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A Auto-afirmação da Divindade

Da edição de novembro de 1974 dO Arauto da Ciência Cristã


A Ciência CristãChristian Science — pronuncia-se: kris´tiann sai´ennss. emana de Deus. É a autoafirmação da Divindade, razoavelmente percebida através da neblina da assim chamada consciência humana. É o aparecimento da automanifestação da Mente única, divina e infinita que destrói a suposição de que existem várias mentes, mortais e finitas. Esta auto- -revelação de Deus, o Espírito, dissipa a ilusão da matéria, tão naturalmente como os raios de sol dispersam uma forte e densa neblina, pela simples superioridade inerente ao seu calor e à sua luz.

O movimento da Ciência Cristã é realmente o verdadeiro conhecimento espiritual a substituir a suposição materialística dos mortais. A autodeclaração de Deus, a única inteligência suprema, força o desaparecimento das crenças falsas e ignorantes que constituem os mortais, essa neblina mental que pretende obscurecer os fatos espirituais inerentes à harmonia universal. Mary Baker Eddy, a amada Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, diz: “A Ciência Cristã tem por base os fatos do Espírito e suas formas e representações, mas esses fatos são os antípodas diretos das assim chamadas realidades da matéria; e as eternas verdades do Espírito afirmam-se perante seu oposto, ou matéria, pela destruição final de tudo o que é dessemelhante ao Espírito.” Miscellaneous Writings, p. 55;

A Ciência Cristã vem à raça humana de uma maneira tão irresistível quanto a alvorada, pois a Verdade age com o poder do infinito para demonstrar sua própria presença e realidade pura. Diante dessa majestosa e incontestável auto-revelação de Deus, o sentido material irreal tem de desaparecer inevitavelmente, pois os mortais não podem impedir o surgimento da Verdade, assim como a humanidade é incapaz de deter o sol nascente.

Cada impulso genuíno de bem desinteressado, desde o mais tênue instinto, até o propósito definido mais audacioso, tem origem na Mente divina e única, e atesta a presença daquela Mente. Ninguém sabia melhor do que a Sr.a Eddy que as forças-pensamento que a levaram a descobrir a Ciência Cristã, a escrever o livro-texto, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, e a fundar a Igreja de Cristo, Cientista, a fim de proteger a sua descoberta e difundi-la a toda a humanidade em sua pureza revelada, originaram-se de Deus e não de sua personalidade humana. As forças mentais que estão agindo em inúmeros indivíduos hoje, levando-os a inquirir sobre o que é a Ciência Cristã, a amá-la e a unir-se a ela, e a trabalhar para a instituição que sua Líder fundou com tanto amor, tampouco tiveram origem no eu pessoal, mas são impulsionadas por Deus, e ilustram a atividade universal do Amor divino que engloba a todos. Paulo, inspirado por Deus, foi quem escreveu: “Desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.” Filip. 2:12, 13;

“Então”, poderá alguém perguntar, “se a Mente divina é o poder inevitável que está trazendo a verdade aos homens, porque devo eu esforçar-me para livrar a mim e a outros das garras do sentido material? Por que não reclinar-me, descansar e deixar que Deus resolva tudo?” Não será exatamente isto o que conduziu a humanidade à sua atual experiência deplorável de greves e crises — esta inércia espiritual, incapaz de aceitar Deus na Sua atividade harmoniosa e sempre presente; esta má vontade em extinguir os elementos perniciosos da consciência mortal e de praticar a imolação do eu, que é exigida pela Ciência do Cristianismo?

A responsabilidade de criar e manter o homem à Sua própria imagem e semelhança compete a Deus. A humanidade compete rejeitar como sem valor e ilusório tudo aquilo que contradiz a verdade espiritual. Se não assumimos vigorosamente e com dedicação a nossa responsabilidade, o erro se torna pior, edificando a torre de Babel de seus próprios elementos autodestrutivos, até o ponto em que o sofrimento e o desastre se tornem inevitáveis. Ante o desafio que a verdade científica absoluta lhe lança nesta época, a crença finita se contorce sob a radiância da Verdade e essa luz revela prontamente as crenças iníquas e autodestrutivas, as quais são responsáveis por sua própria ruína.

A fim de demonstrar a nulidade do mal e aclarar a consciência individual de modo a que a manifestação de Deus, o homem à imagem do Amor, possa aparecer, é preciso trabalho e esforço constante e incansável por parte dos indivíduos. Há uma responsabilidade individual da qual ninguém pode fugir e a qual ninguém deveria tardar em assumir. A Ciência Cristã está trazendo à humanidade a luz solar da Verdade, e aqueles que desdenham sua presença regeneradora podem ser comparados a pessoas que, permanecendo na cama até tarde, em quartos escuros, com as persianas bem cerradas, deixam de perceber que o dia já nasceu.

A tarefa de rejeitar e destruir o falso sentido mortal da existência e todas as aparentes limitações da experiência humana torna-se espontânea e simples à medida que compreendemos que todos os conceitos reais começam com o Princípio divino, a Divindade, e corporificam o poder de afirmar seu domínio sobre as concepções errôneas da mente carnal. As formações do Espírito evidenciam a natureza infinita do Espírito e manifestam sua própria perfeição ilimitada. Crer que o bem se origina em uma pessoa humana, obscurece essa manifestação e impõe limitações desde o início. Mas quando se percebe o bem como um todo indivisível e universal, uma Mente única e infinita, o menor vislumbre desse bem impessoal é saudado como a alegre evidência de que todo o bem está à mão, afirmando suas harmonias sempre presentes.

