Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer
Original para a Internet

“A canção da Ciência Cristã”

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 5 de julho de 2021


Você imagina o que pode ser mais alegre do que uma canção? Mary Baker Eddy, a amada Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, escreve em sua Message to The Mother Church for 1900 [Mensagem À Igreja Mãe para 1900]: “A canção da Ciência Cristã é ‘Trabalhar — trabalhar — trabalhar — vigiar e orar’ ” (p. 2). Ela não diz: “Labutar — labutar — labutar — preocupar-se e inquietar-se”, mas sim “Trabalhar”. Ela também nos diz que esse trabalho é uma canção, não uma experiência frustrante e exaustiva, que nos deixa até sem fôlego, mas sim, que é o reconhecimento de que Deus é toda a presença, todo o poder e toda a ciência, canção essa tão alegre, forte e pura que coincide com a revelação e resulta em demonstração.

À medida que refletimos sobre as oportunidades e tarefas que Deus nos designa como Cientistas Cristãos, devemos nos perguntar o que realmente significa ser Cientista Cristão. Na verdade, não existe outra vocação mais grandiosa do que essa. Não basta ser um homem de negócios, uma esposa, uma mãe, um músico, ou um advogado, que é Cientista Cristão. O que o Princípio exige é ser Cientista Cristão em primeiro lugar e acima de tudo, um Cientista Cristão que é homem de negócios, esposa, mãe, e assim por diante. Isso faz muita diferença! A Ciência Cristã não pode ocupar um lugar secundário em nossa vida. Ser Cientista Cristão vinte e quatro horas por dia é uma carreira em tempo integral e trará reconhecimento e bom êxito em cada setor da nossa vida. Mas não há atalhos. Tudo o que fazemos deve ser para glorificar a Deus, não para gratificar o ego.

Ser Cientista Cristão traz consigo uma maravilhosa capacidade de previsão, de rápido discernimento. Exige que reconheçamos o motivo verdadeiro e descartemos o errado. O verdadeiro Cientista Cristão faz de cada situação uma ocasião para demonstrar a Ciência Cristã, para provar que o bem é tudo e o mal é o nada.

Hoje em dia, parece haver no mundo uma resistência maior à espiritualidade do que jamais houve no passado. O erro está odiando mais, pois sente a presença da Verdade. Mas o Cientista Cristão não tem medo. Ele demonstra o conhecimento que tem de si mesmo, conhecimento de sua verdadeira identidade à imagem de Deus, e sabe o que precisa ser corrigido e expurgado do senso humano a respeito de si mesmo. Aliás, ele aceita cada desafio como uma oportunidade de glorificar a Deus, ao derrotar o pecado, a doença e a morte, tanto para si mesmo como para o mundo.

A necessidade deste momento é que nos dediquemos a uma compreensão mais profunda da Ciência Cristã. Nós mal começamos a abordar a vastidão da Verdade contida em nossos livros-textos: a Bíblia e Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, e em seus outros escritos. A menor divergência em relação ao Princípio é um afastamento da Ciência. Por conseguinte, devemos ir à fonte pura por meio desses livros-textos e, com humildade, gratidão e amor, orar por meio deles, estudá-los cuidadosamente e assimilá-los.

As ideias espirituais se desdobram constantemente. A compreensão espiritual nunca é estereotipada. Não podemos nos agarrar a pontos de vista preconcebidos e limitados a respeito da Ciência, mas devemos deixar que a Verdade se revele em grandeza e poder crescentes, em nossa consciência. Entretanto, temos de lembrar que a compreensão correta não é alcançada a partir de artigos ou publicações espúrias, qualquer que seja a sua origem, que aleguem possuir uma revelação mais elevada do que a encontrada nos escritos de nossa Líder, publicados em suas últimas edições. A revelação divina, contida em seus escritos, é completa e final. O Mestre advertiu que o caminho é reto e estreito. Realmente, “a canção da Ciência Cristã é ‘Trabalhar — trabalhar — trabalhar — vigiar e orar’ ”. Mas, por trás dessa canção, e junto com ela, estão as harmonias gloriosas, a profundidade e os sons harmônicos do existir espiritual.

O apóstolo Pedro descreveu a vocação do Cientista Cristão, quando disse: “Vós, … sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz…” (1 Pedro 2:9).

A Sra. Eddy, em sua sabedoria, aponta tanto a prática errônea quanto a prática correta da Ciência Cristã. Tivesse ela deixado sua grandiosa descoberta apenas em termos da Verdade absoluta, sem pôr a descoberto o erro que engana o gênero humano, e sem nos mostrar como vencê-lo, seu trabalho teria sido incompleto, e o movimento que ela fundou não poderia ter subsistido. Ela nos permite reconhecer as sugestões agressivas do mal e nos defender contra elas, as quais atuam de forma tão sutil que muitas vezes aparecem como se fossem o nosso próprio pensamento.

