Desde a descoberta da Ciência CristãChristian Science — pronuncia-se: Crístian Çai’ens. em 1866, as limitações materiais têm desaparecido em uma marcha cada vez mais acelerada. O transporte aéreo se desenvolveu, e pela invenção do telefone, do rádio, e da televisão, a comunicação a longa distância se tornou virtualmente instantânea. Além disso, a humanidade se encontra hoje na iminência das viagens interplanetárias. Estamos prestes a romper as cadeias da ignorância que nos prendiam a êste planêta.
A Ciência Cristã está agindo muito profundamente na consciência humana, levedando o pensamento da humanidade e trazendo à luz um conceito mais livre de vida. Mas apesar dos sinais promissores de progresso em determinados setores específicos, ainda se tem muito a fazer em outros ramos da existência humana. As devastações da guerra, da doença, da pobreza, da injustiça racial, ainda cobram o seu tributo. O progresso técnico da humanidade sobrepuja muitíssimo o seu crescimento espiritual, e a contínua missão da Ciência Cristã consiste em despertar a raça mais completamente para a natureza espiritualmente mental da realidade, e para o valor imensamente prático da compreensão acêrca de Deus e da origem e natureza divina do homem.
Ao curar os doentes, purificar os pecadores, destruir a pobreza, o desespêro, a solidão, a falta de confiança em si próprio, essa Ciência, nos moldes do Cristo, prova sua viabilidade aos indivíduos, em cada passo da vida. Cura-lhes as atribulações, elevando e harmonizando- -lhes a vida interior, a vida dos pensamentos. Leveda a consciência humana com as qualidades divinas do amor, da pureza, e da integridade de propósito, e assim contribui poderosamente para a evangelização e libertação final de toda a família humana. Afinal, humanidade é um têrmo coletivo, e a humanidade somente pode ser salva do mal quando cada um de seus componentes — cada homem, mulher e criança — se convencer de que os valôres espirituais são praticáveis, e amoldar sua vida seguindo esse padrão elevado e feliz.
A Ciência Cristã afasta-se radicalmente das formas convencionais de pensamento. Por meio de prova prática ela revela que a matéria não é verdadeira substância, mas é um fenómeno mental mortal, a condição subjetiva da mente dos mortais. Além disso, essa Ciência ensina que a realidade é espiritual, que Deus, o Espírito, é Tudo, a Mente infinita que constitui a vida, a substância e a inteligência de todo o ser. A identidade real do homem é a imagem espiritual perfeita, o reflexo, ou a auto-expressão desse Deus ilimitado.
A saúde e a harmonia inevitavelmente aparecerão na proporção em que o pensamento humano aceitar a verdadeira idéia acêrca de Deus e do homem, perceber a unidade desse Princípio divino e sua idéia, e então, firmado nessa verdade potente, rejeitar a visão material limitada acêrca do homem e de toda a criação. A esse respeito Mary Baker Eddy escreve em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras (pp. 222, 223): “Temos de destruir a crença errónea de que a vida e a inteligência estejam na matéria e firmar-nos no que é puro e perfeito.” E mais adiante ela continua: “Mais cedo ou mais tarde, aprenderemos que os grilhões da capacidade finita do homem são forjados pela ilusão de que êle vive no corpo em vez de na Alma, na matéria em vez de no Espírito.”
O pensamento de Cristo Jesus não tinha grilhões, era tão livre da materialidade que êle foi capaz de romper as cadeias das limitações de tempo e espaço e mover-se instantâneamente de um lugar para outro. Andou sôbre a água, passou sem ser agredido pelo meio de uma turba furiosa, curou toda espécie de doença, e ressuscitou mortos. De forma tão notável êle encarnava os atributos infinitos da Mente, que a teimosa resistência, o grande pêso inerte do sentido finito não o podiam atar. Seu conceito ilimitado do homem espiritual subentende-se em suas palavras dirigidas a Nicodemos: “O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do espírito” (João 3:8).
Nesta era talvez não estejamos preparados espiritualmente para imitar a poderosa maneira pela qual o Mestre superou as condições materiais, mas certamente podemos começar com instâncias menores de controle. Podemos sempre começar por nós mesmos e aprender a silenciar os erros que limitam e que parecem encurralar-nos. Ao começar a dominar a vontade própria, a justificação própria, a auto- -importância, a autoconsciência, e a reconhecer que Deus, a Mente única, supre cada um dos pensamentos, então as limitações do sentido pessoal cairão por terra e um alegre sentimento de liberdade aparecerá.
O estudo e a prática da Ciência Cristã possibilitam que o estudante sincero perceba, com uma clareza sempre-crescente, a liberdade ilimitada do verdadeiro ser do homem na presença envolvente do Amor divino, e dele procedente. Ao percebermos a infinitude de tôda a realidade, a imensidade do Ego divino que refletimos, nossa existência adquirirá uma aparência mais vasta e mais satisfatória. As capacidades e habilidades humanas se desenvolverão, saúde e fôrça vigorosas serão nossas, e oportunidades mais amplas se apresentarão. Mrs. Eddy escreve (Ciência e Saúde, p. 481): “O ser de Deus é infinidade, liberdade, harmonia e felicidade ilimitada. “Onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.” Tal como os sumos sacerdotes de outrora, o homem está livre “para entrar no Santo dos Santos” — o reino de Deus.”