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Não Há Fórmulas na Cura pela Ciência Cristã

Da edição de novembro de 1974 dO Arauto da Ciência Cristã


A prática do poder sanador de Deus, na experiência individual, depende da inspiração de cada um, da espiritualização do pensamento pela aquisição de uma compreensão ampliada de Deus e do parentesco existente entre Deus e o homem. Deus é Princípio demonstrável e Suas leis governam eternamente o ser real e único do homem. O ser real do homem é o reflexo que ele dá do Espírito divino, é o espelhar das qualidades do seu criador perfeito. A revelação divina, adquirida por meio da oração científica, demonstra o poder das leis de Deus.

A mente mortal, o oposto fictício da Mente divina, ou Espírito, alimenta crenças na realidade e no poder da matéria e do mal, e de sentimentos de medo, inveja, vontade própria, e ressentimento. Esses se manifestam como estados materiais de doença ou de discórdia. A oração científica, baseada na perfeição de Deus e na união completa do homem com Deus, faz calar a mente mortal, a causa da moléstia. Tal oração é inspirada espiritualmente; inclui perspectivas novas, originais e cada vez mais nítidas da semelhança eterna do homem com Deus.

Em tal oração inspirada espiritualmente, de nada valeria uma fórmula. O dicionário de Webster define fórmula como “uma série fixa de palavras, a ser usada numa cerimônia ou num ritual ... uma declaração convencionada que se propõe a expressar uma verdade ou um princípio fundamental ... receita, receita médica. Não há nenhum convencionalismo ou ritualismo no tipo de oração espiritual eficaz na cura dos doentes. Como, por exemplo, poderia a repetição de um grupo de palavras formuladas, às quais não se chegou por meio de revelação genuína, transformar o pensamento mortal errôneo em uma compreensão espiritual de Deus?

A Sr.a Eddy assim escreve sobre o Princípio da Ciência Cristã: “A revelação mostra este Princípio e salvará a razão libertando-a da escravidão ao erro. A revelação deve subjugar o sofisma do intelecto e espiritualizar a consciência com os ditames e demonstrações da Verdade e do Amor.” Não e Sim, p. 11; E no Manual de A Igreja Mãe, sob o título “Proibido o Uso de Fórmulas”, incluiu o seguinte parágrafo: “Nenhum membro deverá utilizar fórmulas escritas, nem permitir que seus pacientes ou alunos as utilizem, como recursos para o ensino de Ciência Cristã ou para a cura dos doentes. Tudo o que é necessário para ambos os fins, encontra-se nos livros da Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã.” Manual, Art. 8°, § 9°;

Não só as fórmulas são incompatíveis com a inspiração espiritual, como também são inadequadas para combater os erros específicos que necessitam cura em diversas pessoas. Nos seus maravilhosos trabalhos de cura, Jesus dirigia francamente suas palavras de verdade às necessidades particulares de cada um, e suas censuras ao erro eram específicas também.

Por exemplo, quando Jesus disse ao paralítico que tivesse bom ânimo e assegurou-lhe que seus pecados lhe estavam perdoados, o homem ficou curado. V. Mateus 9:2–7; Em outras ocasiões, Jesus repreendeu estados mentais como o medo e a falta de fé. Sem cessar, o relato do Evangelho apresenta Jesus a corrigir especificamente os erros que percebia no pensamento individual daqueles que a ele vinham para serem curados.

Outra tentação que nos induz a experimentar fórmulas, em vez de nos valermos da oração inspirada para fins de cura, é a sugestão de que a cura de determinada doença pode ser sistematizada pela aplicação de certos aspectos da verdade. O esforço errôneo de usar sempre a mesma afirmação de verdade para a mesma doença ou para os mesmos sintomas de doença, é uma negação da individualidade outorgada por Deus. A cura pela Ciência Cristã ressalta a importância da mudança de pensamento de uma pessoa; e a mudança que é necessária no pensamento de uma, pode ser muito diferente da que é exigida de outra, ainda que a doença se manifeste exteriormente do mesmo modo.

Para casos diferentes são necessários aspectos diferentes da Verdade sanadora. Embora a verdade em todos os seus aspectos expresse o Deus único, a natureza da verdade é infinitamente variada, e a oração espiritualmente inspirada nos leva aos aspectos particulares da verdade necessários à situação de cada um. Por exemplo, várias pessoas que estejam manifestando um problema exterior de vista fraca podem necessitar de uma elucidação positiva diversa a respeito dos diferentes aspectos do ser de Deus e do homem como reflexo de Deus.

Em um dos casos, é possível que a pessoa tenha aceito a crença de que herdou tal traço de um de seus progenitores. Essa pessoa terá necessidade de mais compreensão espiritual da filiação perfeita do homem com Deus e da conseqüente falta de poder das assim chamadas “leis” de hereditariedade que erroneamente tenham sido aceitas. Em outro caso, é possível que a pessoa esteja abrigando uma crença em excesso de trabalho, e conseqüentemente, tenha dificuldades visuais. Sua necessidade individual será, então, a de maior compreensão da habilidade eterna e infatigável que tem o homem de refletir atividade harmoniosa e divina, e a de uma compreensão das faculdades imutáveis da Alma.

Outra pessoa poderia estar aceitando inconscientemente o decreto da mente mortal de que quase todos, depois de certa idade, precisam usar óculos. Uma compreensão mais clara das leis da harmonia e da perfeição eternas do Princípio divino em relação ao homem que Deus criou, e da conseqüente falta de poder dos códigos da mente mortal para controlar alguém, desfaz tais pensamentos errôneos e torna a pessoa livre para expressar o domínio que Deus lhe deu. E assim por diante, quando rejeitamos especificamente outras supostas causas de visão defeituosa.

À medida que, em oração, nos volvemos a Deus à procura de uma melhor compreensão de nossa natureza como imagem e semelhança de Deus, seguir-se-á necessariamente uma redução ou eliminação do medo, da vontade humana, do egoísmo, da tensão, do ressentimento, do medo à morte, e de outros erros. Nenhum mero exercício intelectual oferece ajuda nesse processo espiritual de renascimento. As fórmulas nos amarram e nos restringem; a revelação divina deixa o homem livre para apreender o Princípio, Deus, e para demonstrá-Lo.

A Sr.a Eddy escreve: “Os raios da Verdade infinita, quando se concentram no foco das idéias, produzem instantaneamente luz, enquanto mil anos de doutrinas, hipóteses e vagas conjeturas humanas não emitem tal fulgor.” Ciência e Saúde, p. 504;

No método divino de cura, as fórmulas — um sistema convencionado quer para declarar a verdade, quer para negar o erro — não oferecem benefício algum. Cristo Jesus disse: “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” João 8:32. Como Jesus provou tão magnificamente em seu trabalho de cura, a Verdade infinita pode curar instantaneamente quando focalizada nas idéias que estão no pensamento individual.

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