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Diagnóstico médico? Por quê?

Da edição de julho de 1976 dO Arauto da Ciência Cristã


Ensina-nos a Bíblia: “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará.” Tiago 5:14, 15; A Sr.a Eddy tomou providências no sentido de que houvesse praticistas da Ciência Cristã a quem podemos ir quando nos sentimos incapazes de curar-nos por meio de nossos próprios esforços em espírito de oração.

O praticista da Ciência Cristã cura por meio do poder da Mente divina sobre o erro. Eleva seu próprio pensamento à realidade da perfeição existente no homem e no universo. Tal como Jesus, o praticista da Ciência Cristã cura de maneira diametralmente oposta a dos meios humanos. Considerando a matéria como desprovida de poder, Jesus penetrava com seu olhar a neblina material e via a evidência do amor de Deus pelo homem. Curava o cego, o doente, o surdo e o mudo, e ressuscitava os mortos por meio do poder da Mente divina. Via a própria semelhança de Deus, o homem perfeito.

Às vezes, entretanto, se uma cura demora, pode ser que surja a tentação de procurar diagnóstico médico. “É claro que vou ater-me à Ciência Cristã, mas gostaria de saber qual é o problema. O diagnóstico médico dirá, pelo menos, o que está errado.” Ocasionalmente, ouve-se tal comentário. E, ouvindo-o, podemos considerar tais pensamentos como oportunidades de ver através das sugestões falsas que eles representam e saber o que é a Verdade. Ainda que pense em ficar com a Ciência Cristã, o paciente poderá crer, como resultado do diagnóstico médico, que lhe será suprido algo que ainda não está presente, algo que é preciso acrescentar ou modificar para que a cura se efectue. Reconhecendo que Deus é a Mente onipresente, una e única, podemos rejeitar tal noção errada de ajuda.

Embora a maior parte dos que se dedicam à profissão médica o façam com o desejo honesto de servir à humanidade, fazem-no na crença de que o homem é material e que a matéria lhe determina as condições em que se encontra; ao passo que a Ciência Cristã demonstra que o homem é espiritual e perfeito. O corpo mortal é apenas o estado subjetivo do pensamento mortal e as condições do corpo correspondem às crenças de quem o mantém na consciência.

Ao submeter-se à crença médica preponderante quanto à doença como realidade a ser vencida, talvez a pessoa que procura obter o diagnóstico, venha a se encontrar ainda mais afundada na sua crença sobre a doença. Consciente ou inconscientemente, tanto o médico como o paciente reconhecem um poder separado de Deus: uma crença em muitas mentes. Consta que a mulher que procurou tocar as vestes de Jesus para nelas encontrar cura, “muito padecera à mão de vários médicos, tendo despendido tudo quanto possuía, sem contudo nada aproveitar, antes pelo contrário, indo a pior” Marcos 5:26;. No caso dessa mulher, havia sido realçada e acumulada a falsa crença de que a doença é verdadeira. Entretanto, existe apenas uma atividade, uma só causa, um só resultado: Deus, o bem.

Não é necessário sabermos os nomes das doenças ou o que a crença médica lhes atribui para que isso nos ajude a demonstrar a Ciência Cristã. Usar de termos ameaçadores e fazer predições funestas, pode resultar em que nos assustemos e nos atemorizemos, a menos que vigiemos nosso pensamento e nos protejamos de tais sugestões. No livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde, a Sr.a Eddy escreve: “Um paciente ouve o veredicto do médico assim como um criminoso ouve sua sentença de morte. O paciente pode parecer calmo nessa ocasião, mas não está calmo. Sua fortaleza moral pode ampará-lo, porém seu medo, que já desenvolveu a doença que vai ganhando o domínio, aumenta com as palavras do médico.” Ciência e Saúde, p. 198;

O exame do corpo para obter informações dignas de confiança sobre suas condições físicas ou mentais tende a aumentar o problema, em vez de aliviá-lo. A análise de uma condição material é o próprio oposto da oração na Ciência Cristã, pela qual a saúde e a harmonia são consideradas sempre presentes e permanentes. O homem sabe só o que Deus sabe: Deus perfeito, homem perfeito, perfeito universo.

O erro (outro nome para a doença, o mau funcionamento, a febre, a dor) parece estar onde, em realidade, Deus está presente. O erro é uma crença no testemunho errôneo dos sentidos corpóreos, o oposto da Verdade. O conhecimento obtido por meio desses sentidos leva à doença e à morte. Em realidade, o erro não tem nome, não tem lugar em que alojar-se, e não pode ser sentido ou visto exceto como impressão falsa, como decepção.

