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Você quer escrever artigos religiosos ...

Da edição de maio de 1976 dO Arauto da Ciência Cristã


É natural que aqueles que foram curados pela Ciência Cristã, quer seja de doença, de carência ou de pesar, queiram escrever para os periódicos da Ciência Cristã. A gratidão pelos benefícios recebidos graças a esses ensinamentos torna-os desejosos de partilhar com outros uma experiência que os elevou, faz com que queiram comunicar da melhor forma possível as verdades que enriqueceram sua experiência humana e assim contribuir para o crescimento mundial da Ciência do Cristo, a Verdade. Essas são ambições válidas e aqueles cujos motivos são bons têm todo direito de esperar encontrar as habilidades dadas por Deus para desempenharem bem tal atividade.

A Sr.a Eddy escreve em Ciência e Saúde: “O Amor nos inspira o caminho, ilumina-o, no-lo designa e nele nos guia.” Ciência e Saúde, p. 454; Encontramos esta inspiração, esta iluminação, no amor pelo nosso trabalho, pelo nosso próximo e por Deus, que motiva nosso escrever. Em profunda e humilde oração volvemo-nos à Mente divina, procurando orientação e inspiração. Com o Salmista, oramos: “As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu! ” Salmos 19:14.

Existe uma crença, que embora generalizada, é porém, falsa, segundo a qual algumas pessoas são dotadas de dons ou talentos especiais que outras não têm. Por meio da Ciência Cristã reconhecemos que atores, músicos, escritores, pintores, bem como cientistas físicos e sumidades em matemática, estão expressando individualmente a Mente em certo grau, através de qualidades tais como harmonia, ordem, beleza, ritmo, inteligência e verdade. Isso indica o fato de que Deus não é parcial. Como filhos de Deus, todos nós possuímos as qualidades da Mente divina.

É possível que todo aquele que tenha o desejo de escrever artigos interessantes para nossos periódicos aprenda a escrevê-los. A maioria dos artigos religiosos que aparecem no Christian Science Journal, no Christian Science Sentinel, no Arauto da Ciência Cristã e no Christian Science Monitor, são escritores por homens e mulheres que não são escritores profissionais. Esses autores, porém, são Cientistas Cristãos dispostos a trabalhar arduamente para adquirir o domínio da arte de escrever bem, que sabem que a Mente divina é a única Mente, que supre toda habilidade, todas as idéias corretas, toda inspiração e originalidade.

Tal como eles, também nós não devemos ser tentados a crer num cérebro físico ou numa inteligência pessoal independente de Deus; não devemos temer que não possamos obter através da oração, da pesquisa e da prática, um conhecimento suficiente para escrever sobre o assunto que a nós se revelou. Podemos reconhecer que, por refletirmos Deus, a Mente, podemos contar com a Mente divina para o suprimento de idéias novas. Então nossos pensamentos se tornam mais expansivos, mais vitais, com abundância de idéias úteis para abençoar nossos leitores.

Mesmo depois de termos começado a confiar em Deus para recebemos inspiração, talvez sejamos tentados a deixar que outros assuntos interfiram. Podemos saber, no entanto, que essas são sugestões impessoais da mente mortal que tentam afastar-nos de uma tarefa que sem dúvida requer esforço concentrado. Em minha própria experiência fui muito feliz em ter um pai pintor que não se sujeitava à noção popular do “temperamento artístico”, segundo a qual é preciso ficar ao sabor da vontade humana ou da inspiração pessoal a fim de nos tornarmos produtivos. Também recebi o treinamento necessário para ser pintora e músico profissional, mas, tendo ocupações com um lar e três crianças pequenas, eu achava quase impossível pintar ou exercitar-me ao piano.

Meu pai amavelmente insistiu em que eu poderia encontrar tempo para pintar durante mais ou menos uma hora enquanto as crianças sesteavam, e ele tinha certeza de que eu poderia tocar piano à noite, quando elas já estivessem na cama. Descobri que isso me era possível, e o fiz sem hesitação e sem perda de tempo à procura do ponto em que eu havia parado, e sem qualquer sentimento de irritacão ou frustracão quando era obrigada a parar. Não apenas isso, mas ainda fui grandemente abençoada por esta possibilidade natural de uma atividade construtiva e criadora. Em conseqüência, as tarefas caseiras regulares e mais monótonas se tornaram mais leves.

