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Original para a Internet

Protegidos do furacão

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 26 de fevereiro de 2024


Quando o furacão Florence atingiu os Estados Unidos, em 2018, nossa família morava na Carolina do Norte, perto do litoral. A previsão era de que a tempestade, um furacão de categoria 4 em alto mar, diminuiria ligeiramente para a categoria 3, antes de chegar ao continente, apenas a 70 quilômetros de nossa cidade, que estaria assim no olho do furacão. Os furacões de categoria 3 ainda são de grande intensidade, e provocam ventos fortes que causam grandes danos e inundações.

Apesar do furacão estar se aproximando de nossa cidade não recebemos ordem compulsória de deixar a região, e minha esposa e eu oramos para saber se deveríamos ficar em casa com nossos três filhos ou ir mais para o interior. Tínhamos a certeza de que Deus, a Mente divina — a própria inteligência — nos guiaria. 

A resposta às minhas orações veio sob a forma da história de Davi, na Bíblia, e da proteção que ele teve quando ficou frente a frente com Golias, o gigante guerreiro filisteu, um inimigo temível, assim como o furacão era temível para mim. Antes desse confronto, Davi, um jovem pastor que confiava em seu Deus, conseguira salvar suas ovelhas de um urso e de um leão. Essas experiências marcantes o haviam preparado para os desafios que enfrentaria mais tarde e que seriam maiores, como no caso de Golias, a quem ele venceu com a mesma confiança inabalável em Deus, o Amor divino.

No passado, nossa família havia tido muitas provas de proteção, por compreender que Deus é onipotente, o único poder, que está sempre conosco e cuidando de nós. Por isso, à medida que a tempestade se aproximava, nos sentimos confiantes em que poderíamos ficar em casa em segurança. Tomamos medidas práticas para proteger nossa propriedade e nos preparamos para a tempestade. Também liguei para um praticista da Ciência Cristã e lhe pedi que orasse por nós. 

Alguns dias depois, o furacão tinha enfraquecido para a categoria 1, ao atingir a costa, e repentinamente desviou de nossa cidade. Mesmo assim, tivemos de enfrentar efeitos parciais da tempestade. Faltou energia em nossa região e, em um raio de vários quilômetros, não havia lojas abertas. As estradas estavam inundadas e intransitáveis.

Logo que ouvíramos o alerta sobre o furacão, havíamos enchido todas as latas e galões de combustível para abastecer o gerador, que agora funcionava sem parar. Em pouco tempo, o nível do combustível ficou baixo. Antes do furacão, tínhamos consumido a maior parte dos alimentos congelados e refrigerados caso ficássemos sem eletricidade, e não nos restava muita coisa. As prateleiras dos supermercados já estavam vazias antes da tempestade. Novamente oramos. 

Dessa vez, lembrei-me da história do profeta Eliseu e de uma “certa mulher” (ver 2 Reis 4:1–7). A Bíblia diz que uma viúva procurou o profeta em busca de ajuda, pois corria o risco de perder os dois filhos para os credores, que fariam deles escravos. Eliseu disse à mulher que pedisse emprestadas a seus vizinhos muitas vasilhas vazias, e despejasse nelas o azeite que tinha em casa. Sua fé foi recompensada. O azeite encheu todas as vasilhas, e ela o vendeu para pagar os credores, e ainda pôde viver do que sobrou.

Ao refletir sobre essa história, tive uma ideia que, eu sabia, vinha diretamente de Deus. Liguei para os vizinhos que conhecíamos e perguntei se eles tinham gasolina sobrando. Muitos tinham saído da cidade, e quando contei o que precisávamos disseram que podíamos ir a suas casas e pegar o que precisássemos: gasolina e a comida de suas geladeiras e freezers, porque não queriam encontrar comida estragada ao voltar para casa. Foi o que fizemos, e nosso freezer e geladeira, que estavam praticamente vazios, ficaram cheios de repente. Lembramo-nos desta afirmação do livro-texto da Ciência Cristã: “Na relação científica entre Deus e o homem, constatamos que tudo o que abençoa um, abençoa todos, como Jesus mostrou com os pães e os peixes — sendo o Espírito, não a matéria, a fonte do suprimento” (Mary Baker Eddy, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 206). Nossa família se sentiu muito abençoada ao ver a evidência da provisão de Deus para todos. 

Depois que a tempestade passou, ficamos sem energia por mais algum tempo e nosso gerador, assim como os de muitos vizinhos, funcionava 24 horas por dia, 7 dias por semana. Novamente o combustível estava acabando e, mais uma vez, recorremos a Deus em busca de orientação. Lembrei-me novamente da história da viúva e da abundância de azeite que supriu suas necessidades.

Enquanto eu falava por telefone com outra vizinha que tinha saído da cidade, ela contou que eles tinham um estoque de gasolina guardado em lugar seguro em sua segunda casa, a vários quilômetros de distância, e que poderíamos pegar, se conseguíssemos ir até lá. Oramos para saber se fazer a viagem de meia hora seria sensato e seguro, considerando que havia previsão de mais chuva. A resposta que nos veio ao pensamento foi: “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento” (Provérbios 3:5). Nossa família de cinco pessoas entrou em nossa minivan, fomos até a casa desses vizinhos, rapidamente pegamos a gasolina e voltamos para casa no momento em que a chuva recomeçou.

Tivemos gasolina suficiente para abastecer o gerador até a eletricidade voltar à nossa região, nove dias depois. Tivemos comida suficiente, bem como energia do gerador para ligar os aparelhos da cozinha.

Quando a eletricidade voltou e os vizinhos regressaram, conseguimos devolver quase toda a comida que tínhamos retirado de suas casas, dessa forma eles não precisaram comprar em outro lugar. Quando os postos de combustível voltaram a receber gasolina, enchemos os galões que havíamos tomado por empréstimo e os devolvemos cheios aos vizinhos. Também pagamos um valor estimado pela gasolina que havíamos retirado de seus estoques.

Devo acrescentar que não houve danos à nossa propriedade, e que durante todo esse período nossa igreja permaneceu aberta para os cultos de domingo e reuniões de testemunhos às quartas-feiras.

Nossa família é muito grata pela orientação e proteção que recebemos de Deus durante os anos em que as tempestades da vida pareceram avassaladoras.

Russell Whittaker
Wells, Maine, EUA

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