Moro em El Bolsón, na província de Rio Negro, na Argentina. Um dia, quando eu estava na estrada, viajando com uma amiga para outra província, um dos pneus de meu carro estourou. Felizmente, consegui manter o controle do veículo. Estacionei na beira da estrada e saí calmamente do carro para trocar o pneu.
Quando viajo, sempre levo comigo um exemplar do Hinário da Ciência Cristã. Comecei então a cantar o Hino 192, que começa assim: “Mais perto quero estar, / Meu Deus, de Ti…” (Sarah F. Adams, trad. © CSBD). Esse hino é um dos meus favoritos. Quando acontecem coisas que não consigo controlar ou para as quais não vislumbro uma solução, eu sempre canto esse hino porque ele me faz sentir mais perto de Deus, e me assegura que Ele está segurando minha mão e me guiando constantemente. Essa ideia me sustenta e me proporciona as respostas de que necessito.
Depois de trocar o pneu, entrei no carro. Logo ouvi uma freada bem forte, e um caminhão parou na minha frente. Continuei cantando o hino enquanto o motorista do caminhão se aproximava. Ele gentilmente se ofereceu para me ajudar. Agradeci, e lhe disse que eu já havia resolvido o problema. Mas ele insistiu, e se ofereceu para apertar um pouco mais os parafusos da roda do pneu que havia sido trocado.
Enquanto apertava os parafusos, ele perguntou que hino eu estava cantando. Respondi que era um hino do Hinário da Ciência Cristã, e mostrei a ele o Hinário e o hino. O homem me disse que aquilo era muito valioso. Tive então a ideia de lhe dar o livro. Então, eu disse que se ele quisesse e aceitasse, eu gostaria muito de lhe dar o Hinário. Ele ficou muito feliz com o presente, e me disse que sua filha sabia música, e que ela poderia ajudá-lo com as melodias. Em uma página do livro, ele escreveu meu nome e o número de meu telefone. Em seguida, nos despedimos. Dois anos depois, o telefone tocou, e fiquei surpresa ao perceber que era o motorista do caminhão. Ele me disse que havia mudado sua rota na Argentina, e que passara a viajar para a região norte do país, mas que, mesmo assim, eu estava sempre em seus pensamentos, e ele me agradecia imensamente por lhe haver presenteado o Hinário. Ele comentou que, desde aquele dia, ele sempre levava o Hinário em suas viagens e cantava os hinos, e nunca mais tivera problemas — nem na estrada, nem com o caminhão, nem com sua saúde, com nada. Ele disse que era como se todas as bênçãos de Deus tivessem vindo para ele.
Esses comentários me encheram de alegria. Eu lhe disse que gostaria muito de conversar com ele quando ele quisesse, para lhe falar mais sobre a Ciência Cristã. Ele disse que iria verificar, pois havia uma igreja da Ciência Cristã em Buenos Aires. Enquanto conversávamos, me veio ao pensamento a mensagem: “tudo o que abençoa um, abençoa todos” (ver Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy, p. 206). Essa é uma bela lembrança, que eu queria muito relatar a vocês.