Uma das confortantes mensagens da Ciência CristãChristian Science — pronuncia-se Crístian Çai'ens. é a de que Deus é o Amor infinito, a Mente infinita, e que compreende tôdas as Suas idéias, todos os Seus filhos, na infinidade de Seu amor inalterável. Não há exceções. Por ser infinito, o Amor divino inclui todos. Sòmente devido à crença pode alguém sentir- -se separado do amor de Deus.
O reconhecimento da verdade espiritual do amor de Deus, que a tudo envolve, impeliu Cristo Jesus a estender êste importante convite a todos os que obedecem a Deus e expressam amor: “Vinde, benditos de meu Pai! entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mateus 25:34). Êle sabia que o reino de Deus — o reino da harmonia eterna — é herança de todos, e não privilégio de uns poucos, porque o amor de Deus abraça tôda a Sua criação.
O Mestre veio para redimir a humanidade da crença de que o homem seja um mortal desamparado, e o fêz revelando que o homem real, feito à imagem e semelhança de Deus, é a criação do Amor divino incorpóreo e está para sempre em harmonia com Deus, inseparável de Seu amor.
Com qual conceito de homem nos estamos identificando: com o de filho bendito do Amor ou com o de mortal desamparado? Se reconhecermos nossa verdadeira individualidade como expressão do Cristo, certamente sentiremos o amor de Deus. Mas se nos identificarmos com o sonho de Adão, isto é, com a crença de que o homem seja um mortal banido da harmonia por uma Divindade encolerizada, poderemos sentir-nos separados do amor de Deus, porque o êrro jamais estêve na presença do Amor, ou seja, da Verdade. Na Ciência, o êrro e a Verdade nunca se unem.
A impressão aflitiva de se estar isolado do amor de Deus só se elimina pela compreensão libertadora referente à união do homem com o Amor que a tudo inclui. Declara Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras (p. 494): “Não é justo imaginar que Jesus tenha demonstrado o poder divino de curar sòmente para um número seleto de pessoas ou para um período de tempo limitado, porque a tôda a humanidade e a tôda hora, o Amor divino propicia todo o bem.”
Mesmo que em sentido material nossos melhores amigos ou parentes sejam indiferentes para conosco, o Amor divino continua a amar-nos com amor invariável e inexaurível. Se escutamos a voz do Amor, somos guiados através da tormenta, salvos de nossos temores e apuros, e levados a dar passos que nos revelam harmonia e paz duradouras.
O Amor divino não aflige; não causa nem permite o mal. O Amor, que inclui todo o bem, exclui todo o mal. Conseqüentemente, no universo do Amor não há mal a temer ou do qual se possa sofrer. Só a ignorância acêrca de Deus ou sôbre o pecado confere aparente realidade ao mal. Mas Mrs. Eddy nos assegura, em Ciência e Saúde (p. 391): “É êrro sofrer por alguma coisa, a não ser pelos vossos próprios pecados. Cristo, a Verdade, destruirá todo e qualquer outro suposto sofrimento, e o verdadeiro sofrimento por vossos próprios pecados cessará na proporção em que o pecado cessar.” O amor de Deus ao homem se reflete na saúde, alegria, suprimento e proteção ilimitados que constituem a herança do homem, a qual podemos demonstrar em nossa própria vida quando sustentamos nossa união com Deus, o bem, ou nossa inseparabilidade dÊle.
Nossos entes queridos também estão para sempre incluídos no amor de Deus. A verdadeira individualidade dêles está em harmonia com o Amor, com tudo o que é bom e perfeito. Na medida em que reconhecemos êsse fato, cessamos de admitir a noção errônea de que sejamos responsáveis por êles e deixamos de nos preocupar com a sua saúde, progresso, felicidade e sucesso. Deus é Pai-Mãe dêles tanto quanto o é nosso. Êle é que é responsável pelo bem-estar dêles.
Isto não quer dizer que devemos ficar indiferentes às suas necessidades, mas significa que nossa verdadeira responsabilidade consiste em nos compenetrarmos de que Deus supre plenamente tôdas as necessidades dêles e em deixá-Lo empregar-nos na realização de Seu plano divino.
Numa atmosfera onde se confia inteiramente em Deus, o Espírito, onde todos são livres de aborrecimentos e de uma falsa noção de responsabilidade, cada um pode desenvolver-se e ampliar suas aptidões sem dificuldade, enquanto contribui cada vez mais para o bem dos outros. Em tal ambiente as crianças sentem-se amadas, bem acolhidas e protegidas. Os adolescentes desfrutam de companhias apropriadas e benéficas, sem cederem à influência de falsas atrações e de conformismo negativo. Os adultos levam uma vida útil, de progresso e harmonia.
A verdade de que o homem é filho de Deus, o Amor, e de que é inseparável de seu Pai-Mãe, foi particularmente útil a mim e à minha espôsa durante uma enfermidade de nosso filho. A despeito dos tratamentos recebidos de um praticista da Ciência Cristã e de nossos próprios esforços por conhecer a verdade em benefício da criança, custou-lhe recuperar a saúde. Como pais, estávamos preocupados, mas logo que realmente percebemos que nosso filho estava sob os cuidados constantes do Amor e que em lugar de ser um mortal doente êle era uma idéia perfeita do Amor, inseparável da Vida, que é Amor, a criança melhorou ràpidamente e logo ficou curada.
Nossa convicção de que Deus nos ama não é por si mesma suficiente para tornar-nos aptos a receber as bênçãos do Amor. Lemos na Bíblia (I João 4:11): “Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros.” Se, por falsa noção de superioridade ou por falta de compaixão e compreensão, enquanto declaramos que Deus nos ama excluímos do reino de Deus alguém em nosso pensamento, então oramos erradamente. Quando tardar a cura de uma doença ou a solução de um problema que nos aflija, deveremos sinceramente esquadrinhar nossa consciência e verificar se estamos excluindo alguém do reino de Deus por ressentimento, obstinação ou ódio.
Deus contìnuamente diz a cada um de nós: “Como alguém a quem sua mãe consola, assim eu vos consolarei” (Isaías 66: 13). A demonstração do amor de Deus pelo homem, amor que a todos inclui, estende-se como um fio de ouro através de tôda a Bíblia, alcançando seu clímax nas obras incomparáveis de Jesus, cuja demonstração do Cristo foi única. O amor de Deus encontrou sua consumação na Ciência Cristã, o Consolador prometido pelo Mestre, o qual nos atrai à vida eterna e abundante.
