A santa missão de Cristo Jesus na terra foi revelar à humanidade a grande verdade da inseparável união do homem com Deus. Essa verdade foi a essência dos ensinamentos do Mestre e de suas demonstrações surpreendentes na cura da doença e no ressuscitar mortos. Disse êle: “Porque assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo” (João 5:26).
A Ciência CristãChristian Science — pronuncia-se: Crístian Çai’ens. reitera os ensinamentos do Mestre, de que a vida do homem tem sua fonte em Deus, o Espírito infinito, e portanto que a vida do homem é espiritual, sem um só elemento de mal ou de materialidade; que é tão pura e eterna como Deus, que é a própria Vida.
Nosso verdadeiro ser expressa Vida através dos tempos e da eternidade. A contrafação dêsse ser é o assim-chamado homem mortal. Crê que sua vida é inseparável da matéria, está em um corpo material, e que está sujeita à matéria, e termina com a dissolução do corpo. Na Ciência Cristã corrige-se essa falsa crença pela verdade de que todo ser verdadeiro está para sempre unido na única Vida, Deus.
A Ciência Cristã ensina que Deus é a única Mente infinita e que tôda a criação, inclusive o homem, constitui-se de idéias corretas. Não poderia haver Mente sem idéias, e nem idéias sem Mente. Essa unidade espiritual caracteriza tôda a realidade. Tudo o que é real controla-se e perpetua-se nessa Mente única, nessa única Vida, e nesse único Deus. Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, diz em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras (p. 209): “A Mente, suprema sôbre tôdas as suas formações, e governando-as tôdas, é o sol central de seus próprios sistemas de idéias, a vida e a luz de tôda a sua própria vasta criação; e o homem é tributário da Mente divina”.
Cristo Jesus compreendia espiritualmente essa santa união de nosso Pai celestial e de todos os Seus filhos. Certa vez enquanto o Mestre orava por seus discípulos, disse: “Não rogo sòmente por êstes, mas também por aquêles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam êles em nós” (João 17:20, 21).
Para compreender nossa unificação com a Vida divina, devemos manter os pensamentos e as idéias de Deus. Quando devotamente nos volvemos para Êle em busca de orientação e sabedoria na solução de nossos problemas diários, tornamo-nos mais e mais cônscios da harmonia e da paz espiritual. Na proporção em que o falso conceito de inteligência e de vida separada de Deus desaparecer de nossa existência, passaremos pela regeneração, ou o nôvo nascimento que Jesus disse seria necessário para perceber o reino de céu dentro de nós.
Essa regeneração da consciência humana deve, por meio da oração, continuar, se queremos destruir as crenças da mente mortal, de que a vida está no corpo material e que a vida está sujeita ao pecado, à doença, à deformidade, à idade e à fraqueza. Essas contradições acêrca da verdade da vida em Deus nunca alcançam o estado de realidade. São apenas sugestões mesméricas da mente mortal, ainda que pareçam ser reais. Tôdas as discórdias e misérias no mundo originam-se de uma aceitação pecaminosa e ignorante dessas falsas crenças como reais e portanto como inerentes na vida que Deus outorgou aos Seus filhos.
A cura, como praticada na Ciência Cristã, com êxito, realiza-se pela identificação de si mesmo com a Vida divina e suas idéias infinitas. Paulo disse acêrca de Deus (Atos 17:28): “Pois nêle vivemos, e nos movemos, e existimos”. Na infinidade da Vida, não há morte; nada existe fora do infinito.
Mrs. Eddy escreve: “Jesus disse em essência: “Aquêle que crê em mim, nunca morrerá.” Isto é, aquêle que percebe a verdadeira idéia de Vida, perde sua crença na morte. Aquêle que tem a verdadeira idéia do bem, perde tôda noção do mal, e em virtude disso é introduzido nas realidades imperecíveis do Espírito. Tal pessoa permanece na Vida — vida obtida não do corpo, incapaz de sustentar a vida, mas da Verdade, que desenvolve sua própria idéia imortal” (Ciência e Saúde, p. 324–325).