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Original para a Internet

Oração não atendida?

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 1º de julho de 2024


Você já orou de maneira conscienciosa a respeito de algo e sentiu que não obteve resposta? Pode ser um problema qualquer — uma relação desarmoniosa, uma necessidade de moradia, uma situação complicada no trabalho, um problema físico — que parece não resolvido.

Talvez devamos observar como estamos orando. Lemos na Bíblia: “pedis e não recebeis, porque pedis mal…” (Tiago 4:3).

Estamos honestamente ouvindo a resposta de Deus, ou estamos simplesmente procurando a resposta que queremos? Estamos dispostos a aceitar uma resposta mesmo quando não é a que desejamos?

Há uma canção do artista country Garth Brooks, intitulada “Orações não atendidas”. A canção fala de reencontrar uma paixão antiga da adolescência e lembrar que, na época, ele costumava orar todas as noites prometendo que, se Deus a fizesse sua namorada, ele não Lhe pediria mais nada. Nesse reencontro, porém, ele descobre que os dois não têm mais nada em comum. Aliás, enquanto a antiga paixão se afasta, ele olha para sua esposa e agradece a Deus por aquela “oração não atendida”.

Recentemente, tive uma experiência que me fez pensar sobre esse assunto. Eu estava lidando com um problema pelo qual sentia muita dor sempre que tentava me levantar, fosse da cadeira do escritório, fosse da cadeira da cozinha ou do banco da igreja. A dor já persistia havia várias semanas.

Um dia, quando comecei a me levantar da cadeira, lembrei-me das palavras da Bíblia: “Levanta-te, … e anda”. No livro de João, lemos que Jesus curou o homem paralítico no tanque Betesda e lhe disse: “Levanta-te, toma o teu leito e anda” (5:8). E, em Atos, lemos sobre o caso de um homem coxo de nascença que Pedro curou. Pedro lhe disse: “…em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!” (3:6).

Naquele dia, antes de me levantar da posição em que estava, disse a mim mesma: “Levanta-te!” E assim fiz. Então, antes de começar a atravessar a sala, eu disse: “Anda!” E foi o que fiz. Mas a dor persistiu. Percebi que precisava ir humildemente mais a fundo.

Comecei a afirmar em voz alta que Deus é o bem e que Deus é Tudo. Eu então disse: “O homem é criação de Deus e eu sou um daqueles ‘homens’ que Deus criou…”, mas, de repente, parei. Percebi que algo estava errado no que eu dizia. O primeiro capítulo do Gênesis diz que Deus criou o “homem”, não “homens”. Deus disse: “…Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança…”. Esse trecho é seguido pela frase: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (vv. 26, 27).

Acreditar que Deus tenha criado muitos homens e mulheres (muitas imagens) seria perder de vista o fato de que só existe um único Deus e que, portanto, só pode haver uma imagem. Cada um de nós é uma expressão individual e ímpar dessa imagem, e cada um inclui todas as qualidades masculinas e femininas de Deus.

Poderíamos nos perguntar: “Como podemos todos nós ser constituídos exatamente pelas mesmas qualidades e ainda assim sermos únicos?”

Pense em um caleidoscópio. O caleidoscópio contém muitas pecinhas de cores diferentes, de vidro ou metal. À medida que você gira o caleidoscópio, essas peças são repetidamente reorganizadas de uma maneira diferente e individual. A cada volta do caleidoscópio, você vê precisamente as mesmas peças componentes, mas organizadas de uma maneira única. E assim como cada imagem no caleidoscópio é completa — contendo todos os elementos que a compõem — assim também a imagem ímpar de Deus, que cada um de nós é, possui todas as qualidades espirituais de Deus.

Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, diz o seguinte a respeito do homem criado por Deus: “O homem é espiritual e perfeito…” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 475).

E novamente em Ciência e Saúde lemos: “Nem a anatomia nem a teologia jamais descreveram o homem como tendo sido criado pelo Espírito — como o homem de Deus” (p. 148).

Fiquei tão absorta no que estava aprendendo, que só alguns dias mais tarde percebi que estava completamente curada do doloroso problema. Foi então que me lembrei da mensagem daquela música. A letra era sobre um rapaz que orou por um determinado resultado. Ele não o obteve. Por quê? Porque não estava procurando honestamente a resposta de Deus, em vez disso, só queria que seu próprio desejo fosse atendido. Ele não fora humilde o suficiente para estar aberto ao plano de Deus. Mas o que recebeu foi muito melhor, embora ele não tenha reconhecido isso na época.

Em meu caso, eu estivera orando por uma cura física, não ouvindo, nem prestando atenção ao que eu precisava aprender. Mas como Deus não havia respondido às minhas orações (como parecia naquele momento), fui pressionada a me aprofundar na compreensão de Deus e da natureza do homem que Ele criou. Isso trouxe a descoberta de um pouco mais sobre minha verdadeira identidade como imagem de Deus, que manifesta de modo individualizado todas as qualidades de Deus. Cada um de nós tem a oportunidade de aprofundar a compreensão de nossa verdadeira identidade: uma expressão do Deus único, completo e perfeito.

Quando penso na canção de Garth Brooks, compreendo que às vezes os melhores presentes de Deus são de fato o que parecem ser orações não atendidas. Sinto-me verdadeiramente grata pela oração “não atendida” que me levou a uma compreensão mais elevada de Deus e de Sua imagem.

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