Esse rapaz, — 
Seria um menino ou um mocinho? —
A quem ninguém jamais se referiu 
Quer antes, quer depois, 
Desse versículo, 
Foi quem a um milagre início deu.
Podemos quase vê-lo 
A ofertar 
Timidamente seus cinco pãezinhos 
De cevada, e seus dois peixinhos, 
A André — o irmão de Pedro — um 
Dos primeiros a seguir 
O grande Mestre.
Que foi que esse rapaz aprendeu 
Ali, naquela agreste encosta de um monte? 
Qual foi o vislumbre de Deus 
Como um Pai terno, a abençoar 
Todos os filhos Seus, 
Dando-lhes sustento infinito, 
Sim, que vislumbre foi esse 
Que ao rapaz a coragem deu 
De postar-se à frente da multidão, 
Trazendo tão singela oferenda em sua mão?
Não sabemos ao certo 
O que ele ouviu naquele dia, 
Mas podemos sentir bem de perto 
A alegria (que alegria!), 
Que fez seu coração mais depressa pulsar 
Enquanto ele via 
Jesus 
Sua oferta aceitar, 
Graças dar, 
E então, — 
Fazê-la multiplicar-se 
Para saciar cinco mil!
Daqueles cinco pães e dois peixes, 
Doze cestos restaram 
A serem colhidos; 
Doze cestos cheios sobejaram 
Daquela oferta de um rapaz, 
Daquela oferenda
— de amor!
    