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O poder do Cordeiro

Da edição de junho de 1976 dO Arauto da Ciência Cristã


Na Páscoa, os antigos hebreus sacrificavam um cordeiro sem defeito. A Bíblia diz que esse costume teve início no tempo em que os filhos de Israel encontravam-se em cativeiro no Egito. Lemos, no livro do Êxodo, que o Senhor disse a Moisés e ao irmão deste, Arão, que enviaria uma praga sobre toda a terra para punir os egípcios pelos seus pecados. Aos israelitas foi dito que deveriam fazer o seguinte: “Cada um tomará para si um cordeiro, segundo a casa dos pais, um cordeiro para cada família.” E foram estas as instruções que receberam: “O cordeiro será sem defeito” e com o sangue dele deverão marcar “ambas as ombreiras e a verga das portas, nas casas em que o comerem”. Esse seria o sinal com que o povo se daria a conhecer, a fim de que o Senhor protegesse os filhos de Israel e os poupasse do mal que estava por sobrevir à terra. V. Êxodo 12:1–13;

O manso cordeiro é um símbolo apropriado da inocência e da pureza inofensivas. Ele não é um animal predatório, nem possui qualquer meio óbvio de proteger-se. João Batista saudou ternamente a Jesus, o grande modelo de pureza e inocência, como “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” João 1:29;.

De igual modo, o autor do Apocalipse identifica o símbolo do Cordeiro com o mais elevado ofício, identifica-o com o vigor e a abundância, a honra e as bênçãos. Vê-o no meio do trono e prediz que virá para alimentar os que adorarem o único Deus “e os guiará para as fontes da água da vida”  Apoc. 7:17;. Além disso, retrata o Cordeiro como possuidor de poder, concedido por Deus, para vencer o dragão, a quem a Ciência Cristã
Christian Science — pronuncia-se: kris’tiann sai’ennss. denuncia como o símbolo da soma total do mesmerismo antigo e do moderno, a crença de haver vida e inteligência na matéria — crença essa que se manifesta não só em conflitos físicos, mas nas lutas mentais.

Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy refere-se à luxúria e à hipocrisia como os representantes da mentalidade carnal, as forças hipotéticas do mal que querem atacar e destruir a natureza cristã do homem feito à semelhança de Deus. Escreve ela: “Esses lobos vestidos como ovelhas são descobertos e mortos pela inocência, o Cordeiro do Amor.” E acrescenta: “A Ciência divina mostra como o Cordeiro mata o lobo.”Ciência e Saúde, p. 567;

É preciso acalentarmos na consciência individual, nossa verdadeira habitação, conceitos puros e espirituais — o Cordeiro do Amor. A mesma pureza que possibilita seja o erro cientificamente desmascarado, confere o poder espiritual para destrui-lo. A consciência que se está elevando acima da materialidade, detecta as qualidades mentais do mal hipotético, quer estas pareçam estar atacando de dentro ou de fora. O Cordeiro prevalece sempre pela pureza, a inofensividade e a obediência voluntária. Onde quer que haja sinal de sacrifício de crenças falsas e hábitos errôneos, há, hoje como outrora, proteção contra os ataques de pragas ainda mais daninhas. A mentalidade inclinada para as coisas espirituais e a pureza servem de armadura contra qualquer tipo de erro.

O Cordeiro do Amor indica aquele estado de consciência que se compenetra da totalidade e da onipotência de Deus e da conseqüente nulidade e irrealidade do mal. No modo de pensar espiritual acha-se presente o desejo de desistir de acalentadas crenças mortais, de pensamentos e palavras vãos, e o abandono de temores mortais, de superstições e da confiança em caminhos e modos materiais. Tais esforços em busca da autopurificação caracterizam todos os que estão dispostos a despirem-se do velho homem com os seus feitos, a sacrificarem o eu mortal e a revestirem-se do novo homem, cuja vida e existência estão ocultas juntamente com Cristo, em Deus. À medida que compreendemos a identidade concedida por Deus, que habita sempre “no esconderijo do Altíssimo”  Salmos 91:1;, torna-se natural deleitarmo-nos constantemente no fato espiritual de que somente o bem é poder.

A pureza de coração advém da espiritualização do pensamento. Manifesta-se em primeiro lugar no pensamento individual, antes de poder ser vista exteriormente. “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus.” Mateus 5:8; Daniel, na cova dos leões, deve ter compreendido a pureza e inocência das idéias de Deus, governadas pelo Amor. Os três hebreus, durante suas horas de provação na fornalha ardente, apegaram-se ao conceito puro que tinham do Cristo, que apareceu com eles como o Filho de Deus. Cristo Jesus, no sepulcro, compreendeu totalmente o poder que têm as idéias puras do Amor para destruir toda influência mortífera ou destrutiva. O Cristo, a idéia espiritual de Deus, não brande arma mortal. A idéia imortal do Amor não ostenta raiva, nem voluntariosidade humana, nem influência pessoal. As armas de nosso Mestre eram os atributos inerentes ao Amor divino. Com os anjos de Deus, pensamentos sagrados e puros da Mente, ele venceu toda sugestão da mente carnal ou mortal.

Por meio do estudo e da aplicação da Ciência Cristã, podemos seguir o Guia na demonstração da realidade científica do ser, a impossibilidade de separação entre Deus e o homem. Cada vez mais, aprendemos a apreciar a pureza e inocência do Mestre, sua natureza crística e sem mácula. À medida que compreendermos o profundo sacrifício de Jesus e sua constante imolação de si mesmo, certamente desejaremos expressar pureza e amor semelhantes aos do Cristo. Tal pureza nos habilita a vivenciar a segurança e a proteção prometidas aos puros de coração, cujo símbolo é o cordeiro “sem defeito”. Nossa segurança individual, bem como nossa segurança coletiva como nação, dependem da purificação de nosso pensamento e de nosso acatamento das exigências do Princípio divino.

Em Ciência e Saúde, nossa Líder, a Sra. Eddy, define o “Cordeiro de Deus” como sendo: “A idéia espiritual do Amor; imolação de si mesmo, inocência e pureza; sacrifício” Ciência e Saúde, p. 590;. O Cordeiro, “a idéia espiritual do Amor”, é eternamente impecável, pois Deus é o Princípio sustentador da pureza do homem. A humanidade demonstra gradativamente essa verdade na proporção em que a mundanalidade e o materialismo são sacrificados. Verdadeira inocência não é sinônimo de fraqueza e sofrimento. Inocência demonstra pureza. Confere poder, não deixa ao desamparo. A consciência isenta de pecado é senhora do mal, jamais a vítima dele.

Dirigindo-se à sua Igreja, nossa Líder disse: “Meus queridos, o mundo necessita de vocês — e mais como crianças do que como homens e mulheres: necessita da sua inocência, do seu altruísmo, e afeto leal, e de suas vidas incontaminadas. Vocês precisam igualmente vigiar e orar para preservar livre de máculas essas virtudes, e para não perdê-las no contato com o mundo. Não há ambição maior do que a de manter em nós aquilo que Jesus amava, e de saber que o exemplo de vocês, mais do que as palavras, estabelece o padrão moral para a humanidade!” Miscellaneous Writings, p. 110.

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