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A Espiritualização do Pensamento por Meio da Prática da Lei Divina

Da edição de setembro de 1974 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando você pratica a Ciência Cristã de modo correto você está praticando a lei divina. Quanto mais fiel e completamente pautar seus pensamentos, palavras e ações pela lei divina, tanto mais espiritualizado será o seu pensar. Quanto mais espiritualizado o seu pensar, tanto melhor o seu trabalho de cura. A obediência que você dá à lei divina é o teste de sua espiritualidade.

Como é importante, pois, compreender o que a lei divina realmente é, e como podemos praticá-la!

O Mestre, Cristo Jesus, disse que não veio para revogar a lei mas para cumpri-la. Que lei era essa? A doutrina judaica continha os dois grandes mandamentos que compunham a resposta de Jesus: Ama a Deus e ama a teu próximo. A combinação deles, tal como Jesus a fez, poderia, ou não, ter sido a apresentação de um novo conceito. Num dos Evangelhos, Jesus pediu a um escriba que interpretasse a lei e recebeu essa resposta. V. Lucas 10:25–27;

Essa interpretação da lei era de fato básica e inclusiva. Ela sintetizava os Dez Mandamentos da Lei Mosaica. Porém a lei, sintetizada dessa maneira, não trouxera a salvação aos que a seguiam tão estritamente quanto podiam. Por certo havia muitos rabinos que eram estudantes sinceros de sua teologia e que se dedicavam zelosa e fervorosamente à aplicação desse conceito da lei divina, buscando amar a Deus como eles O conheciam e amar ao seu próximo o melhor que pudessem, de acordo com seu mais elevado conceito de amor.

Mas nenhum deles curava os doentes e ressuscitava os mortos do modo como Cristo Jesus o fez. Por quê? Por que não lhes era suficientemente bom amar a Deus e ao homem o melhor que pudessem? Porque a humanidade necessitava de uma compreensão mais elevada da lei divina a fim de estar habilitada a cumpri-la. Foi essa a razão da vinda de Cristo Jesus. Sua missão foi o cumprimento da lei.

Seu último e culminante ensinamento aos discípulos está relatado no Evangelho de João, capítulos 13 a 17. Sob vários pontos de vista esse ensinamento pode bem ser considerado como a sua aula do Curso Normal, o ensinamento mais elevado de Jesus, a instrução final com que preparou os discípulos para prosseguirem tal como ele o fizera, levando adiante sua missão de ensinar ao mundo o modo de cumprir a lei.

Em vários pontos dessa pregação Jesus se refere ao novo mandamento que viera dar a eles e, portanto, ao mundo. Em João 13:34 e 15:9 e 12, deixa claro que esse novo mandamento é de que nos amemos uns aos outros da mesma maneira como ele nos amou, e que ele nos amou da maneira como Deus o amou.

Isso é, então, o cumprimento da lei. Essa é a mais alta interpretação que temos da lei divina — de que amemos divinamente. Mary Baker Eddy sintetiza isso do seguinte modo: “Jesus ajudou a reconciliar o homem com Deus, dando ao homem um conceito mais verdadeiro do Amor, o Princípio divino dos ensinamentos de Jesus, e esse conceito mais verdadeiro do Amor redime o homem da lei da matéria, do pecado e da morte, pela lei do Espírito — a lei do Amor divino.” Ciência e Saúde, p. 19;

É essa lei do Amor divino que somos chamados a praticar. Não é bastante tentar amar a Deus e ao homem a partir de um ponto de vista humano. Isso é melhor do que não amar absolutamente nada, mas o amor humano, por mais fervoroso e bem intencionado, não espiritualiza o pensamento a ponto de que possa curar como Jesus curava. Não é bastante ser obediente à lei humana, por muito indispensável que isso seja. Temos de obedecer à lei divina, praticar a lei divina.

Temos de amar da maneira como Cristo Jesus amava. Parece que requer muito esforço, muita prática, o elevarmos nosso amor a esse nível. Mas praticar a lei do Amor divino é a maior alegria que nos pode sobrevir. Uma vez que Deus é Amor e Deus é Mente, quando amamos de modo divino amamos não apenas bem, mas com sabedoria, inteligência e compreensão. Nosso amor nunca é falto de inteligência ou tolo, nunca está enganado ou mal dirigido em qualquer de suas manifestações.

Tal amor, a mais alta expressão da lei divina na experiência humana, é sempre justo, divinamente ordenado. É amor espiritual, não físico; é fervoroso, cálido, e divinamente delicioso, mas nunca lascivo, sensual, fugidio e autoderrotador.

Quando praticamos a lei do Amor divino, nosso pensamento inevitavelmente é erguido a um plano mais espiritual. Para amar mais espiritualmente, temos de pensar espiritualmente. Quando amamos divinamente, estamos amando eficazmente, com êxito, de modo frutífero, amando da maneira como Cristo Jesus orou a Deus pedindo-Lhe que desse a seus discípulos a capacidade de amar: “Eu lhes fiz conhecer o teu nome e ainda o farei conhecer, a fim de que o amor com que me amaste esteja neles e eu neles esteja.” João 17:26.

A prática dessa lei divina do Amor aplicada de todo o coração, de ânimo alegre e inspirado em tudo o que fazemos, cumpre a lei, espiritualiza verdadeiramente o pensamento e leva a missão curadora da Ciência Cristã a uma plena fruição em nossas vidas.

A lei divina do Amor é afinal a única lei. O ser espiritual é o único ser. A lei humana, tal como o amor humano, serve a um propósito muito útil no seu plano de existência, mas ela às vezes está errada, é falha e incerta. Somente a lei divina é sempre justa, sempre certa de ser cumprida; somente a lei divina do Amor abençoa eleva e cura sempre.

Aquele que com a maior sinceridade e capacidade pratica, em seu mais alto nível, a lei humana iluminada, tal como o rabino zeloso do tempo de Jesus, é como uma criança ante o conceito e a aplicação infinitamente sábios e supremamente justos da lei imutável do Amor divino. Os Cientistas Cristãos são praticistas dessa lei, moralmente obrigados por seu Manual da Igreja a uma obediência implícita ao novo mandamento de Cristo Jesus. O artigo 8º, § 1º do Manual de A Igreja Mãe de autoria da Sr.a Eddy, intitulado “Regra para Motivos e Atos”, diz em parte: “Nem a animosidade nem o afeto puramente pessoal devem ditar os motivos e os atos dos membros de A Igreja Mãe. Na Ciência, só o Amor divino governa o homem, e o Cientista Cristão reflete os suaves encantos do Amor, repreendendo o pecado, em verdadeira fraternidade, caridade e perdão.”

Nós não nos descartamos do amor humano ou o jogamos de lado como se não tivesse valor. Esse amor é a coisa mais elevada, mais doce e mais preciosa que se conhece antes que se descubra a lei do Amor divino. Ao contrário, esse amor humano é enaltecido, espiritualizado, enobrecido e transformado até que finalmente vivamos e tenhamos o nosso ser como manifestações individuais e infinitas do Amor divino, cuja lei une todo o ser na sua própria natureza e substância. Essa foi a missão de Cristo Jesus, e essa é a missão da Ciência Cristã.

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