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Pão para Béti

Da edição de janeiro de 1975 dO Arauto da Ciência Cristã


Béti sempre gostara da escola e saía apressada de manhã para ter tempo de brincar com as amigas antes do início da aula. Mas, nas últimas semanas, andara saindo mais tarde e recentemente chegara à escola depois que o sinal já tinha batido.

Certa noite, depois que Béti estava deitada, e sua mãe e ela tinham dito a Oração do Senhor, Béti começou a chorar. Não havia contado à mãe qual era o problema. Achara que já tinha idade suficiente para solucionálo sozinha por meio da oração, usando as verdades que aprendera na Escola Dominical da Ciência Cristã. Tentara, mas as coisas não tinham mudado.

“Por que minhas orações não são atendidas?” soluçou ela.

“Qual é o problema, querida?” perguntou a mãe.

“Sabe, aquela nova colega de aula — a Diana? Por alguma razão ela não gosta de mim e está fazendo todo mundo ficar contra mim. Sei que não sou boa corredora e nem atiro bem a bola. Diana joga bem e começou a dizer a todos que não vai jogar no time se me deixarem jogar. Ela é realmente rápida e tem resistência e todos querem que ela fique do lado deles, e assim daqui a pouco ninguém me deixa jogar mais.

“Orei para vê-la como filha perfeita de Deus. Tentei, sinceramente, amá-la. Mas em vez das coisas melhorarem, pioraram. E assim, simplesmente abandonei todos.”

“Talvez Diana apenas precise ver que você sabe fazer bem outras coisas”, disse a mãe. “Você é ótima nadadora e patinadora. E, será que ela sabe que você gosta de escrever histórias e poemas?”

Béti gemeu. “Ela descobriu. A professora, outro dia, me pediu para ler um poema em aula, e no recreio toda vez que Diana me via, gritava: «Olhem a bonequinha. Ela escreve poemas. Por que ela não fica em casa, com a mamãe?» E hoje disse para Lynn que eu havia contado às outras garotas algo horrível sobre ela, e agora também a Lynn não fala comigo. Nunca mais vou à escola.”

A mãe de Béti colocou o braço ao redor dela. Sentou silenciosa, atenta a uma idéia vinda de Deus que lhe indicasse qual a coisa certa a dizer. Finalmente, disse: “Béti, Cristo Jesus ensinou seus discípulos a orar. Repetimos essa oração todas as noites e sabemos que a Oração do Senhor de fato cura. Vamos pensar um pouco sobre a frase que diz: «O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.»” Mateus 6:11;

Béti pareceu aborrecida: “Não preciso de pão. Preciso de amigos.”

“Certamente você precisa de amigos”, concordou a mãe. “Por isso vamos ler a explicação que a Sr.a Eddy dá para essa frase: «Dá-nos graça para hoje; alimenta as afeições famintasCiência e Saúde, p. 17. Se temos «graça», estamos fazendo coisas que agradam a Deus.”

“Mas orei e tentei ser amável com ela”, disse Béti.

“Sim, você fez certo, mas é lógico que é necessário algo mais. O resto da frase é: «Alimenta as afeições famintas.»”

Béti levantou os olhos. “Você não precisa explicar isso. «Faminto» significa estar morrendo de fome e eu tenho tanta fome de alguma amizade que mal posso me agüentar.”

A mãe sorriu. “Essa é a fome que vai ser satisfeita. «O pão nosso de cada dia» não quer dizer necessariamente só algo para comer. Pode significar qualquer coisa que pareça estar faltando em nossas vidas. Você não pode ter falta de amigos. Ninguém pode estar privado do amor de Deus. Deus sempre alimenta as «afeições famintas» de todos.”

E assim Béti orou para saber que as afeições famintas de todos seriam alimentadas.

Uma semana mais tarde ela irrompeu pela pela porta da cozinha com a face radiante. “Sabe o que aconteceu na hora do recreio?” perguntou sem fôlego. Antes que a mãe pudesse responder, continuou: “A Diana me pediu desculpas pelo modo como tem agido e convidou-me para jogar!”

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