“Cheguei à conclusão”, disse um novato no estudo da Ciência Cristã, “de que jamais precisarei estar doente de novo.” Esse homem vinha estudando Ciência e Saúde com assiduidade. Estava impressionado com a lógica do raciocínio que parte da base da totalidade de Deus, a Mente divina, e havia apreendido a visão que teve a autora do livro, a Sr.a Eddy. Havia vislumbrado a razão por que ela escreve o seguinte: “Quando despertamos para tornar-nos conscientes da verdade do ser, toda doença, dor, fraqueza, todo cansaço, pesar, pecado e a morte, serão desconhecidos, e o sonho mortal cessará para sempre.”1
A Ciência Cristã oferece aos homens imunidade a todas as discórdias mortais. Sustenta que todos podem estar livre do medo de contrair doenças até mesmo das que são consideradas como as mais infecciosas e contagiosas. Mas explica ela que há, para os seres humanos, um preço para essa imunidade: o esforço constante de despertar para a verdade da totalidade de Deus, e a vigilância mental necessária para que permaneçamos despertos para as implicações dessa visão. É preciso que montemos guarda constante sobre a consciência humana a fim de estarmos certos de reconhecer como real somente a perfeição do universo de Deus. É indispensável que rejeitemos toda crença mortal presunçosa de que a doença é uma condição legítima do corpo, que tem causa material e capacidade de comunicar-se através de contacto físico.
Em realidade, não há doença. O universo espiritual de Deus reflete a perfeição de Seu ser sublime, que a tudo inclui. Os filhos de Deus gozam de saúde perpétua sob o governo da invariável lei do bem. O homem imortal está sempre a salvo e é sadio. Não sofre, nem morre, mas está em união com a Vida eterna, manifestando a ordem, a atividade, a beleza e a vitalidade de seu criador, o Amor divino. São estes os fatos verídicos da experiência real do homem como filho de Deus, da Vida eterna, e esta é a maneira pela qual devemos encará-lo sempre. O sábio autor de Eclesiastes disse: “Eis o que tão somente achei: que Deus fez o homem reto.” E acrescenta: “Mas ele se meteu em muitas astúcias.”2
No sonho temporal da existência humana parece que o homem é um ser mortal, e que existem leis materiais que o fazem sofrer e causam doenças ao corpo. Tais teorias não são verdadeiras. São algumas das “muitas astúcias” da falsa crença, ou mente mortal. Porém não há outra mente à parte de Deus, a Mente divina, e essas teorias deveriam ser negadas e rejeitadas, em vez de honradas e obedecidas como se tivessem um fundamento veraz e direitos legítimos sobre o homem.
A Ciência Cristã mostra que a matéria, de fato, não tem autoridade alguma de si mesma. A matéria é a mera objetivação da mente mortal. Não tem poder de agir independentemente dessa mente fictícia, à qual está inteiramente subordinada. Não pode ditar condições ao homem mortal, nem pode ser o meio de dispô-lo quer à doença, quer à saúde. Se parece que a matéria tem esse poder, isso acontece porque a mente carnal primeiramente inventa teorias de saúde, logo delineia a forma que supostamente assumem, e então produz sintomas físicos destinados a apoiar o embuste.
Apesar das aparências, é sempre uma mítica mente mortal, e não a matéria, que é o homem “valente” a que Jesus referia-se, ao dizer: “Ninguém pode entrar na casa do valente para roubar-lhe os bens, sem primeiro amarrá-lo; e só então lhe saqueará a casa.”3
Nos casos de doenças ditas contagiosas, é a mente mortal que inventa a perigosa lei de saúde, e é a mente mortal que precisa ser amarrada — que precisa ser desprovida de poder pela compreensão da totalidade de Deus, a Mente divina, e da imutável boa saúde de Sua criação espiritual.
Na vivência humana, a influência que supostamente transmite certas doenças pelo contágio, é mental e não física. A Sr.a Eddy escreve: “Esse fato da metafísica é ilustrado pelo seguinte incidente: fizeram crer a um homem que ele estava ocupando a cama em que um doente de cólera havia morrido. Imediatamente apareceram os sintomas dessa moléstia, e o homem morreu. O fato é que ele não tinha apanhado cólera por contacto material, porque nenhum paciente de cólera estivera naquela cama.”4
Homens e mulheres poderiam estar imunes a todas as assim chamadas doenças transmissíveis, desde cólera até resfriados, se compreendessem que o poder do contágio não é físico, mas sim mental. Essa compreensão os poderia levar a amarrar o “valente” — a subjugar a fonte mental falsa da crença perniciosa, por meio do reconhecimento de que ela não passa de ilusão. Então, privada de veracidade, a influência dessa hipotética mente má poderia ser neutralizada. A pretensão de que existem certas doenças, e que estas podem ser transmitidas por contacto físico direto ou indireto, poderia ser destruída. A humanidade poderia ficar livre para sempre desse medo falso ao perigo.
A imunidade ao contágio é uma possibilidade presente para todos os que se acham dispostos a pagar o preço. O preço é atenção à lei divina da harmonia com a qual Deus governa o Seu universo. Deus fez o homem reto, íntegro, sadio e livre. Mantendo vigilância, e sabendo só esta verdade da perfeição espiritual invariável, que emana de Deus, a Mente divina, podemos dar prova de imunidade a todas as teorias humanas acerca de doenças.