Qualquer mãe preocupação tem
se não vir o filho cada dia:
achando que talvez só ela
saiba como criá-lo bem.
Mas Samuel diante do Senhor crescia.
E Ana contente estava
de, cada ano, uma túnica tecer.
E então ao filho a levava.
O pensamento de Ana não era estulto:
não o mantinha criancinha
nem se apressava em tê-lo adulto,
mas a paciência e ternura que por ele tinha
em cada ano com uma túnica nova o vestia.
Acaso túnicas se teceram
em que a trama da pura afeição
com fios mais firmes fosse tecida?
Ou desenhadas com propósito mais solene
de se amoldarem com perfeição à obra de toda uma vida?
Oxalá sabiamente vistamos nossos filhos e filhas,
quer estejam longe ou em casa,
com túnicas que não os apertem nem os esfolem
ou os façam tropeçar
— feitas com ternura e paciência
das fibras genuínas do Amor, que de imediato protegem
contra o calor e o frio de elos carnais.
Túnicas novas, a cada ano, que acompanham o progresso
enquanto filhos e filhas crescem diante do Senhor.
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