No livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde Mrs. Eddy diz (p. 7): “O “ouvido divino” não é um nervo auditivo. É a Mente que tudo ouve e tudo sabe, e que sempre conhece tôdas as necessidades do homem e as satisfaz.” Na proporção em que essa verdade se tornar compreendida, o fato espiritual do suprimento tornar-se-á conhecido e o sentido material de carência, a aparência ilusória, e a ilusão sensória, desaparecerão.
A autora teve por si mesma a oportunidade de provar êsse fato espiritual. Quando uma mudança decisiva ocorreu em sua vida, repentinamente se encontrou sem meios de subsistência e não sabia como poderia prosseguir. No entanto, sabia que o dinheiro não silenciaria para sempre a sua necessidade, por isso amàvelmente recusou todo apoio oferecido por seus amigos. Lutou para obter compreensão divina, e esta angélica mensagem lhe veio: “Não é de dinheiro que você necessita, mas de uma idéia, a idéia de confiança.” Mrs. Eddy diz em Miscellaneous Writings (Escritos Diversos, p. 307): “Deus vos dá Suas idéias espirituais e em troca, elas vos dão suprimentos diários. Nunca pedi para amanhã: é suficiente o fato de que o Amor divino é uma ajuda sempre presente; e se esperardes, nunca duvidando, tereis a cada momento tudo o que necessitardes.”
Dessa hora em diante ela voltou-se para Deus com plena confiança, e Éle supriu-lhe abundância de idéias divinas. Constatou que em assim fazendo, sempre tinha tudo de que necessitava, e ainda sobrava. Contudo, quando ela se voltava para a matéria, seu suprimento interrompia-se. Por isso, pouco a pouco, afastou-se da noção de que alguma coisa devia acontecer à matéria e, confiante e esperançosa, lutou para manter uma concepção de inspiração espiritual. As palavras de Mrs. Eddy lhe vieram ao pensamento: “Substância é aquilo que é eterno e incapaz de manifestar discórdia e sofrer decomposição. A Verdade, a Vida e o Amor são substância, no sentido em que as Escrituras empregam essa palavra na Epístola aos HebreusConforme versão bíblica inglêsa: “A substância das coisas que se esperam, a prova das coisas que se não vêem” (Ciência e Saúde, p. 468). Quando reconheceu essa verdade, foi ricamente suprida de tudo o que necessitava.
Assim como Moisés, com sua clara compreensão, conduziu o povo através do deserto e demonstrou o suprimento tanto de maná como de água, ou tal como Cristo Jesus alimentou as multidões com alguns pães e peixes, assim o Cientista Cristão, hoje, demonstrando a mesma lei, coloca a sua confiança na grande bondade de Deus, a qual satisfaz toda necessidade. A confiança do Cientista Cristão baseia-se na verdadeira substância do bem, em Deus, não na matéria. O passo que conduz à demonstração de suficiência nos afazeres diários é a adesão ao fato espiritual da verdadeira substância. Nossa adesão a êsse fato por fim abolirá toda a carência. Por outro lado, a lei divina, que inclui e expressa a verdadeira substância, jamais pode sofrer a interferência dos conceitos humanos, tais como carência, guerra, atividades improdutivas, ou mudança de circunstâncias. Se substituirmos os conceitos mortais pelas idéias espirituais, o mêdo à carência se desvanecerá face à nossa aceitação da moeda do bem — estável e espiritual, a verdadeira substância.
Semelhantemente, tôda a humanidade pode vir a proclamar junto com o Salmista: “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra. Oh! provai, e vêde que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nêle se refugia. Temei o Senhor, vós os seus santos, pois nada falta aos que o temem” (Salmos 34:7–9).