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Original para a Internet

“…porque Deus é Tudo-em-tudo”

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 17 de junho de 2024


Por que são tão importantes os nomes que encontramos na Bíblia, usados para se referir a Deus? Porque eles revelam não somente a natureza de Deus, mas também as qualidades que nós expressamos como o reflexo de Deus.

Além dos sete sinônimos de Deus que Mary Baker Eddy identifica em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras — o Princípio, a Mente, a Alma, o Espírito, a Vida, a Verdade e o Amor — existem muitas outras expressões que se referem a Deus. Alguns desses nomes e títulos bíblicos são: Todo-poderoso, Criador, EU SOU O QUE SOU, Pai, grande Rei, Altíssimo. Em Ciência e Saúde encontramos outros: o infinito Um, Pai-Mãe, Ser Supremo e Governante Supremo.

Há uma expressão que a Sra. Eddy usa para se referir a Deus, em seus escritos publicados, que passou a significar muito para mim: o “Tudo-em-tudo”. Deus é Tudo-em-tudo! No entanto, por eu ser praticista da Ciência Cristã, constatei que essa referência a Deus traz dúvidas e até mesmo provoca confusão em algumas pessoas com quem converso.

Algumas me perguntaram se o fato de ser Tudo-em-tudo não significa panteísmo, ou seja, o conceito de que Deus estaria na matéria. A resposta é um enfático “Não!” Contudo, eu também me debati com essa dúvida por algum tempo.

Quando não compreendo algo constante dos ensinamentos da Ciência Cristã, eu oro a respeito, pesquiso muito sobre o tópico na Bíblia e nos escritos de nossa Líder e, eventualmente, troco ideias com amigos. Isso sempre me traz esclarecimentos. Nesse caso, a pesquisa expandiu minha compreensão do que significa Deus ser Tudo-em-tudo. Ela elevou e transformou minha experiência, revelando mais harmonia em todos os aspectos de minha vida.

Um obstáculo para se compreender a expressão “Tudo-em-tudo” poderia ser o fato de que somos tentados a pensar que a matéria seja real e, portanto, tenha participação em “tudo” o que existe. Partindo dessa falsa premissa, somos levados a acreditar erroneamente que Deus esteja no corpo — em um dedo do pé, no dente, no olho ou no cérebro, por exemplo. Ou em uma ferramenta — um computador, um telefone ou um carro. Essa noção se baseia na crença errônea de que Deus esteja dentro do universo físico, ou na matéria, e isso não está de acordo com os ensinamentos da Ciência Cristã.

Como “a declaração científica sobre o existir”, em Ciência e Saúde, esclarece perfeitamente: “Não há vida, verdade, inteligência, nem substância na matéria” (p. 468). A matéria simplesmente não existe. Não tem existência, não tem lugar. A natureza infinita do existir espiritual — o fato de que Deus é tudo e a matéria nada é — elimina o conceito errado de que Deus poderia estar em alguma entidade material.

Essa verdade afasta completamente o conceito de panteísmo. Ao orarmos com essa compreensão elevada do que significa Tudo-em-tudo, percebemos que “tudo” o que Deus manifesta reflete ordem e justiça, sabedoria e perspicácia, completude e beleza, e que também não é limitado, é alegre, forte e ativo, confiável e previsível, harmonioso e suprido de tudo o que necessita.

Certa vez, no inverno, tive uma experiência intensa que lançou uma nova luz sobre o significado de “Tudo-em-tudo”. Eu tinha um corte profundo na mão. Diariamente o lavava com água corrente e depois o cobria. Mas, durante uma tempestade de neve, fiquei sem energia elétrica em casa e, consequentemente, sem água corrente. Fiquei me perguntando como manteria limpo o local do corte. Então, percebi que precisava entender que, a todo momento, eu sou a perfeita corporificação de qualidades espirituais imaculadas, e não sou um corpo mortal que depende de tempo e de higiene para ser curado.

Ao orar para melhor compreender que todo o existir é puramente espiritual, obtive um senso mais elevado do que significa Deus ser Tudo-em-tudo. Senti que a totalidade amorosa de Deus é o único poder em minha vida. Dei-me conta de que todo o poder vem de Deus, e ficou mais claro para mim que eu não vivo na matéria, em um corpo material ou em um mundo material. Algumas horas depois, quando tirei a bandagem da mão, constatei que o corte estava totalmente cicatrizado. Eu estava curada.

Durante a falta de energia elétrica, eu também estava me sentindo bastante isolada. Como meu carro estava na oficina, eu não podia sair para tratar de tarefas básicas, como buscar água ou recarregar meu telefone, que é uma ferramenta necessária para meu trabalho como praticista da Ciência Cristã. Mas, ao orar buscando compreender nossa união com Deus, entendi melhor meu lugar na família de Deus. Então, eu me senti cuidada, envolvida como em um abraço, por ser a filha dEle, por estar incluída na totalidade de Deus.

Ao orar mais a respeito de Deus ser Tudo-em-tudo, podemos considerar o que significa o fato de que o Ser infinito de Deus é “refletido” ou “expresso” em todo o existir espiritual. Também podemos pensar nas qualidades de Deus, que se manifestam em cada um de nós como Sua imagem e semelhança — qualidades espirituais provenientes de Sua natureza abundante, as quais expressamos. Isso mostra que a fonte do suprimento — Deus — é infinita e está sempre disponível.

Após ter orado, durante a falta de energia elétrica, para reconhecer que as qualidades de Deus são refletidas, expressas — e manifestadas — em todos, os vizinhos me ofereceram ajuda prática, que atendeu às minhas necessidades. Eles me deram água, carregaram as baterias de reserva de meu telefone, usaram seu equipamento de remoção de neve para desobstruir a entrada de minha garagem e me deram carona para eu buscar meu carro na oficina. Agradeci com alguns biscoitos que fiz depois que passou o efeito da tempestade. A abundância divina estava envolvendo, como em um abraço, a cada um de nós.

Em Escritos Diversos 1883–1896 a Sra. Eddy resume lindamente o significado de Tudo-em-tudo como um dos nomes usados para se referir a Deus: “O homem tem de amar o próximo como a si mesmo, e o poder da Verdade tem de ser visto e sentido em saúde, felicidade e santidade; então se constatará que a Mente é Tudo-em-tudo, e não existe matéria com a qual contender” (p. 183).

Por isso, “Tudo-em-tudo” assume seu lugar junto a outros poderosos nomes e títulos usados para se referir a Deus, os quais encontramos em nosso estudo da Ciência Cristã. Uma compreensão mais completa a respeito dos sinônimos de Deus nos ajuda a perceber nossa união com Ele. E essa união traz um resplandecente senso de saúde, de comunidade e de suprimento.

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