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“A possibilidade de se conseguir todo o bem”

Da edição de setembro de 1975 dO Arauto da Ciência Cristã


Se nos parecer termos feito uma porção de coisas erradas, se tivermos uma origem educacional ou económica deficiente, se acreditarmos na herança de maus traços de caráter e se nos sentirmos cerceado por eles, poderemos ter a impressão de não haver esperança de conseguir satisfação e êxito na vida. Mas uma conclusão como essa é absolutamente desnecessária. Por utilizar as verdades que a Ciência Cristã explica com clareza, podemos começar por nos descartarmos das deficiências que, conforme percebemos, estão a nos manter num estado de desespero. “A Ciência revela a possibilidade de se conseguir todo o bem”, diz-nos a Sr.a Eddy, incutindo-nos imensa coragem, “e põe os mortais a trabalhar para descobrir o que Deus já fez; mas a falta de confiança em nossa habilidade de conseguir o bem desejado e produzir resultados melhores e mais elevados, muitas vezes impede que experimentemos nossas asas, e desde o início torna certo o fracasso.”1

Nenhum de nós deve ter a impressão de que nos falta a habilidade de alcançar a bondade. O fato espiritual científico é que o homem é a expressão pura de Deus, o bem, e não é um mortal cerceado e condenado que se sente sem esperanças em relação à vida. A verdade é que o homem, a idéia do Amor divino, nunca foi cegado pelo que fez de errado, quer seja como perpetrador do mal ou sua vítima, — e nunca está numa situação desesperadora. A idéia de Deus é sempre imaculada, concordante e sadia. Ainda que montanhas de dificuldades nos estejam envolvendo, ainda que oceanos de desânimo pareçam estar a nos afogar, é possível começar, pela Ciência, a provar agora nossa inocência imortal.

Lucas conta-nos que uma mulher considerada altamente imoral se aproximou de Jesus quando este estava jantando com um fariseu. Ela lavou-lhe os pés com lágrimas, enxugou-os com seu cabelo, e untou-os com óleo de altíssimo preço. Seu grande amor e respeito por Jesus, que o fariseu orgulhoso não havia demonstrado, eram indicações do arrependimento dela. Jesus lhe assegurou: “Perdoados são os teus pecados.”2 O profundo amor de Cristo Jesus, que vem à tona neste incidente, mostra sua certeza quanto à inocência do homem imortal, e indica que Jesus, de fato, reconhecia que todos os homens podem realizar o bem, embora tenham uma história mortal infeliz.

A Ciência Cristã pode pôr-nos a trabalhar para descobrir o que Deus já fez. E que é que Deus já fez? Deus fez o homem como Sua expressão imaculada. Deus fez o homem livre de contendas, privações, doenças. O homem é a representação impecável de Deus. O homem é abençoado com o bem infinito de Deus.

Deus é Espírito, e Sua idéia é incapaz de deixar-se enredar pela materialidade. Na totalidade do Espírito a materialidade é um conceito impossível e inexistente. Entregarmo-nos sem resistência e sem objeção ao pensamento de que somos mortais propensos ao pecado, apanhados irremissível e perpetuamente em alguma circunstância material decepcionante e degradante, não nos conduzirá para a liberdade e a bondade. Tais identificações erradas impedem-nos até mesmo de começarmos a experimentar nossas asas. A Sr.a Eddy nos diz: “Os mortais têm de mudar de ideais a fim de poder melhorar seus modelos. Um corpo doente é o resultado de pensamentos doentios. A doença, a moléstia e a morte provêm do medo. O sensualismo produz más condições físicas e morais.”3

Assim sendo, está claro o que devemos fazer. Temos de substituir nossos valores e nossos modelos. Mas sem tomar em consideração quão opressivas sejam nossas condições, podemos começar essa substituição justamente agora. Como? A página que segue o requisito que acabamos de citar dá a resposta: “Mantém o pensamento firme nas coisas duradouras, boas e verdadeiras e farás com que elas se concretizem na tua vida, na proporção em que ocuparem teus pensamentos.”

Na medida em que seguirmos essa regra, a possibilidade de conseguir o bem se concretiza na consecução do bem. Tão logo nosso pensamento se espiritualize, nossa vida, exteriorizando nosso pensamento, modifica-se para melhor.

Não há indivíduo, em parte alguma, que não seja capaz de mudar o curso de seu pensamento neste momento. Isso acontece porque o Cristo, o desabrochar da pureza e da inocência da Alma, está com cada um de nós, sempre, em toda parte. O Cristo mostra-nos a maneira de melhorar, a partir do momento em que nos mostramos dispostos a acolher no pensamento a sua orientação.

A Bíblia nos diz: “Chegai-vos a Deus e ele se chegará a vós outros.”4 Podemos começar, conchegando-nos a Deus, agora mesmo, espiritualizando agora nosso pensamento, e começaremos a ver provas de Seu amor por nós. Qualquer bem que possamos encontrar no nosso pensamento é o elemento real e substancial do nosso pensamento. Devemos focalizar esse bem, magnificá-lo e glorificá-lo; o bem vem de Deus, e Ele nos ajudará a nos aproximarmos dEle. Tudo quanto seja indigno ou mau no nosso pensamento é o elemento menos substancial desse pensamento. Do ponto de vista científico ele não tem nenhuma substância ou verdade, e podemos começar por descartá-lo. O mal não pode perpetuar-se, e não há autoridade ou causa que lhe sirva de base para perpetuar-se. A discórdia provém de uma crença enganada de que o homem está separado de Deus. Mas tudo quanto é bom no nosso pensamento, ainda que pareça apenas um ténue vislumbre, é indício da presença de Deus, e Deus nunca está presente apenas em parte, mas sim, sempre, na sua totalidade.

Uma análise como essa do nosso pensamento e as mudanças que se seguirem na nossa vida nos colocarão a caminho de conseguirmos todo o bem.

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