Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer
Original para a Internet

O poder da autenticidade

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 3 de fevereiro de 2025


Você já parou para pensar na Escola Dominical da Ciência Cristã, e já se perguntou por que ela é tão importante? Eu penso muito nisso, pois coordeno a Equipe de Apoio à Escola Dominical, que é parte do Departamento de Atividades da Igreja, aqui nA Igreja Mãe, em Boston, Massachusetts, EUA.

Costumo me reunir, caso a caso, com filiais da Igreja de Cristo, Cientista e, em quase todas as reuniões sobre a Escola Dominical, eu faço esta pergunta: “O que é realmente uma Escola Dominical da Ciência Cristã?” Em resposta, ouço uma vasta gama de ideias maravilhosas. Eu resumiria as respostas desta maneira: a Escola Dominical da Ciência Cristã prega o Evangelho com autenticidade. Em outras palavras, os alunos estudam as Escrituras, inclusive os Dez Mandamentos, a Oração do Senhor e o Sermão do Monte (ver Mary Baker Eddy, Manual da Igreja, pp. 62–63), não como se fosse uma matéria de escola, mas como uma melodia que chega ao coração. A Escola Dominical, tanto para o professor quanto para os alunos, tem como objetivo descobrir as boas-novas (o Evangelho) contidas nas Escrituras e entoá-las na vida prática.

Falando a partir de minha própria experiência como professor da Escola Dominical, tenho de admitir que nem sempre me concentrei em pregar o Evangelho com essa autenticidade. Minhas aulas consistiam mais em “ensinar” a Bíblia aos alunos. Eu reconhecia a importância das Escrituras e acreditava que continham a verdade, mas talvez não compreendesse completamente o significado de meu papel em dar vida à Palavra por meio de meus pensamentos, palavras e ações. Quando me lembro dessa época, vejo que essa forma de ensinar às vezes acabava me levando a considerar meu papel na Escola Dominical de maneira acadêmica, em vez de permitir que o ensino fosse o resultado de minha prática ativa do Evangelho.

Mary Baker Eddy, que estabeleceu A Igreja de Cristo, Cientista, escreve: “O melhor sermão que já foi pregado é a Verdade praticada e demonstrada mediante a destruição do pecado, da doença e da morte” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 201). Ela também escreve nesse mesmo livro: “Os exames escolares só consideram um lado da questão; não é tanto a instrução acadêmica, mas sim a cultura moral e espiritual, que nos leva mais ao alto. Os pensamentos puros e edificantes do professor, constantemente transmitidos aos alunos, alcançarão altura maior do que a dos céus da astronomia…” (p. 235).

Talvez já tenhamos nos perguntado se nossa experiência prática com os ensinamentos de Jesus tem sido suficiente para dar vida ao Evangelho, nas aulas que damos na Escola Dominical. Contudo, o senso de não ter ainda alcançado a perfeição não deveria nos impedir de expressar aquilo que realmente compreendemos. É interessante notar que, ao referir-se aos mandamentos “menores”, Cristo Jesus disse: “Aquele… que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus” (Mateus 5:19). Ele não disse: “Aquele que alcançar o pináculo da Ciência Cristã e passar a ensinar aos outros, esse será considerado grande no reino dos céus”.

O que é necessário é ter o desejo profundo de pôr em prática o Evangelho, e a disposição sincera de falar sobre isso tanto na Escola Dominical quanto na comunidade. Nossas comunidades precisam de professores da Escola Dominical da Ciência Cristã. Por quê? Porque esse Evangelho ajudará as pessoas a superarem as limitações e encontrar a cura. Toda comunidade está repleta de pessoas que anseiam por se libertarem de limitações e desarmonias, e cada um de nós pode ajudar a apontar o caminho para essa libertação.

Para isso, os professores podem começar exatamente de onde se encontram, ouvir atentamente e relatar com honestidade o que já viram e vivenciaram. Aprendi que as crianças e os adolescentes gostam, quando as pessoas são autênticas e honestas. Como lemos em Ciência e Saúde: “A honestidade é poder espiritual” (p. 453), e os jovens percebem imediatamente a honestidade; eles a valorizam e a respeitam.