A fim de detectar e enfrentar a prática mental errônea, é necessário compreendermos a prática correta, que está fundamentada na compreensão e utilização da lei divina, por meio da qual são demonstrados a presença, o poder e o fato de que Deus, a Mente única, é tudo. Na prática correta não existem dois poderes, a matéria e a Mente, mas somente um único poder, a Mente.

A Sra. Eddy diz em Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 18831896: “Nunca será demais que os Cientistas Cristãos vigiem diligentemente, tranquem muito bem suas portas e orem a Deus fervorosamente para se livrarem das alegações do mal. Ao agir dessa forma, os Cientistas silenciam as sugestões malignas, desmascaram tais métodos, e fazem cessar essa influência oculta sobre a vida dos mortais” (p. 114). Ao trabalhar, vigiar e orar com humildade e amor, nós temos de erradicar o falso e manter firmemente o que é bom. Não é suficiente fazer isso ocasionalmente. Temos de fazê-lo diariamente. O Salmista diz: “…o Senhor, durante o dia, me concede a sua misericórdia, e à noite [no escuro, nas horas sombrias] comigo está o seu cântico” (Salmos 42:8).

Jesus enfrentou e dominou as mesmas forças enganadoras do mal que tentam a nós, e deixou o seu exemplo para nos orientar. Mateus conta que mal tinha ele saído do batismo, aquela experiência maravilhosa que confirmou sua filiação divina, quando a mente mortal o conduziu ao deserto. Quarenta dias e quarenta noites ele jejuou — rejeitou o testemunho do senso material. Três vezes o diabo o tentou. A primeira sugestão foi: se és o Filho de Deus, usa o teu poder espiritual para gratificar os sentidos materiais. Mas Jesus repreendeu essa sugestão.

A segunda sugestão foi: se és Filho de Deus, mostra o teu poder espiritual de maneira materialmente espetacular. Mas Jesus também refutou essa sugestão. A terceira sugestão agressiva foi: tu tens todo esse poder; usa-o para o teu próprio engrandecimento. Dessa vez Jesus já não mais discutiu com o erro; rejeitou-o sumariamente com a ordem: “…Retira-te, Satanás…” (Mateus 4:10). Em seguida, “vieram anjos e o serviram”. Nem uma única vez foi ele enganado a aceitar qualquer uma daquelas sugestões como sendo o seu próprio pensamento. Essa é a razão pela qual não cedeu à tentação.

Lucas narra que, certa vez, ao ensinar na sinagoga, Jesus referiu-se ao seu ministério como o do Messias prometido. Então os ouvintes se irritaram e o empurraram para fora da cidade, com a intenção de o levarem até um alto lugar para de lá o jogarem colina abaixo. Mas com sua habitual vigilância e oração, Jesus se identificou de tal forma com a espiritualidade, que a turba até deixou de vê-lo, e ele, passando pelo meio, seguiu o seu próprio caminho.

Em outra ocasião, alguns homens estavam para vir com a intenção de o proclamarem rei à força. Mas Jesus não se deixou enganar pela popularidade. Retirou-se sozinho para o monte. É isso que nós também temos de fazer. Muitas vezes, após alguma cura excepcional ou algum ataque violento da mente mortal, ele ia para um monte afastado a fim de orar. Isso era para sua proteção, como também para a proteção de seu trabalho. Jesus sempre protegia o seu trabalho.

Na chocante experiência da decapitação de João Batista, Mateus nos relata que, quando Jesus soube do ocorrido, retirou-se para um lugar deserto. Mas as multidões o seguiram, e logo ele passou a curar os enfermos, também alimentou os cinco mil homens, além de mulheres e crianças. Em seguida, despediu as multidões e os seus discípulos, e de novo foi para o monte a fim de orar. Esses exemplos, além de muitos outros, ilustram a maneira como Jesus lidava com o mal, o magnetismo animal, ao invés de se deixar influenciar por ele. Ele sempre trabalhava, vigiava e orava. A oração era sua proteção.

A nossa amada Líder fazia o mesmo. Por meio de suas biografias, ficamos sabendo dos inúmeros ataques do mal e das muitas adversidades pelas quais passou, para estabelecer a Causa da Ciência Cristã e nos legar a revelação. Referindo-se a uma das mais graves provações, ela destaca a bênção que essa provação continha. Que todos tenhamos a graça de ver em cada ataque do magnetismo animal apenas uma bênção!

