Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

“O «macho e fêmea» da criação de Deus”

Da edição de maio de 1975 dO Arauto da Ciência Cristã


No primeiro capítulo de Gênesis lemos: “Disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. .. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem. .. homem e mulher os criou.” Gênesis 1:26, 27; A Ciência CristãChristian Science — pronuncia-se: kris’tiann sai’ennss diz, nas palavras de Mary Baker Eddy: “Que apareçam o «macho e fêmea» da croação de Deus.” A Sr.a Eddy prefacia isso, no livrotexto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, nestas palavras: “Aceitemos a Ciência, renunciemos a todas as teorias baseadas no testemunho dos sentidos, abandonemos os modelos imperfeitos e os ideais ilusórios; e tenhamos assim um Deus único — uma Mente única — e este Deus, perfeito — produzindo Seus próprios modelos de excelência.” Ciência e Saúde, p. 249;

A Sr.a Eddy adverte, porém, que a intimação: “Que apareçam o «macho e fêmea» da criação de Deus” não se concretiza mediante petições vãs, pensamentos obcecados, ou vontade humana. Essa ordem implica em ceder efetivamente às exigências de Deus. Requer que o indivíduo manifeste boa vontade e vigilância, obediência, humildade e amor. Afim de que “o «macho e fêmea» da criação de Deus” possam aparecer em nós mesmos, é preciso travar enorme luta com o próprio eu, uma profunda regeneração espiritual que repudie o eu material e reconheça o homem à semelhança de Deus, como expressão individual do Ser completo que é Deus.

O divino Princípio criador, ou seja, Deus, é o Pai-Mãe de Sua própria criação. Não há linha divisória entre Pai e Mãe, não há fricção, nem separação. Em união indissolúvel, o infinito Pai-Mãe inclui o Filho ou a idéia espiritual, pois sem o Filho não haveria Pai nem Mãe. A infinita individualidade, ou inteireza de Deus, é refletida através de toda a criação no ser completo do homem individual e espiritual.

Aquilo que é cientificamente verdadeiro, é demonstrável na vivência humana e, para ser manifestado, aguarda apenas uma compreensão mais ampla acerca de Deus. Numa entrevista com um reporter, que está registrada no seu livro The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, (V. pp. 346–347), a Sr.a Eddy se refere a Cristo Jesus e à Ciência Cristã como as duas testemunhas que revelam a natureza de Deus, tanto masculina como feminina. A idéia espiritual incorpórea, ou Cristo, surgiu à humanidade, pela primeira vez, em sua plenitude, como o homem Jesus, o qual demonstrou que Deus é o Pai de todos. A segunda vinda do Cristo é o Consolador prometido, que veio a toda a humanidade em cumprimento da profecia que revela Deus, em sua natureza de mãe. Nada, a não ser essa revelação do Amor infinito, esse Cristo vivente, a Verdade, pode satisfazer as aspirações e os anelos humanos e emancipar a raça humana.

A Sr.a Eddy reconheceu, nessa revelação, o Cristo incorpóreo. Sabia que não fora ela quem dera origem à revelação. Escreveu o livro-texto como alguém que estivesse sob ordens celestiais, e que para todo o porvir permanecerá como a querida e venerada Descobridora, Fundadora, e Líder da Ciência Cristã. Essa segunda vinda do Cristo tinha de se dar por intermédio de uma mulher, pois traz à luz a idéia espiritual da natureza feminina, a qual completa a revelação de Deus como Pai-Mãe.

Somente “o «macho e fêmea» da criação de Deus” apresenta a idéia da infinidade do Amor divino. No segundo capítulo do Gênesis, a narrativa material da criação, na qual a separação do sentido mortal entre o macho e a fêmea é enfaticamente apresentada, cada um desses dois seres está insatisfeito e é incompleto. Essa ilusão que os leva a se sentirem incompletos, coopera com o pecado.

A Ciência Cristã permite-nos demonstrar que o Pai-Mãe, valendo-se da amplidão do Seu ser completo, fornece, aqui e agora, todas as características próprias do homem e da mulher. Para o homem que está no mundo dos negócios e que sente falta de confiança em si mesmo, essa verdade significa confiança. Para a mulher escravizada pela timidez e pelo acanhamento, significa liberdade e a alegria de poder expressar sua individualidade. Para alguém que se ache curvado sob o peso de uma sensação de fracasso, significa oportunidade renovada, domínio e êxito. Ela garante a todo indivíduo a demonstração do ser completo em si mesmo, que em Deus, o bem, encontra sua inteireza. Não há tarefa demasiado difícil, nem necessidade demasiado grande, nem problema excessivamente sério, nem doença de demasiada duração, nem tristeza profunda demais, que a inteireza do Amor divino não possa curar.

O mundo está observando os Cientistas Cristãos a fim de ver como a Ciência Cristã atende à necessidade humana. Jamais o mundo esteve tão consciente de suas deficiências, jamais a face horrenda do pecado se exibiu em tão completa nudez. Que é que está a agir no pensamento humano para que todo esse erro venha à tona? É a Ciência divina do Cristo que está levedando o pensamento do mundo.