Certa vez, fui membro de uma igreja em que uma adolescente abandonara a Escola Dominical porque achava que as aulas não eram autênticas. Ela dizia que estava cansada de “só estudar os Dez Mandamentos” e achava que estavam lhe dizendo como pensar. Eu demonstrei interesse por sua opinião e a ouvi com atenção. Passei algum tempo com ela e sua família fora do horário da igreja. Ela acabou voltando para a Escola Dominical e tivemos muitas conversas produtivas.

Eu admirava sua honestidade e seu desejo sincero de saber a verdade a respeito de Deus. Eu disse que não tinha a certeza de conseguir explicar tudo, mas que gostaria muito de, juntos, encontrarmos as respostas. Ela fazia perguntas difíceis, mas profundas. Mesmo que eu não soubesse respondê-las, o fato de me esforçar para ser honesto, e seguir a orientação de Deus, fez com que juntos examinássemos o que ensinava nosso Pastor — a Bíblia e Ciência e Saúde — e isso resultou em algumas aulas maravilhosas, que eu jamais poderia ter preparado se tivesse seguido um planejamento acadêmico.

Por exemplo, quando ela perguntou: “Como sei que é Deus que está falando e não outra coisa?” começamos a conversar sobre a história de Moisés com um olhar diferente. Percebemos a disposição de Moisés de parar e examinar a sarça ardente. Fizemos a relação com nossa própria disposição de parar e verificar se determinada ideia vem de Deus. Isso levou a mais perguntas e nos deu a oportunidade de ir mais devagar e descobrir o que Deus estava dizendo. Essa aluna continuou a frequentar a Escola Dominical para pesquisar e aprender mais sobre Deus.

Em minha experiência, percebi que os alunos valorizam mais a autenticidade do professor do que seus longos anos de profissão, seu diploma universitário ou alguma qualificação religiosa específica. Quando os professores contam o que aprenderam como Cientistas Cristãos praticantes, e o que ainda estão descobrindo, isso desperta o interesse dos alunos.

É profundamente inspirador encontrar maneiras originais de ajudar os alunos a reconhecer a própria capacidade natural de ouvir a voz de Deus. Encontrar maneiras apropriadas de dizer que os alunos são pensadores inteligentes e capazes de curar demonstra que nossa confiança neles é genuína e verdadeira. O Cristianismo autêntico, impulsionado pela Regra Áurea — tratar os outros como gostamos de ser tratados — atrai os jovens. Ele pode ser expresso de diferentes formas, mas faz com que os alunos captem o espírito do Evangelho, e isso permanece para a vida.

Ainda me lembro vividamente da lição que uma de minhas primeiras professoras me ensinou. Foi muito simples. Ela me fez andar em volta de uma mesa redonda, na Escola Dominical, enquanto falava que Deus não tem começo nem fim. Ela explicou que o amor de Deus por mim é assim, não tem começo nem fim, está sempre presente e sempre em atividade.

Essa simples ilustração me acompanha desde aquele dia. Veio-me à lembrança em algumas ocasiões diferentes, e me ajudou a vencer diversos desafios pessoais. Alguns podem achar que essa ilustração é um pouco banal, mas o nítido amor da professora pela constante presença e eterna natureza da Vida, Deus, e sua própria experiência nesse assunto, causou em mim tal impressão que permaneceu em meu pensamento.

Pregar o evangelho com autenticidade significa que o professor não está representando, nem está tentando ensinar o conteúdo da Bíblia e de Ciência e Saúde de um ponto de vista erudito. Significa que o professor da Escola Dominical está, de maneira autêntica, amando os alunos e praticando o que Jesus ensinou. Com base na própria experiência e prática da Ciência Cristã, os membros das igrejas filiais têm a capacidade natural de causar um genuíno efeito positivo nos alunos e na comunidade.

Para mim, estes versos do “Hino de Comunhão”, poema escrito pela Sra. Eddy, falam sobre o autêntico ensino na Escola Dominical:

Viste o meu Salvador? Ouviste o som de júbilo?
Sentiste o poder da Palavra?
Foi a Verdade que nos libertou,
e foi encontrada por ti e por mim,
na vida e no amor de nosso Senhor.
(Escritos Diversos 1883–1896, p. 398) 

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

More web articles

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.