Cristo Jesus ficou famoso não só por seus ensinamentos, mas também por sua habilidade de curar.
“Trouxeram-lhe, então, todos os doentes, acometidos de várias enfermidades e tormentos: endemoninhados, lunáticos ... E ele os curou.” Mateus 4:24;
A Ciência Cristã, que está de acordo com os ensinamentos de Jesus, mostra que o mal, sob qualquer nome ou forma, é irreal e impotente. Prova que o homem é a expressão imaculada e serena de Deus. O homem nunca pode incluir ou possuir coisa alguma que não seja boa, e o modo de pensar errôneo ou demoníaco jamais pode possuir o homem. Em verdade não existem dois poderes limitados e opostos, o bem e o mal, mas um só poder, o bem onipotente.
As crenças e teorias sobre demônios pessoais têm persistido no pensamento humano através de muitos séculos. A aparente influência do mal tem sido personificada nas artes como uma figura grotesca com chifres, cascos e cauda. Tais representações são totalmente enganosas, pois aquilo que é sempre uma completa nulidade não pode ser retratado ou transmitido, seja em figuras, seja em palavras.
Mesmo numa época que poderíamos chamar de culta e instruída, muitas pessoas ainda parecem ter uma crença latente num demônio pessoal — acreditam em algum tipo inexprimível de um ser mau que as conhece e quer causar-lhes mal.
Os elementos da superstição podem persistir até que cheguemos a pensar de um modo espiritualmente científico. As superstições fomentadas em revistas e filmes, quando aceitas como fatos pelos leitores e espectadores, tendem a externar-se — segundo a crença mortal mentirosa — em acontecimentos bizarros ou mesmo fatais. Em Ciência e Saúde, a Sr.a Eddy afirma: “A mente mortal vê o que crê, tão certamente como crê no que vê. Sente, ouve e vê seus próprios pensamentos.” Ciência e Saúde, p. 86; Mas, segundo a Ciência Cristã, a mente mortal é uma crença que todos nós podemos dominar por meio da compreensão e do viver espirituais.
Qualquer “evidência” da validade da superstição é falsa, pois a própria superstição está baseada no mistério e na ignorância de um conceito inteiramente material e inverídico do ser. A evidência que parece reforçar a crença no oculto é sempre uma simulação — provém do sentido material que se engana, pensando que suas percepções derivadas da matéria sejam dignas de fé.
A Ciência Cristã, apoiando-se na base de uma Mente infinita e asseverando o poder e a presença do bem, resolve os mistérios psíquicos. Ao pôr a descoberto o sentido material e suas maquinações aparentes — e ao afirmar a totalidade do Amor — contraria totalmente as pretensões do mal e qualquer aparente efeito dele.
Na história quimérica do pensamento mortal, muitas coisas estranhas e “inexplicáveis” têm aparentemente ocorrido. Contudo, elas não ganham realidade só porque são amplamente acreditadas. A Ciência Cristã, com a brilhante luz do pleno dia, a romper a névoa, reassegura-nos da preeminência e totalidade do bem, e espanta o mal e todo o seu mistério. A Sr.a Eddy escreve: “A Ciência dissipa o mistério e explica os fenômenos extraordinários; porém a Ciência nunca transfere os fenômenos do domínio da razão para o reino do misticismo.” ibid., p. 80;
Para muitos, os tempos atuais são tempos de crise espiritual — parece haver incerteza quanto à onipotência e onipresença do bem, que, na Ciência Cristã, é inseparável de Deus. Tem-se dito que os homens, quando cessam de crer em Deus, não é por não crerem em nada, mas sim por crerem em qualquer coisa. Uma mórbida fascinação pelo horror e pela violência pode tomar lugar no vácuo que aparece quando a confiança em Deus enfraquece. Por meio da aceitação da compreensão espiritual científica, Deus, o bem, deixa de ser misterioso. A Ciência Cristã auxilianos a obter a compreensão de Deus que podemos demonstrar em calma e confiança, em saúde e estabilidade invariáveis.
Ajudar-nos a atingir essa compreensão é uma função da Igreja, definida em Ciência e Saúde deste modo: “A estrutura da Verdade e do Amor; tudo o que assenta no Princípio divino e dele procede.
“A Igreja é aquela instituição que dá provas de sua utilidade e que vem elevando a raça, despertando de suas crenças materiais a compreensão adormecida, para que perceba as idéias espirituais e demonstre a Ciência divina, expulsando assim os demônios, ou o erro, e curando os doentes.” ibid., p. 583; É função da Igreja expulsar demônios — todo o mal, o negativismo, a obscuridade, a dor e a morbidez em que o termo implica.
A Ciência Cristã — tal como Cristo Jesus — provou por vezes incontáveis que o mal, sob qualquer forma ou disfarce em que se apresente, quando confrontado com a afirmação da onipotência e presença do bem, tem que recolher-se no esquecimento donde pareceu ter vindo — mas nunca veio. Todos podem confirmar o efeito do conselho de Tiago: “Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.” Tiago 4:7.