O desassossego da humanidade, seu profundo descontentamento com o passado — sua rebelião contra os convencionalismos, seu esforço em evadir-se por meio de drogas, sua exagerada condescendência com a liberdade sexual, juntamente com os preconceitos raciais, as injustiças civis e políticas do mundo e os seus conflitos — são as dores de parto a anunciar que o novo nascimento no Espírito está convulsionando e transformando o mundo. E exatamente no âmago dessa transformação — de fato, no impulso inicial — está o Cristo, revelado na Ciência Cristã. O novo nascimento no Espírito está trazendo à luz “o «macho e fêmea» da criação de Deus”, e a mente mortal está dizendo: “Não deixes que isso apareça!”

O profeta Ezequiel proclamou o veredicto de Deus: “Ruína! Ruína! A ruínas a reduzirei, e ela já não será, até que venha aquele a quem ela pertence de direito; a ele a darei.” Ezequiel 21:27; Nessa reviravolta final todos podem encontrar refúgio no esconderijo do Altíssimo, por aprender a conhecer Deus de modo correto. Só mediante estudo aprofundado da Bíblia e das obras de autoria da Sr.a Eddy, estudo este feito em oração, e mediante obediência diária à lei de Deus é que nós nos revestimos da Mente de Cristo. A superficialidade não nos dará a necessária compreensão. O Cientista Cristão precisa espiritualizar seus pensamentos para que possa repreender o pecado e a doença nele mesmo, e assim falar ao erro com a autoridade do Cristo.

Enquanto a questão sexual ocupar em tão grande escala o pensamento da humanidade e o pacto matrimonial for ignorado tantas vezes, há de parecer que o erro do materialismo e o desrespeito às leis estejam em expansão. A hora presente requer vigilância, um despertar tal como nunca dantes experimentamos. “Nesta época a mente mortal trabalha silenciosamente, tanto no interesse do bem como do mal, de um modo pouco compreendido; daí a necessidade de vigiar, e o perigo de ceder às tentações provenientes de causas que em períodos anteriores da história humana não existiam.” Miscellaneous Writings, p. 12; Com essas palavras a Sr.a Eddy previne insistentemente a humanidade. O Cientista Cristão sabe que sua defesa é a Mente pura, e nada menos que isso bastará. A Mente pura está presente e à disposição de todo homem, mulher e criança, em todos os tempos, porque a Mente pura é Deus, o bem sempre-presente, auto-afirmativo e triunfante, que o homem reflete.

A desobediência às leis, que procura afirmar-se no crime lançando a autodisciplina aos ventos, que ignora o pacto matrimonial e busca uma escapatória nas drogas, foi figurativamente descrita no Apocalipse como a mulher chamada “Babilônia”, a personificação mítica da luxúria. V. Apoc., capítulos 17–18; A Ciência Cristã denuncia este falso estado mental e sua conseqüente perdição. Esse sentido errado é o antípoda da Ciência divina.

A Sr.a Eddy era insistente ao exigir de seus seguidores a obediência à lei. Insistia em adopção legal e casamento legal. Em Retrospecção e Introspecção ela diz: “Guardai-vos da sugestão sutilmente oculta de que o Filho do homem será glorificado, ou a humanidade beneficiada, por qualquer desvio da ordem prescrita pela graça superna.” Ret., p. 85;

Os Dez Mandamentos nunca ficarão obsoletos, nem podem eles ser suprimidos, porque não são instrumentos humanos, nem feitos pelo homem, mas sim uma enunciação divina da lei espiritual fundamental. Os Mandamentos não são substituídos pelas Bem-aventuranças. Encontram seu cumprimento nas Bem-aventuranças. Sem os Mandamentos não há Bem-aventuranças.

O ministério todo do Mestre resumia-se em amor a Deus e ao homem. Mas que é que ele dizia dessas coisas? Percorrendo a Galiléia, ensinando nas sinagogas deles, pregando o evangelho do reino e curando toda espécie de doenças — por entre a multidão que o comprimia — disse ele: “Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas: não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: Até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da lei, até que tudo se cumpra.” E acrescentou: “Se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus.” Mateus 5:17, 18, 20.

Hoje em dia a sociedade luta na busca frenética da perfeição no mundo, da autocompletação que só pode ser alcançada espiritualmente. Um grande despertar moral está em andamento, um despertar que por fim há de trazer paz, segurança e satisfação permanentes a toda a humanidade. Esse despertar tem seus alicerces nos Dez Mandamentos e seu cumprimento nas bênçãos das Bem-aventuranças. Aqueles representam a força do Princípio e estas a ternura do Amor, “o «macho e fêmea» da criação de Deus”. Sem os Mandamentos não podem existir as Bem-aventuranças, e vice-versa. Juntos, o Decálogo e o Sermão do Monte, formam um código moral dado por Deus, código esse que nunca pode ser abandonado ou relegado ao passado.

Daí o soar da trombeta da sabedoria que nos exorta a que “aceitemos a Ciência, renunciemos a todas as teorias baseadas no testemunho dos sentidos, abandonemos os modelos imperfeitos e os ideais ilusórios”. Então teremos “um Deus único. .. produzindo Seus próprios modelos de excelência”. “O «macho e fêmea» da criação de Deus” aparecerão de modo prático em nossas vidas diárias na proporção em que crescermos em compreensão espiritual, deixarmos de lado as falsas crenças carnais e demonstrarmos a inteireza eterna e inquebrantável de Deus e do homem.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / maio de 1975

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.