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Original para a Internet

O tanque Betesda

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 1º de julho de 2024


O Evangelho de João contém a maravilhosa cura de um homem enfermo que, havia muito tempo, estava deitado próximo a um tanque cujas águas, segundo se dizia, ocasionalmente tinham propriedades curativas (ver 5:1–9). Ao redor desse tanque havia cinco pavilhões, ou colunatas, onde também ficavam muitos doentes, cegos, coxos e paralíticos. Eles esperavam que a água fosse agitada para que pudessem entrar no tanque e ser curados. Talvez fosse uma fonte natural intermitente e, por isso, periodicamente, havia um novo fluxo de água, e esse movimento era interpretado como se um anjo estivesse dando um poder curativo à água (ver The One Volume Bible Commentary, comentário bíblico de J. R. Dummelow, p. 783). 

Certa vez, durante uma festa dos judeus em Jerusalém, Jesus foi ao local onde ficava esse tanque, conhecido em hebraico como “Betesda”, que significa “casa de misericórdia”. Entre os inúmeros doentes, estava um homem inválido havia 38 anos. Ao vê-lo e saber de sua condição, Jesus lhe fez esta pergunta: “Queres ser curado?” A resposta do homem mostrou que ele tinha uma fé insegura — uma justificativa para a sua falta de progresso. Ele disse que não tinha ninguém para colocá-lo no tanque quando a água era agitada, que sempre alguém entrava antes dele, e que apenas o primeiro a entrar, depois que as águas eram agitadas, ficava curado.

Sem sequer colocá-lo no tanque, Jesus ordenou ao homem que se levantasse, dizendo: “Levanta-te, toma o teu leito e anda”. O homem ficou curado instantaneamente. Jesus reconheceu a perfeição dada por Deus ao homem, vendo-o como um filho de Deus, exatamente onde o olho humano via apenas um homem doente. Mary Baker Eddy explica em seu livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Jesus reconhecia na Ciência o homem perfeito, que lhe era visível ali mesmo onde os mortais veem o homem mortal e pecador. Nesse homem perfeito o Salvador via a própria semelhança de Deus, e esse modo correto de ver o homem curava os doentes” (pp. 476–477).

Como podemos perceber essa perfeição e obter o discernimento espiritual que Cristo Jesus tinha? Ao refletir sobre essa questão, acho importante observar que esse tanque tinha cinco pavilhões. Não poderiam esses pavilhões simbolizar os cinco sentidos físicos? Por meio desses sentidos não é possível perceber a perfeição divina. Quando tentamos reconhecer o Cristo, a verdadeira ideia de Deus, por meio dos sentidos físicos, estamos nos colocando em uma posição semelhante à do homem doente. Nós não ouvimos os anjos, ou seja, os pensamentos de Deus.

Ciência e Saúde dá esta definição de anjos: “Pensamentos de Deus que vêm ao homem; intuições espirituais, puras e perfeitas; a inspiração do bem, da pureza e da imortalidade, atuando contra todo o mal, toda a sensualidade e toda a mortalidade” (p. 581). Os pensamentos de Deus nos purificam das crenças materiais e abrem nossos olhos para que vejamos a perfeição divina.

Hoje em dia, nós também podemos ter a percepção espiritual e angelical que Cristo Jesus tinha. Nossa experiência relacionada à igreja nos apoia nesse sentido, e podemos considerar a igreja como algo mais do que apenas uma localidade ou edificação. Nossa compreensão do que significa Igreja na Ciência Cristã vem da definição que consta em Ciência e Saúde: “A estrutura da Verdade e do Amor; tudo o que assenta no Princípio divino e dele procede” (p. 583). É o conhecimento dessa Verdade e desse Amor que nos traz o correto entendimento a respeito de Deus, do qual resulta a cura.

Não precisamos nos sentir desamparados, e ficar esperando por algo milagroso. Como lemos em 2 Coríntios: “…eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação…” (6:2). Só precisamos tomar “…consciência, por um só momento, de que a Vida e a inteligência são puramente espirituais — que não estão na matéria nem são constituídas de matéria — e o corpo já não se queixará de coisa alguma” (Ciência e Saúde, p. 14). Essa conscientização é o que traz libertação.

Então, permaneçamos firmes e sejamos livres. Esse é o nosso direito divino! Livremo-nos das crenças que nos escravizam, tomemos nosso leito e andemos — seguindo o Cristo em nossa jornada.

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