Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

O ritmo do universo de Deus

Da edição de maio de 1975 dO Arauto da Ciência Cristã


Nos tão conhecidos versículos que dão início ao Evangelho segundo João, lemos: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.. .. Todas as cousas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez.” João 1:1, 3; O Verbo é a auto-revelação da atividade de Deus, a envolver toda a criação. No universo de Deus, o desenvolvimento do bem é contínuo, de acordo com a lei divina é ele o aparecimento constante do terno amor de Deus por Sua criação através do Cristo, a Verdade, revelando a perfeição do homem em união com o bem.

A Ciência Cristã revela que a criação de Deus constitui-se de idéias espirituais que se desenvolvem no ritmo da Vida eterna, da Verdade e do Amor. O universo espiritual, inclusive o homem à semelhança de Deus, manifesta infalivelmente o ritmo da Vida divinamente impelida. Esse ritmo é garantido e sustentado pela lei de Deus, e está para sempre em concordância com a harmonia, com a eternidade, e com a inalterável perfeição. Esse desenvolvimento do bem através das idéias da Mente demonstra Deus, a Mente infinita, a refletir-se em Sua criação em movimento e harmonia perpétuos. Essa Mente criadora envolve e reflete na sua própria infinidade toda idéia de Deus, toda individualidade e identidade. O desenvolvimento do ser espiritual prossegue sempre, expressando a continuidade e a coexistência do Princípio e da idéia divinos.

Assim como na música há uma seqüência no ritmo na qual não só há movimento, mas sim movimento com ordem e harmonia, assim no ritmo do universo de Deus, o bem se desenvolve na ordem da lei divina — o bem a reproduzir e a salientar constantemente o bem, o bem a aparecer sempre como a expressão da Mente oni-ativa e todo-harmoniosa.

Em Não e Sim, Mary Baker Eddy declara: “Para Deus, conhecer é ser: isto é, o que Ele conhece deve existir verdadeira e eternamente.” Não e Sim, p. 16; Uma vez que é o que Deus conhece o que dá a existência ao homem, o ser que Deus ordenou ao homem desenvolve-se de acordo com os desígnios da Alma, no ritmo da Vida eterna, salientando e expressando constantemente o bem. Aí encontramos o homem como reflexo de Deus, a alegrar-se sempre no eterno desenvolvimento da bondade e do amor de Deus.

Entretanto, se julgarmos o universo e o homem de acordo com o testemunho dos sentidos materiais, acharemos que não é a harmonia, mas a desarmonia, não é a perfeição, mas a imperfeição, não é a ordem perpétua, mas o acaso e a mudança, que parecem controlar a vida e o ser do homem. A mente carnal, contrária a Deus e à Mente divina, cria a impressão de um universo oposto à criação espiritual completamente boa descrita com tanta habilidade no primeiro capítulo do Gênesis. Essa ilusão da mente mortal de que há uma existência separada de Deus pretende ter um ritmo característico seu próprio: começo e fim, nascimento, crescimento, maturidade e dissolução — um ritmo da vida mortal que por fim culmina em morte.

Denunciando essa ilusão da mente carnal e declarando a harmonia ininterrupta de tudo o que Deus cria, a Sr.a Eddy escreve em seu livro Miscellaneous Writings: “A Mente imortal é Deus, o bem imortal; em quem as Escrituras dizem que «vivemos, nos movemos, e existimos». Essa Mente, pois, não está sujeita a crescimento, mudança, ou diminuição, mas é a inteligência divina, ou Princípio, de todo ser real; e que mantém o homem para sempre no círculo rítmico de uma felicidade que se vai desdobrando, como testemunha viva e idéia perpétua do bem inexaurível.” Mis., pp. 82–83;

Cristo Jesus por certo compreendeu este ininterrupto “círculo rítmico” da harmonia como a lei básica do universo espiritual de Deus, a qual, se compreendida, dá ao homem domínio sobre toda a terra; pois ele curou enfermos, andou sobre as ondas, reformou pecadores, ressuscitou mortos e, por meio de sua própria ressurreição, provou que o homem é imortal, e que vive para sempre no ritmo eterno da Vida em que não há morte. Com a convicção advinda da compreensão espiritual da união do homem com Deus, declarou Jesus: “Assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo.” João 5:26;

De acordo com os ensinamentos de Cristo Jesus, a Ciência Cristã declara a união entre Deus e o homem e afirma que o homem é a idéia imortal da Vida. Portanto nesta Ciência aprendemos a não considerar o homem como um mortal que se move no ritmo de um universo material, com leis próprias de tempo e limitação e seus estágios de início e fim, nascimento e morte. Reconhecemos, que o homem é inseparável da Vida, Deus, como Sua imagem e semelhança. O homem reflete a Vida eterna. Essa Vida é Deus e não conhece início nem fim. Ela jamais é tocada pelos conceitos fugazes da mortalidade.

A compreensão disso pode ajudar-nos a provar a falsidade da crença humana generalizada de que mais cedo ou mais tarde chegaremos a um ponto na experiência humana no qual o desenvolvimento do bem terá de parar, no qual teremos de desistir frente a obstáculos insuperáveis, ou aceitar como inevitável o veredicto dos sentidos materiais referentes à saúde em deterioração, à perda de vigor, a iminente perigo de vida, ou a ciclos de negócios em fase de declínio.

Cristo Jesus, nosso Guia, nunca aceitou o testemunho dos sentidos materiais como definitivo ou imutável. Ele veio revelar e viver o Cristo, a verdadeira idéia de Deus, o bem, e demonstrar seu poder curativo. Compreendeu a verdadeira natureza de Deus e a origem espiritual do homem e encontrou constante força na consciência da união do homem com a Vida, com o bem que sempre se revela.

Na experiência de nosso Mestre houve uma época em que parecia mesmo que o desenvolvimento do bem havia parado. Ele fora crucificado. No fim de uma carreira tão repleta de bênçãos, parecia que a morte seria certa. Mas o Mestre demonstrou que a crença mortal na limitação e na inversão do bem, expressada pelo ódio, pela inveja, pelo ressentimento e pela má prática maldosa de seus perseguidores, não podia atuar como lei na experiência dele, não podia privá-lo de expressar perpetuamente o poder de Deus, o bem, e de agir sob a divina lei espiritual da harmonia, que sustenta o homem para sempre. Assim foi capaz de triunfar sobre a morte e o túmulo e de provar a existência segura e imortal do homem sob o governo de Deus.

A Bíblia fala de uma época em que Deus era conhecido e reconhecido como o único criador do universo, “quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus” Jó 38:7;. Na realidade, esse perfeito estado de consciência divina, esse alegre conhecimento e manifestação da Vida nunca mudou ou sofreu interrupção. Nossa tarefa é compreender e afirmar que o homem na semelhança de Deus atesta para sempre a gloriosa perfeição e a harmonia da criação divina, louvando e glorificando a Deus por Sua bondade.

Em Miscellaneous Writings, a Sr.a Eddy refere-se a este fato primordial da coincidência de Deus e de Sua criação. Escreve ela: “Quando o Legislador era a única lei da criação, reinava liberdade — e era ela a herança do homem; mas essa liberdade era o poder moral do bem, não do mal: era a Ciência divina, na qual Deus é supremo e a única lei do ser. Nessa harmonia eterna da Ciência, o homem não está decaído. Ele é governado por este mesmo ritmo descrito nas Escrituras: «quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus».” Mis., p. 259.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / maio de 1975

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.