúde e comentou com uma praticista da Ciência Cristã, que imediatamente me enviou esse livro de presente, mesmo sem me conhecer. Recordo-me com muito carinho do momento em que recebi o livro, como uma manifestação da graça divina. Não demorou muito para eu aprender que: “O desejo é oração; e nenhuma perda pode ocorrer por confiarmos nossos desejos a Deus, para que sejam moldados e elevados antes de tomarem forma em palavras e ações” (Ciência e Saúde, p. 1).
Eu lia o livro por muitas horas, mesmo quando parecia que não entendia muita coisa. Então, fui convidada para ir à Escola Dominical em uma igreja filial da Ciência Cristã. A família de minha amiga me ofereceu carona por alguns anos, até eu conseguir a licença para dirigir. Na Escola Dominical, tomei conhecimento dO Arauto da Ciência Cristã, e desde essa época sempre priorizei a leitura e a assinatura dessa revista.
Também passei a frequentar as reuniões de testemunhos das quartas-feiras nessa igreja, a assistir às Conferências da Ciência Cristã, a adquirir a literatura da Ciência Cristã na Sala de Leitura daquela filial e a participar dos encontros de jovens organizados no Brasil, naquela época. Conheci os praticistas da região em que eu morava, e aprendi a não ter vergonha de falar com eles sobre minhas dúvidas a respeito da Ciência Cristã, nem sobre as preocupações que jovens estudantes, como eu, enfrentavam no dia a dia. Esses praticistas me apoiaram com muito amor e paciência. Cada vez mais eu confiava nos ensinamentos da Ciência Cristã para encontrar cura e solução para os problemas que enfrentava. Algumas curas foram instantâneas, outras exigiram mais perseverança.
Uma ocasião, durante um surto de dengue, na década de 1990, no Rio de Janeiro, eu estava apresentando os sintomas dessa doença, na época sendo veiculados na mídia, entre eles, febre alta. Decidi ligar para uma praticista da Ciência Cristã para lhe pedir que orasse por mim. Ela me lembrou do efeito do medo no pensamento e no corpo. Como Mary Baker Eddy explica em Ciência e Saúde: “Sempre começa teu tratamento acalmando o medo dos pacientes. Assegura-lhes, silenciosamente, que não estão sujeitos a doenças e perigos. … Se consegues eliminar inteiramente o medo, teu paciente é curado” (p. 411). E foi isso o que ocorreu comigo. Após o contato com a praticista, eu me senti totalmente livre do medo e imediatamente me levantei para comer. Os sintomas desapareceram completamente. Minha cura foi instantânea.
Em outra ocasião, em viagem de férias com amigos, pela região sul do Brasil, acordei em estado febril e com dor de garganta. Naquele dia, eu precisaria enfrentar a viagem de volta de carro, com duração de aproximadamente 15 horas. Pedi a um amigo Cientista Cristão para orar por mim. Viajei com o livro Ciência e Saúde no meu colo, para ler citações de modo oportuno, conforme eu orava. Passei toda a viagem sendo inspirada pelas ideias do livro.
Com essas ideias, fui reconhecendo que a única realidade é a de Deus, o Espírito, onde a doença é inexistente. À medida que confiava nessas e em outras verdades espirituais, reconhecia também que estava totalmente imersa no Amor divino, e que esse Amor estava protegendo a mim e a todos. Conforme meu pensamento se elevava, fui melhorando pouco a pouco, durante a viagem.
Ocorreu que minhas orações também haviam me preparado mentalmente para lidar com uma situação inesperada. Uma pequena pedra estilhaçou o para-brisa do carro. Paramos na estrada para remover todo o vidro, mas, por intuição espiritual, levamos conosco a borracha que veda o vidro. Mais tarde constatamos que essa providência tinha sido fundamental, pois quando encontramos um posto de gasolina com uma pequena oficina, o mecânico tinha o vidro para repor o para-brisa, mas não a borracha de vedação. O mecânico também mencionou que, normalmente, a oficina não estaria aberta àquela hora, em um sábado à tarde, mas naquele dia ele sentiu que não devia fechar no horário normal. Para ele, isso tinha sido uma coincidência incrível, mas eu sabia que era uma evidência da onipresença de Deus, colocando todos no lugar certo, na hora certa.
O carro foi consertado e conseguimos finalizar a viagem em segurança. Ao final da viagem, eu estava totalmente livre do mal-estar que estivera sentindo.
Essa experiência me ajuda ainda hoje, quando enfrento dificuldades, pois comprovou para mim que o poder de Deus está sempre nos protegendo, quando enfrentamos qualquer situação adversa, e que, pela oração, conseguimos lidar melhor com circunstâncias imprevistas.
A riqueza de literatura e recursos que a Ciência Cristã oferece é um excelente apoio para meu estudo dessa Ciência e para meu crescimento espiritual. A cada dia minha perspectiva quanto às pessoas, às coisas e ao mundo se torna mais espiritual. Percebo que passei a expressar mais calma, mais paciência, mais respeito para com o próximo, e que, assim, minha relação com os outros melhorou. Meu marido abraçou a Ciência Cristã, e fico muito feliz por nosso filho também ter tido a oportunidade de frequentar a Escola Dominical da Ciência Cristã.
Reconheço, com muita gratidão, o papel importante que os membros da Igreja exercem, expressando no dia a dia as qualidades puras do Cristo, para com as pessoas ao redor. Eles servem à comunidade e à Igreja com abnegação, com o propósito de promover o bem para a humanidade e de propagar a mensagem de amor cristão que Cristo Jesus nos deixou.
