Quando Deus apareceu a Salomão em sonho, perguntando o que lhe deveria dar, Salomão respondeu: “Dá, pois, ao teu servo coração compreensivo para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal.” De acordo com esse pedido abnegado, o cronista do Antigo Testamento relata que Deus declarou: “Eis que faço segundo as tuas palavras: dou-te coração sábio e entendido ... Também até o que me não pediste eu te dou, assim riquezas como glória.” 1 Reis 3:9, 12, 13;
Lucas relata que Cristo Jesus esclareceu a seus discípulos: “A vida é mais do que o alimento, e o corpo mais do que as vestes. ... Vosso Pai sabe que necessitais delas. Buscai ... o seu reino [o reino de Deus], e estas coisas vos serão acrescentadas.” Lucas 12:23, 30, 31; E em nossa época, diz a Sr.a Eddy em Ciência e Saúde: “O desejo é oração; e nenhuma perda nos pode advir por confiarmos nossos desejos a Deus, para que sejam modelados e sublimados antes de tomarem forma em palavras e ações.” Ciência e Saúde, p. 1; Essas três declarações, embora separadas entre si por muitos séculos, apontam para a mesma verdade espiritual de que Deus, o Espírito, a Mente divina e onisciente, é a fonte e a substância de toda a vida e de todo o bem.
Quando os homens precisaram de um martelo, de uma roda, de um telefone, ou de um meio de transporte para ir à lua, não esperaram que a matéria se agregasse para formar essas peças. Invenções úteis são um produto da inteligência e a inteligência se torna cada vez mais acessível à humanidade à medida que a mesma compreende que a sua fonte é espiritual, a emanação da Mente divina.
A Mente imortal, expressada em pensamentos espiritualizados, é a fonte de toda invenção autêntica. Explicando esse assunto à luz da Ciência Cristã, a Sr.a Eddy diz: “A realidade da Mente mostra de modo concludente como é que a matéria parece existir, mas não existe. A Ciência divina, que se eleva acima das teorias físicas, exclui a matéria, reduz as coisas a pensamentos, e substitui os objetos do sentido material por idéias espirituais.” ibid., p. 123;
Como engenheiro, trabalhei no campo de pesquisas durante muitos anos. Esse cargo implicava no desenvolvimento de inúmeras patentes. Nessa função eu aplicava minha compreensão da Ciência Cristã e empenhavame sempre em compreender que as verdadeiras idéias de que eu precisava eram fruto da inteligência da Mente. Eram oriundas da Mente e não se originavam num cérebro humano. Isso elevou meu pensamento a possibilidades ilimitadas que não ficavam restritas àquilo que a evidência material parecia sugerir.
O resultado desse método de trabalho foi demonstrado maravilhosamente no desenvolvimento de um processo que tanto os compêndios como os representantes técnicos das três principais associações do país consideravam de êxito muito duvidoso. De acordo com os sentidos humanos e a tecnologia de então, o projeto era considerado impraticável, não havendo razão alguma para tentar desenvolvê-lo.
Realmente, levamos muitos anos nele, às vezes sem quaisquer resultados positivos. Mas o aspecto maravilhoso a respeito de todo o projeto é que, após cada tentativa mal sucedida, se nos revelava uma idéia nova e melhor. Esses repetidos esforços não se constituíam em experiências deprimentes, mas sim em oportunidades animadoras e até inspiradoras para demonstrar com maior firmeza a fonte invariável da inteligência. O resultado final foi um sucesso completo e de grande valor financeiro para a companhia em que eu trabalhava.
Quando nos apoiamos na Mente divina, sabendo que a Mente não é limitada por hipóteses humanas, somos libertados das limitações impostas por essas hipóteses. A Sr.a Eddy diz: “A observação, a invenção, o estudo e o pensamento original espalham-se e devem promover o desenvolvimento da mente mortal, para que esta sais para fora de si mesma, para fora de tudo o que é mortal.” ibid., p. 195.