A Mente única e divina inclui tudo o que realmente existe e é nessa Mente única, em vez de no eu pessoal e ilusório que se tem de buscar toda realidade. Em Unity of Good a Sr.a Eddy diz: “Deus é Tudo-em-tudo. Portanto, Ele está unicamente em Si mesmo, na Sua própria natureza e carater, e é o ser perfeito, ou consciência. Ele é toda Vida e Mente que há ou pode haver. Nele se corporifica toda a Vida e a Mente.” E ela continua: “Se Ele é Tudo, não pode haver consciência de coisa alguma que lhe seja dessemelhante; porque, se Ele é onipresente, nada pode haver fora dEle mesmo.” Un., p. 3;

Há alguns anos, parecia que minha visão estava levemente toldada. Um dia, caminhando pela rua, pensei na expressão “que tudo vê”, que se encontra na definição de Deus, dada pela Sr.a Eddy em Ciência e Saúde. Fiquei tão absorta na meditação acerca dessa definição espiritual e na percepção do fato de que, se Deus é Mente infinita e única, toda a visão verdadeira precisa ter origem em Deus, e não em mim, nem mesmo no eu real e espiritual. Percebi que a verdadeira visão é uma função da Mente divina, pois a Mente vê tudo o que existe em seu vasto universo espiritual. E a Mente percebe tudo com absoluta clareza, pois tudo existe apenas como pensamento de Deus. Nada do que a Mente vê poderia estar toldado, obscurecido ou escondido. Deus vê tudo o que é real.

Inteiramente embevecida por essa noção acerca de Deus, Aquele que é Tudo e que tudo vê, esqueci-me de minha personalidade humana, e, de repente minha visão tornou-se vividamente clara. Os contornos de pequeninas coisas ao alcance da vista tornaram-se bem distintos e delineados. Cada folha de grama se ressaltava como na mais fina gravura. Até as cores das flores, das árvores e do céu tomaram uma tonalidade mais brilhante. Eu havia provado um pouco de minha união com o “Nós” que tudo vê, a Mente que tudo vê e o homen refletindo essa Mente que tudo vê.

Se sentimos certo grau de limitação, não será isto devido aos nossos esforços mal dirigidos no sentido de encontrar a fonte de nossa compreensão, nossas percepções, nossa força, nossa vida e nosso suprimento numa personalidade humana, ao invés de em nosso Princípio criador? A identidade real, espiritual, do homem é o próprio reflexo da Divindade, na qual há contínuo desdobramento das capacidades e aptidões da Mente divina. Deus compreende a Si mesmo, discerne a Si mesmo, ama a Si mesmo, sustenta e refrigera a Si mesmo; e é no homem real, a idéia divina da Mente, que esta auto-suficiência da Divindade se manifesta. Deus conhecendo a Si mesmo e o homem expressando o autoconhecimento ilimitado de Deus, constituem a única compreensão real que existe. Esse divino “Nós”, afirmando-se na assim chamada consciência humana, constitui o movimento da Ciência Cristã e tudo o que ela traz à luz a respeito da realidade científica.

Enquanto nos empenharmos em usar o Espírito simplesmente para beneficiar o eu mortal, nós nos ateremos à aparente experiência mortal. Mas, no momento em que, honestamente, nos empenharmos em refletir a perfeição do Espírito, sem esperar obter qualquer vantagem humana, mas porque isto é maravillhosamente verdadeiro, atingiremos aquele momento sublime de auto-renúncia, em que a experiência humana limitada começa a desaparecer e onde os grandes fatos espirituais do ser real se afirmam.

Encarada de modo científico, a atuação de um praticista da Ciência Cristã não consiste em tratar pessoas indispostas que precisam de cura, mas sim em manter a percepção da perfeição de Deus e de Seu reino de idéias espirituais, e essa percepção desfaz os aparentes infortúnios humanos. A visão, a consciência, a amabilidade, as relações, a inteligência, a atividade e o suprimento do homem são formações do Espírito, emanações específicas do Princípio divino. Com uma compreensão de tal fato espiritual podemos provar que este é superior à crença humana. As idéias espirituais têm em si a força total da onipotência divina, pois originam-se no Princípio e não no praticista. Cristo Jesus, o mestre sanador, disse a seus discípulos: “O Pai que permanece em mim, faz as suas obras.” João 14:10; A Sr.a Eddy diz: “O melhor sanador é aquele que menos se projeta e assim se torna uma transparência para a Mente divina, que é o único médico; a Mente divina é o sanador científico.” Mis., p. 59.

A verdadeira Igreja é a idéia harmoniosa e universal da Verdade, e ela inclui tudo o que no seu universo de realidade espiritual é formado pelo Espírito. A Igreja de Cristo, Cientista, que foi fundada pela Descobridora da Ciência Cristã, é a transparência humana através da qual fulgura com irresistível radiação a realidade espiritual universal e através da qual Deus continuará a afirmar-se até que todo vestígio da neblina de limitação e de erro humanos tiver sido dissipado e o puro universo de idéias divinas do Espírito infinito for visto como o único universo que existe.

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