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Vinte e Quatro Horas Bastarão?

Da edição de dezembro de 1974 dO Arauto da Ciência Cristã


Fico impressionado de ver que Jesus achou tempo para fazer tanto bem. Num ministério de cura tão breve — apenas alguns anos — esse jovem mestre de Nazaré, um ex-carpin-teiro, lançou fundamentos que iriam revolucionar o mundo.

Os quatro Evangelhos, repletos de curas e ensinamentos, relatam só uma pequena parte da carreira de Jesus. João deu uma idéia de quanto Jesus realmente fez, quando, ao concluir seu Evangelho, disse: "Há, porém, ainda muitas outras cousas que Jesus fez. Se todas elas fossem relatadas uma por uma, creio que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos." João 21:25; João certamente exagerou um pouco, mas suas palavras mostram quanto Cristo Jesus de fato fez e chamam atenção para o fato de que a limitação de tempo — somente 24 horas por dia — não predominou sobre ele.

A combinação de pressão acadêmica e falta de tempo tende a interferir com o êxito de muitos estudantes. É claro que a Ciência Cristã não consegue esticar o tempo ou acrescentar horas ao dia. Mas existe uma solução espiritual para as situações de muita pressão.

Aprendemos na Ciência Cristã que Deus, o Espírito, é Tudo, a única fonte do ser. O Espírito, a grande e única causa, é todo poderoso e sempre totalmente ilimitado. Toda nossa ação e volição têm sua origem no Espírito.

O homem é feito à imagem e semelhança de Deus, do Espírito. Vive, move-se e tem seu ser porque é a expressão do Espírito. Toda atividade do homem está sob a orientação divina do Espírito e por isso tem de ser ilimitada. O homem não é um ser mortal sujeito às tensões das limitações mortais. É espiritual, o filho de Deus, livre para expressar tudo o que se acha implícito nessa filiação divina. O homem goza da natureza ilimitada do ser divino, por estar eternamente unido a Deus.

A Sr.a Eddy define "tempo", em Ciência e Saúde, parcialmente como: "Medidas mortais; limites, dentro dos quais estão reunidos todos os atos, pensamentos, crenças, opiniões e conhecimentos humanos."Ciência e Saúde, p. 595; O tempo é em realidade apenas uma medida e não uma força poderosa a nos impelir.

O estudante universitário que tem diante de si variadas tarefas, horários de aula, um emprego, pode encontrar todo tempo de que necessita, contanto que se identifique como a manifestação do ser infinito e livre.

Muitas vezes é apenas sua limitada inspiração para o estudo ou a falta de idéias novas para escrever, que o impedem de terminar sua tarefa dentro do prazo. Mas a Mente, Deus, é a fonte de todo pensamento. O saber da Mente é sempre original, novo, inspirado e espontâneo. O saber da Mente é o único saber que está em ação, o único saber que o homem possui. Quando compreendemos que refletimos a Mente, conseguimos executar nossas tarefas mais depressa.

A Sr.a Eddy escreve, em Ciência e Saúde: "Partindo de um ponto de vista mais alto, elevamo-nos espontaneamente, assim como a luz emite luz sem esforço."ibid., p. 262; A espontaneidade, que é a natureza de nosso ser espiritual, é nossa para ser usada no reino humano.

A confiança na Mente divina destrói o medo do estudante de que sua inspiração seja limitada e elimina o esforço de longas horas na tentativa de forçar originalidade. Sabe que é o filho da Mente, sempre receptivo à revelação espontânea de tudo o que se faz necessário. Isto rompe a limitação dos "atos, pensamentos, crenças, opiniões e conhecimentos humanos", tão de perto ligados ao tempo.

A falta de tempo muitas vezes se reduz à falta de ordem na vida do estudante. É preciso saber como proceder, o que fazer a seguir. Um melhor senso de ordem se estabelece quando compreendemos que o Princípio, Deus, é o governante absoluto do universo, inclusive o homem. Ele origina e ordena todos os acontecimentos, todas as idéias, todos Os atos. Tudo se desdobra numa seqüência harmoniosa. A ordem do Princípio é eternamente exata, precisa e irresistível. Está presente agora mesmo e o homem é receptivo a ela. É impossível ao homem ficar excluído do governo do Princípio, que a tudo permeia. O Princípio não reparte seu governo com qualquer sentido mortal; é indivisível, completo. Quando aceitamos o Princípio como único governante, nossa experiência humana começa a desdobrar-se em sua ordem natural, com abundância de oportunidades para realizarmos tudo o que se faz necessário.

Qualquer argumento de limitação intelectual pode ser enfrentado, mas isto requer de nossa parte um investimento de tempo feito em estudo e oração com o fim de aprendemos mais sobre a Ciência da Vida.

Durante meus primeiros dois anos de faculdade, eu era um aluno muito fraco. Olhando para trás, posso ver que frivolamente desperdicei muito tempo. Estava decididamente, pouco inspirado, e me faltava muita ordem nos hábitos de estudo. Quando a situação se tornou realmente crítica, finalmente vi a necessidade de fazer as coisas mais importantes em primeiro lugar. Decidi estudar a Ciência Cristã sistematicamente, como se fosse uma matéria do currículo.

Gradativamente, consegui mais ordem e inspiração. Nessa ocasião também foram obtidas várias curas físicas. Quanto mais estudava e orava, melhores eram minhas notas e mais tempo me sobrava para diversões. Tudo passou a ser uma alegria em vez de uma carga.

Não é de mais tempo que precisamos; é de melhor compreensão da infinidade de Deus e das ilimitadas capacidades do homem como expressão de Deus. O assunto é decididamente infinito, e há muita coisa para ser pesquisada. Nas palavras da Sr.a Eddy: "Nem mesmo a eternidade jamais pode revelar o tudo de Deus, pois que não há limite para a infinidade ou para seus reflexos."ibid., p. 517.

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