Eu pretendia fazer legumes assados e, para isso, o forno precisaria estar em temperatura bem alta. Segundo a receita, o segredo para conseguir um bonito tostado era colocar a forma vazia no forno, para um pré-aquecimento, tirá-la quando estivesse bem quente, colocar então os legumes e levá-la novamente ao forno. Eu estava um pouco distraída enquanto tirava a assadeira do forno para nela colocar os legumes. Acabei me esquecendo momentaneamente de que ela estava quente, e a segurei sem luvas e sem qualquer proteção na mão. A dor que senti me fez soltar a forma rapidamente.
Apesar da dor intensa, a primeira coisa que fiz foi começar a orar — a prestar atenção e a ouvir o que Deus estava me dizendo. Em vez de me manter focada na mão e na dor, voltei meu pensamento para o que eu sabia ser verdadeiro a respeito de Deus e de mim mesma.
Eu havia aprendido, em meu estudo da Ciência Cristã, que sou a filha amada de Deus, e que sou sempre cuidada e protegida por meu Pai — muito embora, naquele momento, a dor me fizesse sentir o oposto. Mesmo assim, agradeci a Deus por estar ao meu lado em todos os momentos da vida. Inúmeras vezes, ao voltar-me para Deus, eu havia sentido Sua presença, apesar de que, em muitas outras ocasiões, eu ficara tão assustada ou distraída, que havia me esquecido de que Ele estava exatamente ali, comigo. Naquele momento difícil, porém, eu não me esqueci.
Também raciocinei que no universo do Espírito infinito, Deus, no qual vivemos e estamos constantemente sujeitos a Seu governo amoroso, não pode haver acidentes. Por isso, na realidade, eu não podia cometer erros tolos, e nada tinha o poder de me machucar. Eu sabia que esse raciocínio era verdadeiro, com base no estudo da Bíblia e do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy. Um trecho da Bíblia que me ajudou a compreender isso diz: “…aos seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos. Eles te sustentarão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra” (Salmos 91:11, 12).
Outro motivo para eu me sentir grata era o fato de que, na semana anterior, a Lição Bíblica do Livrete Trimestral da Ciência Cristã incluíra a história de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego — três jovens que haviam sido lançados, por ordem do rei, em uma fornalha ardente (ver Daniel 3). Devido à sua fé na proteção de Deus, eles não apenas haviam sobrevivido à pena de morrerem queimados, como nem sequer estavam cheirando à fumaça, após saírem da fornalha! Esse relato me deu a confiança de que eu não tinha de sofrer efeitos prolongados nem esperar um determinado período para me curar daquele problema.
Mantive meu foco nessas ideias fortalecedoras, sem me deixar impressionar pela dor ou pela enorme bolha que se formara. A dor logo passou, e não mais voltou. Na manhã seguinte, a bolha havia diminuído bastante e já não me incomodava, e cicatrizou perfeitamente.
Sou muito grata por ter essas verdades sanadoras para me apoiar em minhas orações. E sou grata também por termos essa maravilhosa Ciência de cura, na qual podemos confiar a qualquer momento.
Lynda Lanker
Eugene, Oregon, EUA