Sempre é possível anotar idéias que temos enquanto lavamos os pratos ou andamos de ônibus. É construtivo coletar essas idéias e escrevê-las num pedaço de papel em vez de passar o tempo em inatividade ou vendo televisão sem grande interesse. Na realidade é uma questão de decidir o que é que queremos realmente fazer.

Os Cientistas Cristãos têm uma grande vantagem no estudo diário que fazem nos dois grandes livros-textos, a Bíblia e Ciência e Saúde. Reconhecem escritos espiritualmente potentes em cada trecho da Lição-Sermão semanal do Livrete Trimestral da Ciência Cristã.

Sabemos, através da leitura das biografias, que nossa Líder, a Sr.a Eddy, passou três anos trabalhando em Ciência e Saúde antes de procurar um editor. Em revisões posteriores do livro-texto, ela estudou cada frase, muitas vezes consultando o dicionário para ter certeza de que cada palavra expressava com exatidão o que lhe fora revelado.

Também nós temos a capacidade de estudar, de consultar dicionários, concordâncias e outros livros e recursos para escrever bem. Também teremos bons resultados se, depois de terminado nosso escrito, o colocamos de lado durante duas ou três semanas e o relemos cuidadosamente mais tarde. É bom ter em pensamento esta declaração constante de Ciência e Saúde: “Espera tu pacientemente que o Amor divino paire sobre as águas da mente mortal e forme o conceito perfeito. É preciso que a paciência realize «sua obra perfeita».”¹

Para sermos práticos, precisamos ver se escolhemos um único ponto específico como nosso tema e se damos a ele um desenvolvimento original e sistematizado, se cada frase tem conteúdo e é de utilidade para o leitor, se cada pensamento está clara e nitidamente expressado. Precisamos verificar se não nos repetimos, se cada parágrafo tem seu próprio e indispensável pensamento que contribui para o assunto como um todo e prossegue em ordem lógica. Quando encontramos uma frase ou mesmo uma palavra desnecessária, devemos eliminá-la. Devemos rever os ítens do panfleto “Como escrever para os Periódicos da Ciência Cristã”, para termos certeza de que atendemos todos os requisitos.

Certamente, o escritor não deve pregar, nem deve tentar mostrar quão talentoso é. Às vezes é útil perguntar-se: “Será que eu escreveria se não tivesse meu nome no artigo, tal como sucede no Monitor?” Para obter verdadeiro sucesso, todo escrito deve ter como objetivo honrar a Deus, dar testemunho de Sua bondade, e em humilde gratidão, querer pratilhar, a fim de guiar outros às bênçãos que existem para aqueles que amam a Deus.

Deve haver um total desligamento do eu. A maioria dos escritores reconhece que há ocasiões em que idéias novas aparecem espontaneamente no pensamento. Tal experiência assemelha-se muito a um momento de reverência; tem-se a sensação de que algo maravilhoso está se desenvolvendo independentemente.

O simples esforço de escrever um pequeno testemunho de cura ou um artigo religioso mais longo, muitas vezes resulta em bênçãos inesperadas. Não é incomum descobrir que um problema sem qualquer relação com o tema em desenvolvimento, problema esse que durante muito tempo ficou sem solução, foi resolvido quando nos esforçamos em compreender mais claramente cada pensamento, cada verdade que tentamos expressar em palavras.

Pode haver um enorme sentimento de satisfação quando finalmente terminamos um artigo. Mesmo quando é preciso revisá-lo mais tarde por recomendação dos Redatores, ou reescrevê-lo várias vezes sem que ainda assim seja publicado, somos grandemente beneficiados com maior experiência em expressar idéias, com maior conscientização, interesse, perspicácia, compaixão e paciência. Nada estará perdido, mas tudo ganho.

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