Anita acordou sentindo-se muito triste. “Hoje é o dia em que papai e mamãe vão embora”, pensou suspirando.
Eles estariam fora por apenas duas semanas, mas estariam longe, em outro país. Anita nunca estivera separada deles antes. Sabia que os pais iam viajar a fim de aprender mais sobre Ciência Cristã. A mãe tinha lhe explicado que conhecer mais a respeito de Deus deixaria toda a família mais feliz. Anita compreendeu, mas mesmo assim sentia-se muito triste. A mãe fêla levantar-se da cama, mas a criança deitou-se num sofá e não queria alimentar-se.
Mamãe sabia que a viagem tinha um propósito bom e não poderia causar tristeza a ninguém. Considerou que Anita não era uma menina triste, prestes a separar-se dos pais, mas uma idéia de Deus, feliz e alegre. Como Deus dá felicidade e alegria, nada pode tirar a alegria de Suas criaturas.
A mãe buscou o Hinário da Ciência Cristã e levou-o até a menina. “Vamos cantar alguns hinos”, disse, e começou a cantar o hino preferido de Anita. Mas a menina nem mesmo pegou o Hinário e não cantou. A mãe então continuou fazendo as coisas que tinha para fazer, sabendo que o Pai-Mãe Deus estava cuidando de ambas. Cristo Jesus disse: “Vossa alegria ninguém poderá tirar,” João 16:22; e elas estavam ali para provar isso!
Alguns minutos mais tarde pôde-se ouvir a voz de Anita cantando o hino que diz:
Rocha santa, eternal, ...
Só em ti vou repousar.Hinário da Ciência Cristã, n° 293;
Cantou-o com tanta alegria que, quando terminou, a mãe pediu que telefonasse ao pai no escritório e cantasse ao telefone para ele. Anita assim fez. Nunca tinham-na ouvido cantar com tanta alegria.
À tarde ela disse adeus aos pais com um sorriso. Momentos depois Paulo, o irmão mais moço, perguntou: “O que é que papai e mamãe vão fazer nessa viagem?” Mas Anita interrompeu-o dizendo: “Fique quieto, Paulo! Nós todos temos um Pai-Mãe, que é Deus!”
Mas depois que os pais tinham ido embora, Anita sentiu-se triste de novo. Durante dois dias, não quis comer. A avó, que morava com eles, estava orando por Anita. Então, no terceiro dia, a menina levantou-se muito alegre. Tomou o desjejum e começou a brincar como quando os pais estavam em casa. Nunca mais ficou triste durante as duas semanas de ausência dos pais.
Duas ou três vezes por dia dirigia-se para o andar de cima e, cheia de alegria como na primeira vez, cantava ela alguns dos hinos que a mãe lhe marcara. Depois, continuava brincando.
Quando faltavam apenas dois ou três dias para os pais voltarem, Anita disse: “Sabe de uma coisa, vovó, quando recebo uma carta de papai e mamãe, é como se estivessem escrevendo de uma casa muito perto, porque não sinto que estão longe. Para mim é como se estivessem aqui.”
“É claro!” respondeu a avó.” “Você sabe o que o hino da Sr.a Eddy nos diz sobre Deus:
Bem perto está Seu lar acolhedor,
Seu braço cinge a mim, e a tudo o mais.ibid., n° 207.”
Logo as duas semanas tinham passado e, quando o avião trouxe os pais de volta, Anita correu ao encontro deles com um grande sorriso!