Para que possamos reivindicar a bênção, nosso pensamento tem de ser tão espiritual e puro quanto o dela. A menos que nosso próprio pensamento afie a ponta da flecha mental, esta será inofensiva. Por isso, a maneira de lidarmos com o magnetismo animal é começar derrotando-o em nós mesmos. Precisamos começar com uma humildade e uma lucidez espiritual pelas quais não só desejamos discernir e expulsar o erro do nosso próprio pensamento, mas realmente cumprimos essa tarefa. Enquanto a matéria, o mal e o medo forem reais para nós, enquanto a ambição humana, a vantagem pessoal, a dominação pessoal, o ódio, a sensualidade, a rivalidade, e o amor ao ego forem reais para nós, estaremos obedecendo ao magnetismo animal, em vez de derrotá-lo.

Foi a espiritualidade pura do pensamento do Mestre que o protegeu e o fez triunfar. Foi o amor espiritual e desprendido de sua fiel seguidora, nossa amada Líder, que lhe permitiu aguentar firme e triunfar. No caso de ambos, sua oração incessante foi: “…não se faça a minha vontade, e sim a tua” (Lucas 22:42).

Os Cientistas Cristãos são as únicas pessoas no mundo que sabem como lidar com o mal, ou seja, como reduzi-lo a nada. E o esforço constante do magnetismo animal é fazer com que eles se esqueçam disso, que fiquem dormindo, e tentem lidar com o erro por meio das armas do mundo. Não podemos vencer o mal, seja em nossos assuntos pessoais, seja nos problemas mundiais, ou nas nossas igrejas filiais, recorrendo a paus e pedras. O Cientista Cristão vence o mal por meio da oração.

O erro nem sempre é dominado pela primeira negação. Temos de orar diariamente por nós mesmos. Como? Em primeiro lugar, temos de reservar um tempo para o estudo tranquilo, em espírito de oração. Se realmente desejarmos nos dedicar a esse estudo, arranjaremos o tempo necessário, e então constataremos que nossa maneira de viver ficará tão harmoniosa que haverá tempo suficiente para tudo.

Ao trabalhar para nós mesmos, precisamos ponderar, de forma profunda e sincera, o que Deus é. Temos de aprender a conhecê-Lo, a amá-Lo e a reconhecer a nossa união com Ele. Temos de reivindicar a natureza espiritual do nosso existir. Então, detectaremos e poremos a descoberto toda e qualquer sugestão mental agressiva que tente argumentar conosco, seja desemprego, desânimo, carência, solidão, autocondenação ou condenação de outras pessoas, seja a sugestão de sensualidade, luxúria, doença, ou medo da morte — qualquer uma das inumeráveis mentiras da vida na matéria. Temos de crescer em espiritualidade até o ponto de o pensamento se voltar com naturalidade para Deus e permanecer nEle — seja quando acordamos durante a noite, ou quando nos dedicamos aos nossos afazeres durante o dia.

Nosso trabalho metafísico diário não pode nunca se tornar uma fórmula. As ideias espirituais que se desdobram são vivas e sempre novas. Vimos como Jesus se afastava continuamente para orar; a Sra. Eddy fazia o mesmo; e o trabalho de cura que realizavam era instantâneo. Nós também temos de fazer o mesmo. A espiritualidade não é algo secundário. Exige algum sacrifício. Nossa atual fraqueza na demonstração da Ciência Cristã mostra o imenso crescimento espiritual que tem de ocorrer em nosso pensamento.

Um ponto ao qual a Sra. Eddy dá grande ênfase encontra-se na página 146 de The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Outros Textos]. Ela diz: “Os Cientistas Cristãos consideram vital a questão de que as crenças dos mortais fazem inclinar os pratos da balança do existir, moral e fisicamente, tanto para a direção certa quanto para a errada. Portanto, o Cientista Cristão nunca toma, mental ou audivelmente, o lado do pecado, da doença, ou da morte”. Ela continua: “Ele coloca todo o peso do pensamento, da palavra e da escrita na balança divina do existir — no lado da saúde e da santidade”. A mente mortal é propensa a pensar e a falar partindo do lado errado da questão, mas mexericos e falação sobre o erro não fazem parte da Ciência Cristã. O Cientista Cristão coloca todo o seu peso no lado de Deus, o Espírito, e mantém “a canção da Ciência Cristã” sempre em seu viver. 

O único sanador é o Amor divino. Oremos para que esse Amor habite em nosso coração. O nosso trabalho na demonstração da Ciência Cristã deve ser exercido com grande amor. Precisamos de amor em nossas igrejas; amor em nossa prática; amor em nós mesmos. Nada diferente disso cura; nada diferente disso alimentará a fome espiritual, atrairá o estranho às nossas igrejas, e resolverá os problemas do mundo.

É certo o que Paulo escreveu: “…as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo…” (2 Coríntios 10:4, 5).

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

More web articles

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.