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Como Melhorar Nosso Relacionamento com Outros

[Original em alemão]

Da edição de setembro de 1974 dO Arauto da Ciência Cristã


Deus, o bem onipotente, é o criador e preservador de tudo o que realmente existe. Como Deus é Espírito perfeito, o verdadeiro homem, criado à Sua imagem e semelhança, não pode ser material ou discordante. O homem é a expressão espiritual e imortal da Vida divina.

Toda evidência em contrário, inclusive relações desarmoniosas, origina-se tão somente da crença material e transitória de vida e consciência na matéria. Cristo, a manifestação divina de Deus, que Jesus exemplificou humanamente, destrói essa ilusão.

Tomamos Cristo Jesus como nosso modelo por nos desfazermos das coisas que resultam da ignorância e do mal, tais como contendas, malícia, coação, egotismo, dureza de coração, justificação própria, sede de poder, inveja e mentira. Com esse objetivo devemos diariamente estudar e orar para nós mesmos; devemos estar continuamente alerta, examinando e vigiando nossas opiniões acerca do próximo e nosso comportamento em relação a ele.

Então, podemos compreender a verdade absoluta de que, como todos os indivíduos originam-se em Deus e estão em união com o Amor divino, uma idéia não pode estar em divergência com outra, ou então prejudicá-la. Todas as idéias espirituais da Mente divina estão afetuosamente unidas. Nunca trabalham umas contra as outras, mas fazem conjuntamente a obra de Deus e obedecem somente à Sua vontade.

O desconhecimento de que nos afastamos da verdadeira natureza e das conseqüências oriundas do mau comportamento, podem ser explicados por meio de um exemplo. Muitas pessoas estão escravizadas à crença de que têm má memória para lembrar fisionomias, ou, em outras palavras, que não reconhecem as pessoas que conheceram anteriormente, e assim, sem querer, as ignoram quando as encontram de novo. Isso faz com que haja pessoas que se sentem ofendidas com essa aparente ofensa pessoal, enquanto que o responsável por tal atitude ignora completamente que tenha magoado alguém.

Similarmente, o desconhecimento de si mesmo poderá fazer-nos acreditar que, se somos tratados indelicadamente, isso é culpa exclusiva do outro. Possivelmente, sem sabermos, nossa maneira impulsiva de agir e falar, ou uma tendência de criticar ou dominar, ofende nossos amigos. Um verso dum poema alemão diz o seguinte:

Vigia tua língua, sem cessar.
Cedo demais uma palavra má escapou.
Ó Deus, não havia aí um pensamento mau sequer,
Mas a cálida amizade já fria se tornou. F. Freiligrath, “Der Liebe Dauer” ;

A Bíblia exige que amemos nosso próximo. Será que fazemos isso honesta e desprendidamente, e sem exceções? Todos os homens são nossos irmãos, pois somos todos filhos de Deus. Se a maneira de ser de alguém não nos agrada, não nos compete julgá-lo severamente ou condená-lo. “Deus não faz acepção de pessoas.” Atos 10:34; O Amor divino não exclui ninguém. Que direito temos nós de fazê-lo?

Não podemos esperar mudar o próximo de acordo com nossas próprias convicções, mas podemos mudar nossa maneira de pensar acerca dele e tentar vê-lo como a idéia divina irrepreensível que ele realmente é, idéia essa que expressa individualmente a diversidade da criação de Deus. Guardemo-nos, também, do desejo de, a todo momento, aconselhar e corrigir nosso próximo, o que, apesar de bem intencionado, é freqüentemente interpretado como arrogância e ofensa. Cada indivíduo está num nível diferente de compreensão rumo à perfeição. Sejamos para outros um exemplo digno de ser emulado. Servimos melhor o nosso próximo por meio da bondade, do que sabendo mais do que ele sabe.

Tratemos de nunca ficarmos de lado, feridos e ressentidos, quando algo não nos agrada. Não nos isolemos de nosso próximo. Ao contrário, sejamos sempre simpáticos e atenciosos, expressando amor e perdão. E mostremos isso aberta e perceptivelmente por meio de atos e da expressão de nosso rosto. Levando em conta nossas próprias fraquezas, tenhamos terna consideração com as pequenas fraquezas de nosso próximo.

Devido ao conhecimento de si mesmo é possível vencer a descortesia, a justificação própria e a antipatia pessoal, e sentir a afeição dos filhos de Deus, que são inseparáveis um do outro no amor de Cristo. À medida que procurarmos nosso bem-estar na alegria de outrem, nosso falso sentimento de auto-apreço dará lugar à compreensão do amor envolvente de nosso Pai-Mãe Deus para com todos os Seus filhos, indistintamente, e a humildade genuína inundará gradativamente o nosso pensamento.

A Sr.a Eddy escreve em Miscellaneous Writings: “Tende apreço pela humildade, «vigiai» e «orai sem cessar», ou errareis o caminho que conduz à Verdade e ao Amor. A humildade não é intrometida: ela não tem tempo para bisbilhotar a vida de outros, não tem lugar para inveja, não tem tempo para conversa fiada, divertimentos vãos, e todos os demais et cetera dos meios e recursos do sentido pessoal.” Mis., pp. 356–357;

Estejamos alerta para que em nosso relacionamento com outros, não sejamos manipulados ou influenciados por qualquer forma de erro. Pelo contrário, adotemos todas as qualidades do bem, que são expressadas em obediência aos mandamentos de Deus, sob a forma de bondade e caridade, de honestidade, pureza, desprendimento e prestimosidade. Então seremos redimidos “do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus” Romanos 8:21;.

No livro-texto, Ciência e Saúde, a Sr.a Eddy nos dá um breve resumo dos assuntos mais importantes, os artigos de fé, da Ciência Cristã. Esses encerram com esta declaração: “E prometemos solenemente vigiar, e orar para haver em nós aquela Mente que havia também em Cristo Jesus; fazer aos outros o que desejamos nos façam; e ser misericordiosos, justos e puros.” Ciência e Saúde, p. 497.


O amor não pratica o mal contra o próximo;
de sorte que o cumprimento da lei é o amor.

Romanos 13:10

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