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Original para a Internet

Exija muito do Amor

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 16 de setembro de 2024


“As experiências difíceis comprovam que Deus cuida de nós” escreve Mary Baker Eddy em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras (p. 66). Essa é uma declaração que pode resultar em muitos questionamentos, especialmente para alguém consumido pelo pesar. Mas eu comprovei, em minha própria experiência de vida, a verdade dessa declaração, depois que minha mãe faleceu repentinamente, alguns anos atrás.

Eu estava com vinte e poucos anos e, havia pouco tempo, tinha me mudado para longe, cerca de mil e seiscentos quilômetros da casa onde antes morava com minha família, a fim de dar início à minha carreira profissional. Eu estava longe de amigos e de familiares. Expressões de amor e de apoio dos colegas de trabalho me ajudaram muito. Uma carta, em particular, se destacou e até me surpreendeu. Era de um amigo Cientista Cristão, e em um trecho da mensagem ele dizia: “Não ceda à tentação de pensar que um compartimento de sua vida foi esvaziado”.

É claro que era exatamente assim que eu me sentia: era como se uma grande parte do bem tivesse saído de minha vida. Como esse amigo poderia dizer que não era assim? Mas, sua declaração acabou sendo um dos inúmeros indicadores que me levaram para fora do vale do pesar e me conduziram rumo a uma compreensão e a uma experiência bem mais elevada a respeito da natureza indestrutível do bem.

No início, eu procurava desesperadamente um consolo e, às vezes, deixava-me dominar pela tristeza. Parecia que sofrera uma ferida emocional. Entretanto, esse estado mental me levava a buscar os pensamentos provenientes de Deus. A afirmação de meu amigo continha a promessa de que eu podia sentir que ainda possuía todo o bem que parecia ter me abandonado. Mas como?

Um praticista da Ciência Cristã sugeriu que eu lesse esta passagem do livro da Sra. Eddy, intitulado Escritos Diversos 1883–1896 (p. 250): “O Amor não é algo posto em uma prateleira para, em raras ocasiões, ser dali retirado com finas pinças e colocado sobre uma pétala de rosa. Exijo muito do amor, exijo sólidas evidências que o comprovem, e espero nobres sacrifícios e grandiosas realizações como resultado. Sem tais provas, repudio essa palavra como impostura e falsificação, desprovida do vibrante tinido de metal genuíno”. Decidi que também exigiria muito do amor — do Amor divino, que é um sinônimo de Deus, segundo a própria Bíblia (ver 1 João 4:16). A lógica espiritual era clara: se Deus é a fonte de todo o bem, é eterno e está sempre presente, então o bem está em toda parte, em todos os momentos, e é indestrutível.

“Está bem, Deus”, eu orei, “ajuda-me a compreender e a sentir a continuidade de Tua bondade. Ajuda-me a ver e a sentir a ternura, a sabedoria, o cuidado, a compaixão, a inteligência, a criatividade e o senso de humor que, para mim, tanto caracterizavam minha mãe. Se essas qualidades são verdadeiramente provenientes de Deus, em vez de ser características pessoais e passageiras, eu devo conseguir percebê-las aqui e agora. Mostra-me.”

A Sra. Eddy exigia “sólidas evidências” do Amor. Resolvi manter meu coração e meu pensamento abertos — decidi estar alerta para as qualidades maternais que parecia terem sido tiradas de mim. Eu exigi vê-las. E eu as vi.

No início, lentamente, fui percebendo que essas qualidades estavam sendo expressas ao meu redor e em relação a mim, fosse na forma de um estranho dando-me informações, um gato afetuoso pulando em meu colo, um amigo próximo carinhosamente me confortando. A conscientização e a gratidão por minhas bênçãos foram aumentando, assim como a percepção de todas as qualidades espirituais que minha mãe exemplificara. Minha perspectiva se elevava à medida que eu começava a ter a expectativa de tais evidências do bem e a acolhê-las. E quando me deparava com essas evidências, eu conscientemente comemorava, e sentia gratidão. Eu as apreciava, enaltecia, e me regozijava com elas.

Minha percepção a respeito de Deus se modificava à medida que minhas expectativas aumentavam. Já não sentia a tentação de pensar que o Amor divino era bem-intencionado, mas que não estava à altura da tarefa. O Amor estava exatamente onde eu estava; eu podia me apoiar no Amor. O Amor era forte, prático, sábio e terno. Eu havia pedido ajuda a meu Pai-Mãe Deus, e Deus, como Mãe, estava me ajudando.  

Fiquei mais confiante no fato de que o bem divino precisa ser manifestado sem interrupção ou variação em minha vida. Não apenas meus pensamentos se tornaram mais elevados, mas também percebi que eu expressava cada vez mais as qualidades que eu mais apreciava em minha mãe. Que homenagem poderia ser mais gratificante e adequada para minha mãe do que essa?

Essa experiência tornou-se uma pedra fundamental em minha compreensão de Deus e me conduziu a mais crescimento espiritual e bênçãos. Tudo isso começou quando, em desespero, eu questionei minha percepção do que eu achava que Deus poderia fazer. Uma experiência realmente muito difícil resultou em uma compreensão mais elevada do amor imutável de Deus por mim, e na restauração e elevação de todo o bem que pensei ter perdido. O amigo que me escreveu aquela carta tinha razão: aquele “compartimento” da minha vida estava, e está totalmente preenchido.

Compreendi que a exigência não se referia a Deus — que é imutável — mas consistia em aumentar minha compreensão e expressão de Deus como Mãe. A exigência era que eu deveria rejeitar fortemente a mentira de que o Pai-Mãe Deus não pode nos ajudar, e ser firme no esforço de acolher e fazer a Sua vontade. Dessa forma, podemos optar por conhecer mais, e sentir ainda mais, o bem contínuo, ilimitado e imperecível de Deus.

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