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Original para a Internet

Perdi o desejo de bebidas alcóolicas

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 3 de março de 2025


Há alguns anos, eu costumava cair na bebedeira com frequência, e lutava contra a depressão e com o sentimento de incapacidade e fracasso. Havia pouca alegria em minha vida.

Minha mãe, que estuda a Ciência Cristã, me enviava as Lições Bíblicas semanais do Livrete Trimestral da Ciência Cristã, na esperança de que eu absorvesse alguma coisa que me tirasse dessa depressão. Quase todos os dias ela me enviava trechos da Bíblia, das revistas da Ciência Cristã ou dos escritos de Mary Baker Eddy. Eu os lia, mas não entendia o que lia, não discernia a verdade espiritual básica de que cada um de nós é filho amado de nosso Pai-Mãe Deus, feito à Sua imagem, puro e perfeito.

A bebida me fazia mergulhar na autopiedade. Ao dirigir  para o trabalho ou levar meus filhos para a escola, com frequência eu estava de ressaca. A certa altura, até mesmo pedi demissão do meu emprego, pois pensava que deveria estar fazendo algo melhor. Várias vezes deixara de beber mas, quando algo provocava a depressão, eu voltava a beber.

Consultei um psiquiatra especializado em alcoolismo e outras dependências. Ele me mostrou uma pesquisa que aparentemente provava que a causa do alcoolismo é genética. Ele disse que os tratamentos disponíveis — o programa dos doze passos, entre outros — não me ajudariam. Fiquei desesperado.

Mas continuei a ler as Lições Bíblicas e, aos poucos, comecei a frequentar os cultos de uma filial da Igreja de Cristo, Cientista. Os membros foram calorosos, acolhedores e não me julgaram. Eles me apoiaram no estudo e no crescimento espiritual pela Ciência Cristã, e me ofereceram os livros da Sra. Eddy, inclusive o livro-texto, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras.

Durante esse período em que eu buscava a Deus — em que buscava a alegria, a felicidade e a realização — permaneci sóbrio, mas continuava desempregado. Fiz o Curso Primário da Ciência Cristã. Também me tornei membro daquela igreja filial e dA Igreja Mãe — A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, em Boston, e comecei a sentir um lampejo de esperança.

O Curso Primário consistiu em duas semanas maravilhosas de aprendizado a respeito de Deus, e em conhecer mais profundamente a prática da Ciência Cristã. Fiz novos amigos na classe, e me senti apoiado por eles e pelo meu professor. Quanto mais eu aprendia, mais receptivo ficava à Ciência Cristã.

No entanto, embora apoiado em uma compreensão mais profunda do Amor divino, Deus, eu continuava dominado por pensamentos que sugeriam que eu não era bom o suficiente. Voltei a beber e, por engano, tomei uma overdose de soníferos. Meus primos vieram me apoiar durante esse período difícil, mas não conseguiram lidar com minhas atitudes. Concluíram que eu precisava ser hospitalizado com urgência. Como não concordei, entraram em contato com minha mãe, que mora a seis horas de distância. Ela viajou naquela mesma noite para ficar comigo.

Para me encorajar, todos os dias minha mãe lia para mim  a Lição Bíblica e artigos inspiradores dos periódicos da Ciência Cristã. Também entrei em contato com uma praticista da Ciência Cristã, que orava comigo diariamente. Ela pediu que eu escrevesse três coisas pelas quais era grato a Deus. Em meu estado de tristeza, não consegui pensar em nada. No dia seguinte, porém, eu tinha cinco coisas pelas quais expressar gratidão. No outro dia, eu tinha uma página inteira e, no final daquela semana, várias páginas.

Orei reconhecendo a verdade de que eu não era culpado, porque Deus criou cada um de nós à Sua imagem e semelhança, e declarou que Sua criação é “muito boa”, como está no primeiro capítulo da Bíblia (ver Gênesis 1:26, 27, 31). Ponderei sobre os sinônimos de Deus — a Vida, a Verdade, o Amor, o Espírito, a Alma, a Mente, o Princípio — conceitos fundamentais nos ensinamentos da Ciência Cristã, e concluí que só podia refletir qualidades relacionadas a esses sinônimos. A praticista afirmou que, se eu permanecesse com Deus, eu encontraria a libertação.

Certo dia, uma amiga, do meu emprego anterior, veio me visitar. Ela era gerente e perguntou se eu queria me candidatar a um cargo naquela firma. Concordei, e fui contratado. Voltar a trabalhar foi uma experiência diferente, porque minha perspectiva sobre meu trabalho havia mudado. Em vez de buscar motivos para me queixar, percebi que tinha muito a oferecer, e enxerguei meu trabalho como uma oportunidade de ajudar as pessoas.

Aprendi coisas novas nessa área de trabalho, o que me preparou para assumir um cargo melhor, em uma empresa maior, no ano seguinte. Passei a me ver como a verdadeira expressão de Deus — Seu filho abençoado. Passei a me amar.

Cristo Jesus identificou os dois mandamentos mais importantes: amar a Deus de todo o nosso coração, de toda a nossa alma e de todo o nosso entendimento, e amar o próximo como a nós mesmos (ver Mateus 22:37–39). Aprender a me amar significava não mais abusar de mim mesmo, ao pensar ou falar falsidades a meu respeito, tais como: “Não sou bom o suficiente”, ou ao beber e envergonhar meus filhos. À medida que aprendi a me amar e a me respeitar, tomei consciência das bênçãos que, até então, havia ignorado. Constatei que a alegria que sentia quando criança ainda estava comigo. Agora, sentia alegria pela beleza do nascer do sol, por testemunhar o crescimento dos meus filhos, pela saúde e pelo claro pensar, e na gestão de minha casa e de meu trabalho.

Minha maior alegria, porém, foi o recém-adquirido senso de paz, por reconhecer que só existe uma Mente — Deus — e que essa Mente está no controle de tudo. Eu podia me desfazer das dúvidas, da tristeza e do trauma. Eu podia me desfazer de percepções opressivas sobre o que a sociedade esperava de mim e viver como Jesus nos ensinou a viver, reconhecendo que nunca podemos estar separados do Amor divino, nosso Pai-Mãe que tudo sabe, e é onipotente, onisciente e onipresente.

À medida que comecei a compreender melhor meu relacionamento com Deus, os pensamentos sufocantes de que eu não tinha valor desapareceram. Quando deixei de lado a crença de não ser bom o suficiente, o desejo de beber desapareceu por completo. Não precisei passar por um período de reabilitação, de abstinência nem de redução gradativa das doses. A atração pelo álcool simplesmente se dissipou, quando aprendi a ver a mim mesmo como Deus me conhece — puro, perfeito, inocente e livre. Já se passaram mais de sete anos desde essa cura, e estou seguro de que não há nenhum benefício em beber, nem em usar alguma substância que possa alterar meu claro pensar e minha calma confiança em que Deus é nossa única causa e o único Criador.

E. Nomi Naidu
Johannesburg, Gauteng, África do Sul

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