A Bíblia diz o que Deus requer: “Não terás outros deuses diante de mim.” Êxodo 20:3; O homem, refletindo o Princípio todo-atuante e que tudo sabe, não é enganado pelo sonho de ser vítima indefesa, necessitada de tratamento médico — necessitada de certa força suplementar. Quem já demonstrou os efeitos curativos do Princípio divino e testemunhou os benefícios infalíveis da Ciência Cristã — benefícios físicos e morais — provavelmente não procurará tratamento médico para obter ajuda. Compreender e provar a união espiritual entre o homem e Deus, livra-nos da sugestão dessa necessidade.

A coisa mais importante a fazer quando somos tentados a procurar conselho médico é volver-nos para Deus, a Mente perfeita e única, para obter esclarecimento e compreensão. Por meio do estudo diário da Lição-Sermão publicada no Livrete Trimestral da Ciência Cristã, podemos pôr-nos na trajetória e nos asseverarmos diariamente da presença eterna e da bondade de Deus. Aprendemos a pôr a nossa vida e o nosso modo de pensar de acordo com a lei de Deus. Em oração humilde, vamos à Mente divina para obter inspiração e orientação que nos elevem o pensamento acima de qualquer falsa aparência errônea e discordante que se ache diante de nós. Protegemos o pensamento contra a sugestão de misturar o tratamento pela Ciência Cristã com as interpretações da medicina, quer em forma de diagnóstico físico, de medicação material ou de análise psicológica.

Não há analogia entre o tratamento pela Ciência Cristã e o diagnóstico médico. Um não pode associar-se ao outro, ambos não podem ser combinados, nem amalgamados. Somente a Verdade é que cura. No Sermão do Monte, disse Cristo Jesus: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um, e amar ao outro; ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.” Mateus 6:24;

Dizer que há algo errado implantado no corpo ou ligado a ele, ou admitir que há evidência de mau funcionamento ou deterioração, é crer na existência de um corpo material que se apresenta como o homem. O homem que Deus cria não se compõe de órgãos, nervos, sangue e ossos, tendo, na parte mais alta, uma mente (chamada cérebro) para o guiar, proteger e salvar da destruição temporária. Na Ciência, o homem é indestrutível e eterno. Ele reflete Deus, toda a substância.

Ao contrário do medico, que procura sintomas físicos, o metafísico exclui do pensamento esses quadros de doença por serem evidência indigna de confiança, por não participarem da criação perfeita e harmoniosa de Deus. Como uma idéia espiritual de Deus, o homem está dotado de sabedoria e inteligência. Reivindicando essa herança espiritual, capacitamo-nos a ver o homem perfeito como Deus o fez, à Sua imagem e semelhança — livre de doença, invalidez, restrição, limitação e dor.

Quando um estudante de Ciência Cristã reconhecer que Deus é o único poder que existe, não terá a impressão de estar descuidando-se de si ou de seus familiares se não procura remédios materiais para a cura. Na adesão aos mandamentos divinos, não há elemento de negligência. A obediência aos ensinamentos da Ciência Cristã intensificará a confiança em Deus frente a cada necessidade. O Cristo, a Verdade, cura toda sorte de enfermidade e doença, sem ser necessário usar medicamento ou drogas. Em 1899, a Sr.a Eddy escreveu à sua Igreja: “Comparando nosso sistema científico de terapêutica metafísica com a materia medica, constatamos que a metafísica divina completamente ensombrece e subjuga a materia medica, assim como a vara de Arão devorou as varas dos sábios do Egito.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 127;

Ao assim chamado pensamento humano, a confiança em remédios materiais e leis sanitárias e a crença em idade e acidentes surgem como imensas e reais. A Ciência Cristã revela que Deus governa a nossa consciência — Ele é a nossa Mente, a Mente única. Então, todo pensamento verdadeiro provém de Deus e sustenta a harmonia de Sua criação imutável. A consciência verdadeira é puramente mental e nada requer do que é físico. Ao nos esforçarmos, por meio da Ciência Cristã, para nos corrigirmos, fazemos com que nossa experiência de discórdia se transforme em harmonia, o mal em bem, a doença em saúde. Nossa angústia, que nunca foi real, desaparece de vista.

Após referir-se à necessidade de demonstrar as leis espirituais, a Sr.a Eddy aconselha, no artigo “O Novo Nascimento”: “E, antes que as chamas tenham se apagado nesse monte da revelação, tal como o patriarca de outrora, tiras as sandálias dos pés — pões de lado teus acessórios materiais, opiniões e doutrinas humanas, renuncias à tua religião mais material com seus ritos e cerimônias, livras-te de tua materia medica e da higiene, porque não prestam para nada — a fim de te assentares aos pés de Jesus. Então, inclinas-te com mansidão ante o Cristo, a idéia espiritual que nosso grande Mestre nos deixou em testamento, o poder que Deus tem para curar e salvar.” Miscellaneous Writings, p. 17.

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