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Ouvir a palavra na nossa própria língua

Da edição de junho de 1976 dO Arauto da Ciência Cristã


No Dia de Pentecoste, quando os discípulos estavam reunidos em Jerusalém, eles ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas. O efeito de sua iluminação espiritual sobre aqueles de muitas nacionalidades diferentes que ali se encontravam, é descrito da seguinte maneira: “a multidão”, estava possuída de “perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua” Atos 2:6;.

Cada um ouvia a Palavra de Deus em sua própria língua, na forma em que ele estava individualmente preparado para compreendêla. A Palavra foi eficazmente comunicada a cada ouvinte em termos de sua própria necessidade.

É útil ponderar o significado da experiência pentecostal em relação aos serviços da igreja da Ciência Cristã, hoje em dia. Não é nosso desejo que cada membro da congregação possa ouvir a Palavra inspirada, em sua própria língua? Nós desejamos, em outras palavras, que cada ouvinte possa compreender que as verdades espirituais enunciadas durante o serviço falam diretamente às suas necessidades, tanto de cura, como de conforto, orientação ou paz.

Muitas vezes há pessoas que passam pela experiência de ver projetada nova luz, uma compreensão espiritual maior de um versículo bíblico ou de um trecho de Ciência e Saúde pela Sr.a Eddy, quando ouvem a Lição-Sermão Do Livrete Trimestral da Ciência Cristã; lida do púlpito no domingo de manhã. Por que é que elas têm uma nova inspiração naquela hora, embora tenham estudado esse versículo, ou trecho, durante toda a semana?

Uma resposta pode ser encontrada em Atos, onde lemos: “Ao cumprir-se o dia de Pentecoste, estavam todos reunidos no mesmo lugar.” Atos 2:1; Os discípulos tinham a mesma Mente. Eles haviam testemunhado a ressurreição e a ascensão, a prova máxima de tudo o que seu amado Mestre ensinara. Antes de deixá-los, Cristo Jesus lhes havia ordenado que partilhassem com toda humanidade o significado da grande obra de sua vida. Em obediência a esse mandado, eles se reuniram em Jerusalém com singeleza de coração e de propósito. Então, movidos por um impulso divino, eles comunicaram às multidões as gloriosas verdades que lhes haviam sido ensinadas.

Com relação à experiência dos discípulos, e sob o título marginal “Pentecoste que se repete”, a Sr.a Eddy escreve em Ciência e Saúde: “Até então tinham apenas acreditado; agora compreendiam. O advento dessa compreensão é o que significa a descida do Espírito Santo — aquele influxo de Ciência divina que tanto iluminou o dia de Pentecoste e que agora repete sua antiga história.” Ciência e Saúde, p. 43;

O que podemos fazer individual e coletivamente para que cada serviço religioso da Ciência Cristã seja uma ocasião de Pentecoste em que cada membro da congregação ouve a Palavra de Deus em sua própria língua. Podemos ter a mesma Mente, tanto em nossa oração de preparação para o serviço, como em sua participação.

Podemos nos unir na preparação para o serviço de domingo através do apoio ao seu propósito de cura em nossas orações durante a semana. Podemos saber que este propósito será cumprido à medida que as verdades espirituais sobre a natureza de Deus e do homem real, feito à Sua imagem e semelhança, sejam reveladas durante o serviço. E podemos reconhecer que cada parte do serviço — hinos, solo, oração silenciosa, Oração do Senhor e Lição-Sermão — contribuirão para esse propósito comunicando o poder sanador da Palavra.

O homem espiritual e perfeito, o reflexo de Deus, recebe continuamente de seu Criador comunicações claras, completas e sustentadoras. E podemos saber que é isto o que realmente acontece durante os serviços da igreja. Como sempre, Deus se comunica com o homem através de Sua Palavra, e o homem está continuamente recebendo as idéias espirituais que se lhe desdobram. Essa comunicação é individual e específica.

A Verdade fala a cada pessoa em sua própria língua. Ao revelar o oposto espiritual que corrige e substitui o erro, ou mal, a Verdade toca cada consciência no ponto onde a necessidade humana parece existir. Podemos compreender que esta atividade de cura pelo Cristo, a Verdade, é um fato contínuo durante todo o serviço.

