Quem ela pensava que era, para afirmar isto? Essa foi minha reação indignada, ao ler esta declaração feita por Mary Baker Eddy em seu livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “A hereditariedade é um tema fértil ao qual a crença mortal pode atrelar suas teorias…” (p. 228).
Tudo o que eu havia aprendido em meu trabalho na área da medicina e da ciência confirmava a ideia de que a hereditariedade não era uma teoria, mas, sim, um fato! Todos os formulários médicos solicitam informações acerca do histórico familiar do paciente com respeito a determinadas doenças. E, de modo geral, acredita-se que, se algum membro da família tem ou teve uma certa doença, outros indivíduos da mesma família também terão o mesmo problema.
Depois que me acalmei um pouco, dei-me conta de que a Sra. Eddy podia, sim, fazer aquela afirmação, porque ela havia comprovado sua veracidade na prática da cura por meio da Ciência Cristã. Sua experiência havia demonstrado que a hereditariedade é uma teoria. Eu vinha lendo regularmente os escritos de Mary Baker Eddy, para compreender melhor que eu era a filha espiritual de Deus. A Ciência Cristã tivera um profundo efeito sobre mim — eu havia sido curada de um problema de saúde que poderia ter sido fatal (ver “Diagnosed cancer healed [Curada em face de diagnóstico de câncer]”, Christian Science Sentinel, 8 de janeiro de 2001) — e estava começando a acreditar que a Sra. Eddy sabia do que estava falando.
Diversos meses se passaram. Apareceu-me uma incômoda erupção na pele, que coçava muito. Esse problema já se prolongava havia alguns dias, e não estava desaparecendo por si só. Lembrei-me de que minha mãe tivera diversas vezes o mesmo problema de pele. Eu estava quase aceitando a ideia de que essa era a causa de minha erupção cutânea, quando me veio à lembrança a declaração da Sra. Eddy que citei acima, sobre hereditariedade. Isso me fez parar e pensar. Se é verdade que a hereditariedade é simplesmente um “tema fértil ao qual a crença mortal pode atrelar suas teorias”, então eu não tinha de padecer de algo que minha mãe tivera!
A hereditariedade não poderia ser a causa de meu problema, se ela é apenas uma teoria ou suposição material, que relaciona a doença à linhagem material. Comecei a ponderar sobre o assunto com base no que eu estava aprendendo no primeiro capítulo do Gênesis, na Bíblia: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou… Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (versículos 27, 28 e 31).
Eu também vinha estudando “a declaração científica sobre o existir”, que está no livro Ciência e Saúde. Parte dessa declaração diz: “Tudo é a Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo… O Espírito é Deus, e o homem é Sua imagem e semelhança. Por isso o homem não é material; ele é espiritual” (p. 468).
Pude perceber que, na verdade, eu era a imagem e semelhança espiritual de Deus, do Espírito — não a descendente material de uma mãe material, mas, sim, a semelhança do Espírito. O Espírito é incorpóreo e completamente bom; logo, não há nada no Espírito com que criar a matéria, um corpo material, ou qualquer tipo de doença. É claro que, humanamente falando, eu era filha de minha mãe, mas, em um nível mais elevado, ou seja, no nível espiritual, eu era a imagem e semelhança de Deus. E eu poderia reivindicar essa herança espiritual, essa única e verdadeira herança, por esse ser um fato presente.
Algumas horas depois, notei que a erupção havia desaparecido completamente. E nunca mais tive esse tipo de problema.
Aquilo em que acreditamos, e que pensamos, afeta nossa saúde e nosso bem-estar. E compreender que nosso existir é verdadeiramente composto de qualidades espirituais que se originam em Deus, pode fazer toda a diferença na percepção de que não é natural, nem é nossa verdadeira herança, sermos susceptíveis a doenças materiais.
Um teste de DNA ou um exame de ancestralidade nunca poderá revelar a verdadeira história de alguém. Na verdade, cada um de nós é um filho precioso de Deus, criado à imagem e semelhança de nosso divino Pai-Mãe. Somos espirituais e perfeitos, e podemos comprovar isso, se nos dispusermos a considerar os fatos espirituais, em vez de aceitar teorias como a da hereditariedade.
