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TÃO PERTO DO AMOR

Da edição de novembro de 1974 dO Arauto da Ciência Cristã


Tão perto do Amor andava ele,
Em suas palavras não havia censura:
“Mulher, que tenho eu contigo?
Ainda não é chegada a minha hora” ;
Em Caná da Galiléia
Quando Jesus a água transformou em vinho
Acaso não disse, como diria hoje um filho
Com terna voz:
“Espere, mamãe, preciso preparar-me melhor?”
Maria, contudo, com sua intuição já vira
Na juventude e na infância de Jesus
Muitas de suas obras
E mais maravilhosas do que sonhamos,
E as guardara todas em seu coração
Com orgulho, e com tristeza
Devido à brevidade daquele contato humano.
E ele, que tão bem sabia
Que o Amor cuida dos que são Seus,
Sim, o filho carinhoso,
Bem antes da crucificação
Acaso não planejaria que alguém olhasse por sua mãe?
E suas palavras na cruz
Ao desfazer-se por último desse terno laço humano
Talvez apenas quisessem recordar a João,
Pois só João menciona,
Aquilo que fora combinado
Antes daquele dia:
“Mulher, eis aí teu filho” —
E a João,
“Eis aí tua mãe”.

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