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Descendentes de Deus

Da edição de julho de 1976 dO Arauto da Ciência Cristã


As palavras “descendência” ou “geração” implicam algo derivado, algo que tem origem, fonte ou criador. Um descendente não surge por si mesmo. Não existe por si mesmo. Ele é efeito, não é causa.

A Ciência Cristã, ao revelar que o homem é o descendente de Deus, contribui profundamente para que a humanidade compreenda o homem e seu relacionamento com Deus. A Sr.a Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, escreve em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Na Ciência o homem é o descendente do Espírito. O belo, o bom e o puro constituem sua ascendência. Sua origem não está no instinto bruto, como a origem dos mortais, e o homem não passa por condições materiais antes de alcançar a inteligência. O Espírito é a fonte primitiva e derradeira de seu ser; Deus é seu Pai, e a Vida é a lei de seu ser.” Ciência e Saúde. p. 63; O reconhecimento espiritual dessas verdades prova o erro da crença humana de que o homem é personalidade física, que depende do corpo material para ter vida e inteligência e possui mente particular pela qual fluem o bem e o mal, de acordo com a disposição do indivíduo. Nada jamais alterou o verdadeiro estado do homem como filho de Deus. O homem, cientificamente compreendido, não é mortal. Não está na ilusão de que a matéria é substância, que o mal é real, ou que o pecado, a doença e a morte são inevitáveis.

O homem é o descendente espiritual de Deus. Emana da Vida, da Verdade e do Amor divinos e é formado dos elementos mentais divinos que constituem Deus. A função do homem como emanação de Deus é evidenciar incessantemente o desdobramento das energias e qualidades da Alma, expressar as irreprimíveis forças do bem. Assim como o calor, a radiação e a energia do sol se manifestam nos raios individuais, assim também as qualidades de Deus, tais como a alegria, a pureza, a saúde, a harmonia e a inteligência são expressadas apenas nas idéias individuais de Deus, o Seu descendente espiritual. A Sr.a Eddy escreve: “O universo reflete e exprime a substância divina ou a Mente; por isso, Deus é visto só no universo espiritual e no homem espiritual, assim como o sol é visto no raio de luz que dele emana.” ibid., p. 300;

Já que o homem emana de Deus, ele é a expressão perpetuamente ativa do Espírito infinito, é o reflexo puro da Mente. Esse homem não inclui elemento discordante algum. Nada há no homem que possa levar ao desenvolvimento de um estado discordante — dor, doença, deterioração, definhamento — pois tudo o que realmente o homem é, tudo o que tem, está em Deus e é de Deus e desdobra-se de acordo com a Sua lei. Não há término para tal desdobramento. Nenhuma situação discordante pode interferir com o desenvolvimento natural e legítimo da infinidade da Vida, que o homem reflete. Como idéia composta que expressa Deus, o homem desdobra perpetuamente o que o constitui — a perfeição, a santidade, a imortalidade, a radiação da Verdade, a bondade e o vigor espiritual do Amor.

É Deus o criador do homem, e o homem é o descendente espiritual de Deus. É esse relacionamento divino que dá indentidade ao homem. Sem esse relacionamento não haveria existência, Princípio, nem razão de ser. Na medida em que expressamos a natureza imortal de Deus como Espírito é que verdadeiramente adoramos a Deus e propagamos o estado imortal de Deus e do homem.

O homem a quem Deus cria não é mortal, nem existe num hipotético reino da matéria. Nada que diga respeito ao homem é limitado, discordante ou transitório. Sendo a idéia de Deus, o amado do Amor, o descendente do Espírito, o homem tem sua morada em segurança na luz da eternidade presente. Deus criou-o para irradiar a Sua própria natureza perfeita. Essa verdade está expressada de maneira convincente por João, que escreve: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, ao ponto de sermos chamados filhos de Deus.”  1 João 3:1;

Quão gratos podemos ser por haver sido revelado à humanidade, por meio da Ciência do Cristo, o fato científico e demonstrável de que o homem é agora e será sempre a idéia perfeita, imagem ou semelhança da Mente divina. Podemos regozijar-nos nesse fato porque a compreensão dele nos habilita a rechaçar os argumentos da mente mortal de que a existência real é, ou alguma vez possa ser, algo menos que o expressar da perfeição. O homem espiritual, o descendente de Deus, sempre é inseparável do seu Princípio divino. Nada pode interferir, e nenhuma pessoa, coisa ou circunstância pode estar entre o Princípio e sua idéia, a causa e o efeito. A Mente não nutre, com respeito à sua idéia, crença alguma em separação, perda, carência, discórdia ou doença.

Começamos a sentir a presença sanadora de Deus quando nos compreendemos como Seu descendente imortal e cultivamos as qualidades divinas como o amor, a ternura, a paciência, a inclinação espiritual. Essas efetivamente já pertencem ao homem, a todos nós como filhos e filhas de Deus. Cristo Jesus provou-o em suas obras de cura. Em certa ocasião curou um homem possesso de um espírito imundo. Lemos, em Marcos: “Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te, e sai desse homem. Então o espírito imundo, agitando-o violentamente, e bradando em alta voz, saiu dele.”  Marcos 1:25, 26;

O Mestre conhecia a fundo a natureza real do homem verdadeiro como sendo descendente, ou geração, espiritual de Deus. Quando olhava para o que a crença mortal via como um mortal, era perfeito o conceito mental que fazia do indivíduo. Entretanto, Jesus não ignorava quaisquer características ou estados perversos que se apresentassem. Identificava-os como erros, imagens da assim chamada mente mortal, e dava prova da nulidade deles.

O propósito que temos na aplicação dos ensinamentos da Ciência Cristã é demonstrar o poder curativo e redentor que tem o Cristo de remover o erro e estabelecer a verdade. Nós não somos mortais sujeitos às assim chamadas forças destruidoras da matéria. Sem nunca termos nascido, e imperecíveis, somos na realidade descendentes de Deus, o Espírito infinito, e herdeiros de uma herança eterna. O apóstolo Paulo disse-o desta maneira: “Pois nele [em Deus] vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração.”  Atos 17:28.

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