Em nosso trabalho de oração em preparação para o serviço, também podemos saber que nada interfere na comunicação entre Deus e Sua idéia, o homem. Podemos compreender que nada tem presença ou poder para interromper ou impedir o fluxo das correntes de cura da Verdade à congregação através da Palavra inspirada. Tampouco pode haver falta de receptividade à Palavra. Para o homem não existe comunicação falsa que possa provir da mente falsa que sugere indiferença, ceticismo, ou antagonismo à Verdade. A unidade e totalidade da Mente oni-ativa negam a existência ou a atividade de qualquer outra mente. A consciência divina, a qual cada membro da congregação em realidade reflete em sua totalidade, conhece somente o desenvolvimento ininterrupto e sem obstrução das idéias espirituais.

Outro aspecto muito importante de nosso preparo para o serviço de domingo envolve o estudo diário e profundo da Lição-Sermão. Ao nos unirmos a outros em todo o mundo nesse estudo, podemos saber que sua mensagem será clara e poderosa, e que encontrará pronta aceitação nos corações e nas mentes de todos os ouvintes aos domingos. Quando nos empenhamos durante a semana em demonstrar, até certo ponto, as verdades científicas que essa lição contém, trazemos uma profunda convicção ao serviço, a convicção de que a Ciência Cristã cura.

Ao nos reunirmos “no mesmo lugar” no domingo, levemos conosco a expectativa de que cada membro da congregação receberá, durante a próxima hora, uma mensagem de cura para suas necessidades atuais. Então aqueles que vierem ao serviço em busca de cura, sentirão o poder restaurador da Palavra ao elevar seus pensamentos e reedificar seus corpos. Temos o direito de esperar que aqueles que procuram a orientação divina verão a luz brilhar em seus caminhos. E podemos saber que aqueles que estão dobrados pela tristeza ou pelo pecado sentirão o poder libertador do Amor divino a lhes restaurar a liberdade.

Esta oração de preparação e expectativa de cura cria uma atmosfera na qual uma nova revelação espiritual da Verdade pode ocorrer espontaneamente na experiência de cada ouvinte.

Mas também devemos estar cientes de que nossa oração de apoio ao propósito de cura do serviço da igreja deve continuar durante o próprio serviço.

A oração silenciosa é uma oportunidade para que todos os presentes incluam a congregação toda num amor abnegado, para que o Espírito Santo, a Ciência divina, possa descer sobre a compreensão de todos os que se reuniram em Seu nome.

Enquanto a Oração do Senhor com sua interpretação espiritual de autoria da Sr.a Eddy é repetida em uníssono, lembremos que a compreensão espiritual dessa oração supre todas as necessidades humanas. O pedido

“O pão nosso de cada dia dá-nos hoje;
“Dá-nos graça para hoje; alimenta as
afeições famintas,” ibid., p. 17;

lembra-nos de que primariamente a humanidade necessita de maior compreensão espiritual.

Ao ouvir atentamente a leitura da Lição-Sermão, é útil compreender o seguinte: que as verdades enunciadas pelo Pastor impessoal, a Bíblia e o livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde, são infinitas em significado e universais na aplicação, e que elas falam a cada membro da congregação em sua própria língua.

O encerramento do serviço é feito com a leitura de citação de Ciência e Saúde e dos trechos correlativos de 1 João, capítulo 3. Nessa hora, é bom saber que essas profundas afirmações de verdade representam para a congregação um resumo de tudo o que foi ouvido no decorrer de todo o serviço da igreja.

A Sr.a Eddy escreve: “Tende «uma só mente», «num só lugar», e Deus derramará sobre vós bênçãos como nunca antes recebestes.” Miscellaneous Writings, p. 134. Quando nos unirmos em oração abnegada de preparação para o serviço de domingo e dele participarmos, cada serviço se transformará num Pentecoste. Todos os presentes ouvirão a Palavra de Deus em sua própria língua e receberão em sua compreensão as mensagens de cura da Ciência divina.

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