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A CONTINUIDADE DA BÍBLIA

[Série de artigos que mostram o desenvolvimento progressivo do Cristo, a Verdade, do começo ao fim das Escrituras.]

A Terra do Egito na História Hebraica

Da edição de dezembro de 1974 dO Arauto da Ciência Cristã


O Egito desempenhou papel importante na história do povo hebreu, papel esse freqüentemente encarado como proporcionador de segurança e proteção, paz e prosperidade, conselho ansiosamente solicitado, bem como de ajuda militar. Noutras ocasiões, era considerado como símbolo de opressão, de escravidão, de perigo e de ruína.

Quer os israelitas estivessem fugindo diante dos egípcios ou procurando fazer ou manter alianças militares com eles, as influências egípcias afetaram inevitavelmente o povo da Palestina, um país constantemente devastado por exércitos saqueadores. Muitos hebreus consideravam o Egito uma fonte infalível de abundância; outros, especialmente durante a permanência ali, o encararam, com justificadas razões, como prodigalizador de infortúnio e cativeiro.

Abrão fez sua primeira visita ao Egito pouco tempo depois de ter entrado na terra de Canaã. O seguinte versículo indica a razão que levou muitos outros a seguirem o exemplo dele (Gênesis 12:10): "Havia fome naquela terra; desceu, pois, Abrão ao Egito, para aí ficar." A vastidão das águas do Nilo e o fértil sedimento aluvial deixado em conseqüência de suas inundações anuais tornavam a falta de víveres uma ocorrência rara na terra do Egito. É bom lembrar que Jacó, neto do patriarca, procurou e obteve ali, em época de penúria, o alimento necessário para sustentar sua numerosa família, e depois ali se estabeleceu com todos os seus.

A sabedoria, o planejamento cuidadoso e o êxito de José, filho de Jacó, como primeiroministro do monarca reinante, tornaram José muito querido de Faraó e de seus súditos; mas, à medida que os séculos passavam, suas ações, impregnadas de espírito público, foram esquecidas. Encontramos o Egito num novo papel, o de opressor da numerosa descendência de José e seus irmãos, porque, do ponto de vista econômico, essa dependência começou a ser considerada como um passivo oneroso.

Embora os israelitas finalmente fugissem do Egito, acossados na fuga pela fúria vingativa dos seus opressores, havia ainda muitos deles que, ao serem confrontados com os rigores do deserto, anelavam voltar à segurança relativa de que gozavam na terra de Gósen, no delta do Nilo.

Os escribas proféticos de épocas posteriores compreenderam a necessidade de denunciar esse desejo periódico de voltar ao Egito, com toda a seqüela de prosperidade material e de oposição que isso implicaria, oposição tanto à adoração espiritual como à obediência aos Dez Mandamentos. Isaías denunciou claramente "os ídolos do Egito" (19:1). Fez ver que seus contemporâneos do oitavo século antes de Cristo estavam se rebelando contra Deus, pois em vez de reconhecer Seu conselho e Seu poder, estavam propensos a buscar "refúgio de Faraó, e abrigo à sombra do Egito" (30:2), procedimento esse que inevitavelmente levaria à vergonha e à confusão.

Oséias, contemporâneo de Isaías, condenou o povo do norte de Israel por sua falta de estabilidade. Com as palavras (7:11): "Chamam o Egito, e vão para a Assíria," deixou claro que, em vez de manter lealdade ao Deus de seus ancestrais, agiam como um pássaro atarantado, voando sem objetivo entre dois impérios pagãos.

No século seguinte, Jeremias advertiu seus compatriotas contra uma fuga para o Egito, garantindo-lhes que, em vez da paz e da fartura que anteviam, encontrariam guerra, fome e doença como punição por sua desobediência (V. Jeremias 42:13—22).

No Novo Testamento a influência do Egito torna-se mais construtiva. O Egito proporcionou um porto seguro para José e Maria e o menino Jesus quando estes fugiam da Judéia a fim de escapar ao decreto cruel de Herodes. Alexandria, no Egito, que tinha visto os preparativos para a versão dos Setenta, a primeira tradução importante do Antigo Testamento para o grego, era a cidade natal de Apolo, o eloqüente pregador cristão (V. Atos 18:24—28). O Egito foi de fato notório pela disseminação inicial do cristianismo, dentro de suas fronteiras.

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