Há vários anos, certa noite minha querida gatinha ficou muito doente e apática. Parecia que ela estava morrendo, e percebi que ela precisava que eu, para ajudá-la, cuidasse dela demonstrando força espiritual. Essa gatinha parecia sempre gostar de me ouvir cantar para ela. Digo isso porque, quando me escutava, ela vinha correndo e começava a ronronar. Então, durante toda aquela noite, fiquei ao lado dela, cantando hinos do Hinário da Ciência Cristã, e reconhecendo as profundas verdades espirituais declaradas naqueles hinos.
O Hino 350 era especialmente apropriado. Ele nos assegura que, com o amor de Deus, vai tudo bem — para sempre. A razão dessa confiança é que todos nós vivemos em Deus e estamos cingidos pelo Seu constante e abundante amor, inclusive os animais. Foi reconfortante reconhecer que a Vida divina imutável é a única realidade estabelecida para mim e para minha gatinha querida.
A estrofe final do hino começa com uma mensagem de confiança: “O porvir é mui radioso, / Vai tudo bem” (Mary Peters, trad. e adapt. © CSBD). Enquanto cantava esse trecho, compreendi que essa era exatamente a mensagem de que eu precisava para confiar plenamente na Vida infinita, Deus. Aos poucos, meu pensamento se transformou, ficando preenchido tão somente pela inabalável expectativa da manifestação de todo o bem. Eu tinha a certeza de que a cura seria completa, e que o estado de perfeição que o hino promete estava presente naquele momento, está presente agora mesmo e sempre, para toda a criação de Deus. Reconheci que a fonte da cura de minha gatinha sempre tinha sido Deus, e que, sob o cuidado de Deus, tudo vai realmente bem.
Logo ela olhou para mim e começou a ronronar, parecendo mais contente e relaxada. Na manhã seguinte, aos poucos, ela foi retomando suas atividades normais. Depois de uma semana ela estava completamente curada. Além disso, seu comportamento, de maneira geral, mudou muito. Ela se tornou muito mais meiga e carinhosa.
A partir dessa experiência, passei a me identificar muito com o relato bíblico da mulher sunamita, o qual lemos no Segundo Livro dos Reis. Quando seu jovem filho morre inesperadamente, ela vai para onde se encontra Eliseu, que ela sabe que é um profeta de Deus. Quando Eliseu pergunta à sunamita como está a família dela, a resposta simples, mas poderosa e confiante, da mulher é: “…[Vai] Tudo bem” (4:26). Gosto de pensar na fé que ela deve ter tido no cuidado constante de Deus para com todos os Seus filhos, cuidado esse que ficou evidente em todas as interações da mulher com o profeta. Eliseu, então, acompanha a sunamita à casa dela e cura o filho, trazendo-o de volta à vida e glorificando a Deus. Durante a simples experiência de cura de minha gata, compreendi que é importante nos agarrarmos à verdade espiritual imutável, como fizeram muitas pessoas na Bíblia.
Lindsey Pagett
Boston, Massachusetts, EUA